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Brasil e mundo

Reitor Pedro Hallal rebate tréplica do médico Júlio Pereira Lima

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Pedro Curi Hallal, reitor da UFPel e Dr. em Epidemiologia |

A resposta do colega ao meu texto demonstra indignação, talvez causada pela dificuldade em ser contrariado, o que convenhamos, é uma característica típica daqueles que acham que o sobrenome ou a profissão valem mais do que as ideias. Apesar do ditado popular de “quem fala o que quer, ouve o que não quer”, o colega deve compreender que a crítica que fiz não é ao indivíduo, mas sim aos argumentos.

Pedro Hallal, reitor da UFPel

Ao longo da sua réplica, o colega insiste que os números no Rio Grande do Sul estão aumentando mesmo com o distanciamento social horizontal. NÃO – os números estão aumentando devido à flexibilização do distanciamento social. Os lugares que só flexibilizaram depois de a curva estar na descendente, como defendo desde sempre, não experimentaram aumento importante do número de casos ou óbitos.

O argumento de que o número de casos em Nova Iorque aumentou por causa do lockdown beira ao terraplanismo e, portanto, não precisa ser aprofundado. A tentativa de utilizar argumento de autoridade se repete na réplica, quando o colega cita um epidemiologista americano, que seria o “fiador” da estimativa de letalidade abaixo de 0,3%. O Dr. talvez desconheça que o estudo do epidemiologista citado foi um dos mais duramente criticados ao longo dessa pandemia, por tentar extrapolar para a população informações obtidas de uma amostra de voluntários.

O Dr. Michael Levitt, com quem tive o prazer de compartilhar uma mesa redonda em webinar organizado pela FAPESP, apresenta argumentos científicos, e não ideológicos, para discutir a questão do distanciamento social. Aliás, o colega talvez desconheça que na ciência estamos bastante acostumados com visões distintas sobre um mesmo tema… desde que concordemos que a terra não é plana.

A tentativa de agredir mais uma vez o EPICOVID19 e, inclusive, defender o corte de investimentos na pesquisa, só confirma que o colega ficou incomodado ao ter seu texto original questionado. Na busca incessante por holofotes, fica a sugestão para que o colega, além de escrever textos opinativos, também conduza suas próprias pesquisas sobre o coronavírus.

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4 Comments

4 Comments

  1. Luis Fernando Galvão

    23/07/20 at 12:01

    Por favor governantes, estamos falando de vidas humanas. Não se prendam a “estratégias” epidemiológicas. Busquem a ciência. E a ciência não nasce só do mundo randômico ou nos laboratórios. Ela faz lastro na capacidade de reprodutividade. Esse é o principal sinal da eficiência dessa ciência.
    As experiencias observacionais e retrospectivas são o corpo vivo da ciência. A resolutividade é a espinha dorsal numa guerra de vida e morte.
    Por favor governantes, juntem-se aos grupos de médicos que têm experiência de sucesso na beira dos leitos e não em escaninhos burocráticos.
    O Governador do Pará (sem entrar no mérito de suas demais ações nesse processo) foi o único que viveu verdadeiramente o colapso do sistema de saúde em seu Estado. Pessoas foram entubadas em cadeiras. Outras chegavam de carro e nem desciam. Morria sentadas dentro deles… Nesse momento, ele reconheceu e necessidade de se juntar aos soldados da frente de batalha. Deles recebeu a ordem de aplicar um protocolo profilático e inicial para o Estado. Hoje ele colhe os frutos. Na cidade de Porto Velho a médica da Unimed narrou que hoje só existe um só leito de UTI ocupado. E não é pela Covid-19…
    O medo e a paranoia hoje estão matando dez vezes mais do que a doença, segundo os médicos envolvidos nesse projeto de ações profiláticas.
    Por fim repito e peço; não sejam escravos de narrativas. Sejam escravos dos fatos.
    Não vamos nos esconder do problema, vamos enfrentá-los.
    Enfrentá-los salvará vidas. Esconder-nos só protelará as mortes.

