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Especulações sobre o lockdown pelotense 13171t

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Em termos práticos no sentido de frear a expansão do contágio, lockdown de três dias, dois deles fim de semana, não fará diferença. Na linha do tempo, é um soluço.

O anúncio do lockdown veio quando, dos 30 leitos de UTI disponíveis para pacientes adultos, 28 estavam ocupados.

Já um dia depois, nesta quinta-feira (6), a situação se agravou: de dois leitos vagos, ou para um só.

Paula enfrenta dois problemas imediatos: a falta de leitos e o baixo isolamento social, que, segundo ela, está no menor patamar desde o começo da crise.

Ao decretar o lockdown, parece tê-lo feito pela emergência do momento.

Pode que a prefeita esteja pensando em duas possibilidades:

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  1. Anunciar novo decreto, estendendo o lockdown pela semana toda.
  2. Fazer lockdowns sucessivos e alternados, sempre no mesmo período deste primeiro, pelo tempo que julgar necessário.

A primeira possibilidade (prolongar o lockdown) parece menos plausível. Paula pode considerar que lockdown longo seria insustentável financeiramente para o setor produtivo, especialmente comércio e serviços, que vêm sofrendo com as medidas e protestando em tom crescente.

A segunda possibilidade, considerando que Paula raciocine como no parágrafo anterior, parece mais aceitável, sobretudo se conseguir abrir uma boa quantidade de leitos novos. Com mais leitos, e lockdowns esporádicos, poderia em tese ir dosando as internações, deixando o sistema respirar. Dependendo da quantidade de leitos novos que consiga, se o isolamento aumentar, pode que a prefeita não faça mais lockdown.

    Jornalista e escritor. Editor do Amigos de Pelotas. Ex Senado, MEC e Correio Braziliense. Foi editor-executivo da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Atuou como consultor da Unesco e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Uma vez ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo, é autor dos livros Onde tudo isso vai parar e O fator animal, publicados pela Editora Lumina, de Porto Alegre. Em São Paulo, foi editor free-lancer na Editora Abril.

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    3 Comments

    3 Comments n3u3c

    1. Emanuel

      09/08/20 at 13:55

      Lockdown para conseguir abrir boa quantidade de leitos??? Realmente 5 meses não é tempo suficiente para se preparar.

      Nestes 5 meses a prefeitura recebeu rees adicionais da união e não investiu em novos leitos, montou um hospital de campanha fake, e o fechou às vésperas de um lockdown por falta de pacientes. O município de Bento Gonçalves tem 1/3 da população e dobro de leitos de UTI.

      Realmente jogar a conta para população, pela incompetência na gestão é um absurdo.

    2. Rosana Seyffert

      08/08/20 at 20:22

      Desculpe meu comentario….mas estou alegre pelo seu nome ser Rubens e alem disso vc e um homem cultissimo,em relacao ao nome e pq meu filho se chama Rubens😬👏👏👏

      • Rubens Spanier Amador

        08/08/20 at 21:42

        Olá. Não sou culto, como vc pensa, mas me esforço um pouco. Mas agradeço. Valeu! Felicidades a vc e ao seu Rubens. Um abraço.

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    Brasil e mundo 3m3y11

    Vivendo em mundos paralelos 5z181m

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    Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. A mera notícia de um buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima, nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção na área sensível da saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão na percepção humana.

    Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo. Nós apenas sentimos seus efeitos de forma drástica, por razões de ordem econômica e social. E também dimensionais.

    Como a cidade não é grande, os problemas são ainda mais visíveis. Topamos com eles no cotidiano. Acontece que os buracos reais e metafóricos, ainda que denunciados, inclusive pelo cidadão que vai às redes sociais reclamar, avolumam-se sem solução que satisfaça, levando a outro problema, este de ordem comportamental.

    Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

    A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

    Outra razão é que, no essencial, nada muda em nossa realidade. Isso ficou mais evidente porque as redes sociais deram vazão, sem os filtros editoriais da imprensa, a um volume de problemas reais maior do que o que era noticiado. Se antes já havia demora nas soluções, essa percepção foi multiplicada pelo crescente número de denúncias feitas nas redes pelos próprios cidadãos. Os problemas que dizem respeito à coletividade se avolumam sem solução a contento, desconsolando e fatigando a vida.

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    Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

    No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

    Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

    Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

    Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.

    Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.

    Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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    Brasil e mundo 3m3y11

    Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio b4o68

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    Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

    Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

    Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

    Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

    Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

    Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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    Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

    No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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