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Opinião

‘Não consigo assimilar bem quando sou criticado por fazer o que me parece certo”, diz médico da Santa Casa

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Material copiado do Facebook do médico Odilson Silva, postado como público.

Ele se tem destacado nas redes sociais como uma das vozes mais coesas e lúcidas quanto ao tema da crise da Santa Casa.

Abaixo.

Fazendo uma analogia grosseira, hoje eu me sinto como a Rede Globo de Televisão. Vou tentar explicar meu ponto de vista.

Há alguns anos, a Globo era odiada pela esquerda. Depois, ou a ser odiada pela direita. Hoje, é criticada tanto pela direita quanto pela esquerda. Apesar disso, continua tendo a maior audiência e sendo uma emissora respeitada, a despeito das críticas.

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Quando escrevi sobre a situação da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, apesar de todo apoio que recebi, consegui desagradar tanto à direção do hospital quanto a muitos funcionários. Pelos mais variados motivos, não aprovaram o que fiz.

Não preciso que ninguém me diga que é impossível agradar a todos. Claro que sei disso. Mas, por particularidades minhas, não consigo assimilar bem quando sou criticado, por fazer o que me parece certo. E, mais uma vez repito: minha única intenção foi tentar atenuar o sofrimento de todos, em função da atual crise financeira.

A despeito de todas as críticas e divergências, ainda tenho esperanças de que o resultado seja positivo.

Ainda tenho a fé de que algo de bom possa resultar do que escrevi. E é exatamente por isso que estou escrevendo, mais uma vez: para não deixar apagar a chama que foi acesa.

Minha intenção foi apenas a de acender uma pira olímpica, para que todos se lembrem que a luta não acabou. Ao contrário de pessoas que usam esse evento para se promover ou insuflar a ira de quem já está com a cabeça quente.

Não concordo que se tente jogar gasolina para apagar incêndio.

Não concordo que se joguem funcionários contra a diretoria.

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Não concordo que se dividam em “Nós x Eles”.

É preciso que se entenda que todos jogamos no mesmo time, com um objetivo comum: reerguer a Santa Casa.

É preciso que todos os olhares se voltem para a mesma direção e não em sentidos opostos.

Por isso, como a Rede Globo, vou aproveitar a grande “audiência” que tive durante o carnaval, para fazer mais uma convocação geral:

ACABOU A FESTA!

ACABOU O CARNAVAL!

A HORA É DE AÇÃO E NÃO APENAS DE BOA INTENÇÃO!

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ANTES QUE O ASSUNTO ESFRIE E CAIA NO ESQUECIMENTO, VAMOS PROMOVER AÇÕES REAIS E CONTINUADAS PELA SANTA CASA.
PEGUE SEU CELULAR OU VÁ A ALGUM BANCO OU ATÉ A SANTA CASA E DOE.

Compartilhe, converse, explique.

Vou fazer um adendo e um pedido adicional. Ouvi duras críticas de que os médicos estão “afastados” do problema, sem se envolver com a situação.

Portanto, gostaria de convocar a todos os médicos a participarem mais, em favor da Santa Casa. Convocar a todos que fizeram parte da sua história.

A todos que, graças a esse hospital, aperfeiçoaram sua formação profissional. Esse é o momento de nos fazermos mais presentes e mostrar que, da mesma forma que todos os que trabalham no hospital, não somos os vilões dessa história.

Mais uma vez, vou disponibilizar a número da conta da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas. Para evitar ações desonestas, não aceitem outros números. Agradeço a todos, de antemão.

Números da conta corrente para doações:
Banco Banrisul (041)
Ag. 0320 – c/c 060482790-1
CNPJ: 92.219.559.0001-25
Em casos de dúvidas, telefone para o hospital (053) 3284-4700.

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Brasil e mundo

Pergunte à Alexa, é um caminho sem volta

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O mundo tem parecido uma grande confusão. É difícil decifrar o tempo vivendo nele, mas aquela sensação tem a ver com o aumento da produtividade. Em séries antigas de tevê, como Jornada nas Estrelas e Perdidos no Espaço, os personagens não fazem trabalho braçal. Máquinas e robôs fazem tudo. É o que está acontecendo.

Nos últimos anos, a produtividade acelerou muito, assim como o desemprego. Tudo agora é virtual, no celular. Os bancos, os escritórios, dois exemplos, não têm mais quase funcionários. A gente sabia que ia acontecer, como sabe que, logo ali, não se vai mais usar gasolina para mover veículos. De uma hora pra outra a mudança vem, o mundo vira do avesso e revoluciona a vida das pessoas.

Antes a economia era estável, por quê? Porque tudo era essencial. Hoje, com a produtividade alta, a maioria das coisas deixou de ser essencial. Agora compramos uma caneta por achá-la bonita, não porque precisamos dela. Roupas, a mesma coisa. Muitas coisas estão assim. Carros, tendo transporte de aplicativo, pra que comprar?

Quando há uma crise, a economia tranca porque 95% das coisas que compramos foi porque nos convenceram a comprar. Não são necessárias, e, ainda mais depois da pandemia, nos demos conta de que amos muito bem sem elas.

Nesse mundo novo, estamos sendo obrigados a inventar necessidades pra justificar o nosso trabalho. Mais ou menos como o barman que faz malabarismo com os copos pra se diferenciar.

Se a economia tranca e resolvemos economizar, só compramos comida e água; é o que todo mundo faz. Então, a economia tem que ser muito mais bem istrada, para não ter esses solavancos. Tudo mudou, e isso ficou mais claro nos últimos cinco anos. É como a água que vai batendo num castelo de areia, numa hora ele cai.

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Nos próximos anos, vão ocorrer mais modificações.

Estão tentando obter energia por fusão nuclear. Já estão conseguindo, falta controlar a reação, para poder concentrá-la.

Uma quantidade mínima de hidrogênio, elemento mais abundante no universo, se transforma numa quantidade colossal de energia, e limpa. Assim, uma pequena usina — instalada digamos em São Paulo — poderá fornecer energia para todo o Brasil, a custo baratíssimo.

Quando controlarem o H, vão acabar as hidrelétricas, acabar a extração do petróleo para uso combustível. Petróleo poderá ser usado ainda, mas na petroquímica (nylon, plástico etc.).

Já estão fabricando em laboratório até alimentos ricos em proteína como substitutos da carne, e mais baratos. Daqui 20, 30 anos, áreas onde hoje se planta e há gado vão ficar pra vida selvagem. Vastas áreas serão devolvidas à natureza. Dois terços do Brasil, estima-se.

Outra coisa que vai evoluir é a IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa. Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar. IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa.

Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar.

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Cultura e entretenimento

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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