  2. Luis Fernando Galvão

    23/07/20 at 11:59

    Realmente, parece que isso não é bandeira não. É biruta. Muda por ares e motivos desconhecidos. Aliás as formulações que definem essas “bandeiras” são feitas em total obscurantismo. Não se conhece a matriz e a parametrização que estabelecem essa metodologia. Que, diga-se de agem, deve ter sido criada por uma mente iluminada. Desse oráculo, nada se sabe. Tudo isso deixa margem para todo o tipo de interpretações e especulações. Vê-se, pois, que vivemos tempos em que a única coisa que temos certeza é de que é impossível ter certeza de alguma coisa e, na dúvida, bandeira pra cima deles… Assim, nos fazem ficar abaixado numa trincheira, de onde não se ouvem os tiros, mas só se vê a escuridão. De vez em quando vem alguém e diz ter visto mortos, doentes, feridos. No lugar da gente ter o aos dados e às informações objetivas e claras, nos trazem prontas as narrativas, interpretações e opiniões. A gente tem o direito de o à verdade, aos fatos e as notícias. Opinião deixa que eu faço a minha. E, assim seguimos na caverna de Platão obedecendo as hierarquias e os governos dos sábios

  3. Sergio

    23/07/20 at 07:08

    As pesquisas da UFPel não se sustentam quando comparadas com outros centros de pesquisadores ao redor do mundo.
    Não há necessidade do contraponto. Se a convicção é tanta, basta se calar que a verdade aparecerá, para um ou outro lado com o ar do tempo..
    Tem muita, mas muita gente morrendo de outras doenças tratáveis, muita gente ando fome,… E criando se uma leva imensurável de candidatos para as salas de terapia, claro, para os que podem pagar e para os que não tirarem a vida durante este período de confinamento. Temos dados de suicídios no RS? que tal publicar?

    • Alarico

      23/07/20 at 11:45

      É verdade, Sérgio.
      A nossa leiga tão querida já viveu dias beeeeem mais gloriosos.

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Brasil e mundo

Edital do Enem 2025 é publicado; veja datas e regras do exame

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (23), o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.

O período de inscrições será de 26 de maio a 6 de junho. Os interessados deverão se inscrever na Página do Participante do exame, no site do Inep.

Conforme adiantado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, participantes do Enem com mais de 18 anos, que ainda não concluíram a educação básica, voltarão a obter a certificação no ensino médio para quem conquistar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação.

Provas

O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em todo o Brasil.

São quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de redação e as objetivas de língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), história, geografia, filosofia e sociologia. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.

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No segundo dia do Exame, serão aplicadas as provas de matemática, Química, Física e Biologia. Nesta data, a aplicação terá 5 horas de duração.

Os portões de o aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). O início será às 13h30.

No primeiro dia, as provas irão terminar às 19h. No segundo dia, o término é às 18h30

“Excepcionalmente, considerando a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será realizada em Belém-PA, a aplicação do Enem 2025 para o participante que indicar os municípios de Belém-PA, Ananindeua-PA ou Marituba-PA como município de aplicação no ato da inscrição será realizada em 30 de novembro de 2025 e 7 de dezembro de 2025”, diz o edital.

No ato de inscrição, os candidatos podem requerer o tratamento pelo nome social, que é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente, conforme sua identidade de gênero. 

Serão usados dados da Receita Federal, por isso o participante deverá cadastrar o nome social na Receita FederalTravestis, transexuais ou transgêneros receberão esse tratamento automaticamente, de acordo com os dados cadastrados na Receita.

O candidato não precisa enviar documentos comprobatórios.

ibilidade

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O participante que necessitar de atendimento especializado deverá, no ato da inscrição, solicitá-lo.

O candidato deve informar as condições que motivaram a solicitação, como baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, auditiva, intelectual e surdez, surdocegueira, dislexia, discalculia, déficit de atenção, Transtorno do Espectro Autista (TEA), gestantes, lactantes, diabéticos, idosos e estudantes em classe hospitalar ou com outra condição específica. 

Os recursos de ibilidade disponibilizados aos candidatos estão descritos no edital.

Taxa de inscrição

taxa de inscrição do Enem é no valor de R$ 85 e pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até 11 de junho. Não haverá prorrogação do prazo para pagamento da taxa.

Para pagar por Pix, basta ar o QR code que constará no boleto.

De acordo com o edital, não serão gerados boletos para participante que informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para pleitear o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) concluinte do ensino médio (no ano de 2025), mesmo que ainda não tenha solicitado isenção da taxa

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Reaplicação

De acordo com o edital, as provas serão reaplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro para os participantes que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas.

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CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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