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Brasil e mundo

O mundo vai acabar, mas não agora. Que tal pensar no dia seguinte? – por Mateus Bandeira

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Crises inéditas, como a do coronavírus, necessitam de tempo para serem digeridas. Mas arrisco algumas constatações preliminares.

O mundo está vivendo algo raro na história da humanidade. Talvez só se compare com a gripe espanhola na primeira metade do século XX. Diferente daquela pandemia, porém, a medicina nunca esteve tão preparada para enfrentar desafios.

Ao mesmo tempo, as autoridades estão se mostrando, de um modo geral, responsáveis com a ameaça invisível. O Governo do Brasil está adotando medidas emergenciais apropriadas na saúde e na economia.

Entretanto, o ser humano, que se diferencia do restante do mundo animal pela racionalidade, está agindo como manada. O pânico parece estar embaçando nossa inteligência.

Não, não estou falando de teorias conspiratórias. Tampouco desprezando a gravidade do momento. Eu e minha família estamos adotando medidas preventivas extras. Queremos todos ficar vivos.

Falo de dados. Até o momento, cerca de 190 mil pessoas foram infectadas no mundo, de acordo com boletim da OMS do último dia 18 de março. O número de mortes, concentradas na China, Itália e Irã, se aproximava das 8 mil. No Brasil, segundo o site do Ministério da Saúde, também atualizado no dia 18, havia 428 casos registrados e 4 mortes confirmadas.

Algumas comparações com base em dados do portal G1. Apesar da queda de 14%, 3.739 mulheres foram assassinadas em 2019.

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Mesmo com a redução de 19%, 41.635 indivíduos foram assassinados em 2019. Ou seja, houve 5 vezes mais assassinatos no Brasil em 2019 do que vítimas do vírus em todo o mundo.

Outra gripe recente, a H1N1, ou Influenza, matou em média duas pessoas por dia no Brasil em 2019 – foram registrados 796 óbitos. O Aedes aegypti matou, no mesmo ano, 754 pessoas no País.

O fato é que outras letalidades, mais agressivas, não decidiram parar de provocar vítimas e esperar o coronavírus desfilar solitário na arela da morte. O jornalista Leonardo Sakamoto, do UOL, entrevistou quem entende do assunto.

Um desabafo de um médico socorrista abre sua coluna da última segunda, dia 16. “Acidentes de trânsitos, partos, afogamentos, quedas de laje, infartos não param de acontecer para esperar o coronavírus ar”.

Na China, onde tudo começou, em novembro de 2019, os casos estão em declínio acelerado. Prêmio Nobel, o biofísico Michael Levitt disse que “o Corona já está em se enfraquecendo, e a humanidade vai sobreviver”.

A vida continua

O que a maioria não está vendo é que haverá um dia seguinte. 2020 prometia ser um ano de recuperação econômica – o que, agora, parece muito difícil.

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Uma recessão econômica já é uma possibilidade real. Ou seja, voltarmos aos fatídicos anos de 2015 e 2016, depois que o PT levou o País à bancarrota.

A vida de cada brasileiro é valiosa, mas o mundo não vai acabar depois que o coronavírus ar. As consequências de uma crise mal gerida podem durar um tempo muito maior do que a fase mais aguda da crise – 4 meses, talvez.

Se combater o covid-19 é questão de sobrevivência, minimizar os efeitos deletérios na economia é igualmente necessário. Um remédio aplicado em dose excessiva vira veneno.

Se não dosarmos a receita, duas consequências são previsíveis. Aumento do desemprego e quebradeira, sobretudo de micro e pequenas empresas. O cenário próximo futuro pode ser o da depressão, com consequências muito mais duradouras.

O momento deve ser aproveitado para endireitar o País e corrigir injustiças históricas. Para começar, hora de aprofundar as reformas estruturais, como a PEC Emergencial, a 186.

Ao mesmo tempo, se precisamos de mais recursos para saúde, que tal cortar onde sobra gordura, como os R$ 2 bilhões do fundo eleitoral? Cálculo do professor do Insper, Thomas Conti, aponta que há R$ 4,7 bilhões desperdiçados em auxílio-moradia com a elite do Judiciário.

Segundo ele, outros R$ 5 bilhões vão para pensões de filhas de militares e R$ 10 bilhões ultraam o teto dos supersalários do serviço público. Uma vacina contra o desperdício é destinar esta montanha de dinheiro para quem realmente precisa.

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Mateus Bandeira é conselheiro de istração e consultor de empresas. Foi CEO da Falconi, presidente do Banrisul e secretário de Planejamento e Gestão do Rio Grande do Sul.

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Edital do Enem 2025 é publicado; veja datas e regras do exame

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (23), o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.

O período de inscrições será de 26 de maio a 6 de junho. Os interessados deverão se inscrever na Página do Participante do exame, no site do Inep.

Conforme adiantado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, participantes do Enem com mais de 18 anos, que ainda não concluíram a educação básica, voltarão a obter a certificação no ensino médio para quem conquistar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação.

Provas

O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em todo o Brasil.

São quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de redação e as objetivas de língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), história, geografia, filosofia e sociologia. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.

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No segundo dia do Exame, serão aplicadas as provas de matemática, Química, Física e Biologia. Nesta data, a aplicação terá 5 horas de duração.

Os portões de o aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). O início será às 13h30.

No primeiro dia, as provas irão terminar às 19h. No segundo dia, o término é às 18h30

“Excepcionalmente, considerando a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será realizada em Belém-PA, a aplicação do Enem 2025 para o participante que indicar os municípios de Belém-PA, Ananindeua-PA ou Marituba-PA como município de aplicação no ato da inscrição será realizada em 30 de novembro de 2025 e 7 de dezembro de 2025”, diz o edital.

No ato de inscrição, os candidatos podem requerer o tratamento pelo nome social, que é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente, conforme sua identidade de gênero. 

Serão usados dados da Receita Federal, por isso o participante deverá cadastrar o nome social na Receita FederalTravestis, transexuais ou transgêneros receberão esse tratamento automaticamente, de acordo com os dados cadastrados na Receita.

O candidato não precisa enviar documentos comprobatórios.

ibilidade

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O participante que necessitar de atendimento especializado deverá, no ato da inscrição, solicitá-lo.

O candidato deve informar as condições que motivaram a solicitação, como baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, auditiva, intelectual e surdez, surdocegueira, dislexia, discalculia, déficit de atenção, Transtorno do Espectro Autista (TEA), gestantes, lactantes, diabéticos, idosos e estudantes em classe hospitalar ou com outra condição específica. 

Os recursos de ibilidade disponibilizados aos candidatos estão descritos no edital.

Taxa de inscrição

taxa de inscrição do Enem é no valor de R$ 85 e pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até 11 de junho. Não haverá prorrogação do prazo para pagamento da taxa.

Para pagar por Pix, basta ar o QR code que constará no boleto.

De acordo com o edital, não serão gerados boletos para participante que informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para pleitear o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) concluinte do ensino médio (no ano de 2025), mesmo que ainda não tenha solicitado isenção da taxa

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Reaplicação

De acordo com o edital, as provas serão reaplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro para os participantes que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas.

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CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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