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Eleições 2024 1p293p

Olhar para a frente 2f725c

Nem todo mundo que votou e votará em Perondi é de extrema-direita. São pessoas de direita, gente de centro que se decepcionou com a esquerda, não acredita mais nela, gente que quer um país mais estilo Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos

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Como se diz, a política mobiliza o que há de pior nas pessoas. Frustrações, ressentimentos, preconceitos, pulsões afloram na forma de paixões. Ninguém escapa totalmente. Muitas vezes a parcialidade política encobre uma sensação de nulidade pessoal, uma necessidade de “vingança”. Enquanto adere a um lado e rechaça o adversário, a pessoa sente que “existe”. Freud explica isso em seus livros, e diz que, no fundo, é uma luta do sujeito com o sujeito. Uma luta interna projetada para a arena política.

As percepções entre as pessoas são diferentes e são atravessadas emocionalmente por uma série de experiências nem sempre racionais. Eu respeito a opinião alheia, faço força, porque tudo sempre quer dizer algo, todos têm alguma razão e todos se enganam em boa parte. Só não gosto do fanatismo, embora também ele queira dizer algo.

Eu não estava em Pelotas na época, mas me dizem sempre que Marroni não fez um mal governo, fez um bom governo. Não acho que, se ganhar de novo, seria um desastre. No PT, porém, depois da Lava Jato, perdi a fé. Como tenho boa memória, não esqueço do que aconteceu no verão ado. A esquerda usa o vitimismo pra se aproveitar. É um problema antes moral que social. Teríamos que sair dessa armadilha. Desde então comecei a entender que a solução não está no governo, mas na sociedade; comecei a entender os valores liberais.

Marciano Perondi, como é o novo, é uma incógnita. Mas eu não julgo. Para ser sincero, eu gosto do novo, de testar novas possibilidades. Gosto de olhar para a frente. Experimentar um caminho diferente dos já percorridos. Novas soluções, e novos problemas também. Votar no PT, ainda mais no mesmo candidato de 20 anos atrás, entendo, significaria apostar no retorno ao ado, e o ado eu já conheço.

Além disso, prefeitos, quando retornam ao cargo, não fazem bons segundos governos. Por uma tendência humana à acomodação, o ímpeto do primeiro mandato desaparece. Em Pelotas, os segundos governos de Paula Mascarenhas (PSDB), de Irajá Rodrigues (MDB) e de Anselmo Rodrigues (PDT) ficaram aquém dos primeiros. Bernardo de Souza (PPS), por motivo de saúde, nem chegou a terminar o segundo mandato.

Nem todo mundo que votou e votará em Perondi é de extrema-direita. São pessoas de direita, gente de centro que se decepcionou com a esquerda, não acredita mais nela, gente que quer um país mais estilo Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos.

Pobre de quem acha que a esquerda é a redenção dos pobres.

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Jornalista e escritor. Editor do Amigos de Pelotas. Ex Senado, MEC e Correio Braziliense. Foi editor-executivo da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Atuou como consultor da Unesco e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Uma vez ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo, é autor dos livros Onde tudo isso vai parar e O fator animal, publicados pela Editora Lumina, de Porto Alegre. Em São Paulo, foi editor free-lancer na Editora Abril.

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Brasil e mundo 3m3y11

TSE: abstenção fica perto do total de eleitores ausentes na pandemia n3x70

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A abstenção dos eleitores no segundo turno das eleições municipais ficou próxima do patamar registrado durante as restrições provocadas pela pandemia de covid-19.

A Justiça Eleitoral registrou neste domingo (27), em todo o país, a ausência de 29,26% do eleitorado. O percentual equivale a 9,9 milhões de eleitores que não compareceram às urnas. O número de ausentes foi consolidado nesta segunda-feira (28) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2020, durante a pandemia de covid, a abstenção no segundo turno foi de 29,53%. Nas eleições presidenciais de 2022, abstenção no segundo turno foi de 20,57%. 

O alto índice de abstenção no segundo turno foi registrado principalmente em capitais das regiões Sul e Sudeste do país.

A maior abstenção entre as capitais foi registrada em Porto Alegre, onde o índice chegou a 34,83%, ou seja, 381.965 eleitores não foram votar na capital gaúcha.

Em seguida, aparecem no ranking as seguintes capitais: Goiânia (34,20%); Belo Horizonte  (31,95%); São Paulo (31,54%) e Curitiba (30,37%). Somente na capital paulista, a abstenção significou a ausência de 2,9 milhões de eleitores.

No Rio Grande do Sul, a alto índice de abstenções também afetou os municípios que foram atingidos pelas enchentes que inundaram grande parte do estado em maio deste ano.

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Em algumas cidades, urnas eletrônicas e locais de votação foram danificados durante a situação de calamidade. Além disso, moradores que perderam suas casas aram a viver em outros municípios e não regularizaram o título de eleitor.

Em Canoas, 35,72% dos eleitores não compareceram às urnas. Em Caxias do Sul, o percentual de ausentes foi de 28,64%.

Na avaliação do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul,  Voltaire de Lima Moraes, a abstenção no estado foi menor do que o órgão projetava.

“Precisamos analisar com maior profundidade essa questão relacionada com a abstenção, principalmente em algumas cidades. Em outras, nós tivemos uma diminuição da abstenção, levando em consideração as eleições de 2016, 2020 e 2024. Em 2016, não havia problema nenhum de enchente, nem de pandemia, e essas cidades conseguiram reduzir. Nós temos que verificar porque isso ocorreu”, comentou.

Ontem (27), ao divulgar o balanço do segundo turno, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, também disse que vai avaliar o fenômeno do aumento das abstenções.

Segundo a ministra, um levantamento será feito nos tribunais regionais eleitorais e finalizado até a diplomação dos prefeitos e vereadores eleitos, que ocorrerá em dezembro deste ano.

Os eleitores que não votaram no segundo turno têm até 7 de janeiro de 2025 para justificar a ausência. O prazo é de 60 dias após o pleito.

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A Justiça Eleitoral recomenda que a justificativa seja feita preferencialmente pelo aplicativo (App) e-Título.

O App pode ser baixado gratuitamente nas lojas virtuais Apple e Android. Ao ar o e-Título, o cidadão deve preencher os dados solicitados e enviar a justificativa. O eleitor também deverá pagar a multa estipulada pela ausência nos turnos de votação. Cada turno equivale a R$ 3,51 de multa.

O eleitor que não votar e deixar de justificar sua ausência por três vezes consecutivas pode ter o título suspenso ou cancelado.

A ausência cria diversas dificuldades, como ficar impedido de tirar aporte, fazer matrícula em escolas e universidades públicas e tomar posse em cargo público após ser aprovado em concurso público.

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Eleições 2024 1p293p

Por 1.263 votos a mais, Marroni é eleito prefeito de Pelotas 5o1d1f

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Por uma diferença de 1.263 votos a favor, Fernando Marroni, do PT, foi eleito novo prefeito de Pelotas. Ele volta ao cargo depois de 24 anos.

O petista recebeu 87.737 votos válidos – 50,36% do total de votos.

Já Marciano Perondi, do PL, recebeu 86.474 votos válidos, 49,64% do total de votos.

63.931 pessoas se abstiveram de votar, um total de 25.71% dos eleitores aptos.

5.542 anularam seus votos, 3%.

4.947 votaram em branco, 2.68%.

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Perondi começou a apuração 10 pontos percentuais atrás do oponente. Ao longo da apuração, reduziu a diferença para 1 ponto percentual.

Como se previu, qualquer um poderia ganhar, mas seria por uma diferença apertada, como se fato foi.

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