Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. A mera notícia de um buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima, nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção na área sensível da saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão na percepção humana.
Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo. Nós apenas sentimos seus efeitos de forma drástica, por razões de ordem econômica e social. E também dimensionais.
Como a cidade não é grande, os problemas são ainda mais visíveis. Topamos com eles no cotidiano. Acontece que os buracos reais e metafóricos, ainda que denunciados, inclusive pelo cidadão que vai às redes sociais reclamar, avolumam-se sem solução que satisfaça, levando a outro problema, este de ordem comportamental.
Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.
A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.
Outra razão é que, ao menos no essencial, nada muda em nossa realidade. Os problemas que dizem respeito à coletividade se repetem sem solução, fatigando a vida, pulverizando a mobilização.
Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.
No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.
Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá
Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.
Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.
Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.
Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.
Alexandre
06/06/18 at 14:26
Alckmin é o mesmo “Santo” da planilha da odebrecht? Kkkk os canalhas também envelhecem!
André Fehrenbach
04/06/18 at 11:20
Alckmin vai crescer muito ainda na campanha, terá toda a estrutura tucana e vai rumo ao segundo turno.
Jurandir
06/06/18 at 10:09
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk alckimin não vai fazer nem 10%, pode anotar
novos ricos reclame aqui
04/06/18 at 10:00
Caracas, que site show. Gostei muito das informações. Informações realmente de qualidade. Parabéns
Ali Mendes
29/05/18 at 13:41
Ainda é cedo para se confiar nos percentuais das pesquisas. A campanha ainda não começou, será efetivamente em agosto. Com mais de 40 anos na vida pública exerceu diferentes cargos, desde prefeito, secretário até 4 vezes governador do maior estado brasileiro. Alckmin tem um histórico bem sucedido no comando de SP. Confio que o Brasil conhecerá Alckmin e verá que ele preenche todos os anseios da Nação.
Marcia
29/05/18 at 12:04
Alckmin estará no segundo turno, assim que o eleitor começar a pensar de fato nas eleições e analisar as qualidades e o histórico de trabalho de cada candidato, ele vai decolar. Alckmin no segundo turno e próximo presidente do Brasil.