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Em termos práticos no sentido de frear a expansão do contágio, lockdown de três dias, dois deles fim de semana, não fará diferença. Na linha do tempo, é um soluço.
O anúncio do lockdown veio quando, dos 30 leitos de UTI disponíveis para pacientes adultos, 28 estavam ocupados.
Já um dia depois, nesta quinta-feira (6), a situação se agravou: de dois leitos vagos, ou para um só.
Paula enfrenta dois problemas imediatos: a falta de leitos e o baixo isolamento social, que, segundo ela, está no menor patamar desde o começo da crise.
Ao decretar o lockdown, parece tê-lo feito pela emergência do momento.
Pode que a prefeita esteja pensando em duas possibilidades:
- Anunciar novo decreto, estendendo o lockdown pela semana toda.
- Fazer lockdowns sucessivos e alternados, sempre no mesmo período deste primeiro, pelo tempo que julgar necessário.
A primeira possibilidade (prolongar o lockdown) parece menos plausível. Paula pode considerar que lockdown longo seria insustentável financeiramente para o setor produtivo, especialmente comércio e serviços, que vêm sofrendo com as medidas e protestando em tom crescente.
A segunda possibilidade, considerando que Paula raciocine como no parágrafo anterior, parece mais aceitável, sobretudo se conseguir abrir uma boa quantidade de leitos novos. Com mais leitos, e lockdowns esporádicos, poderia em tese ir dosando as internações, deixando o sistema respirar. Dependendo da quantidade de leitos novos que consiga, se o isolamento aumentar, pode que a prefeita não faça mais lockdown.