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Cultura e entretenimento 1f3218

Prefeitura destaca Daniel por conseguir R$ 100 mil de emenda para entidades carnavalescas. No total, embora em déficit, Paula dará R$ 573 mil para a festa 2u4t6z

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A prefeitura informou há pouco, em release à imprensa, que o deputado Daniel Trzeciak (PSDB) conseguiu R$ 100 mil para dar à Associação das Entidades Carnavalescas e à Liga dos Blocos e Cordões fazerem o Carnaval deste ano. Dinheiro de emenda parlamentar, como o meio milhão para o reveillón. Cotado a candidato para suceder a Paula, o tucano se tem feito notar, ultimamente, por distribuir dinheiro a eventos populares.

Em reunião com a prefeita e carnavalescos, nesta quarta (3), Daniel explicou a doação daqueles R$ 100 mil: R$ 80 mil serão dados às Escolas de samba, R$ 20 mil seguirão para Blocos e Cordões.

A notícia acima abre o release.

Pela batida, Daniel parece determinado… ao ponto de insistir em suas redes numa fake news, afirmando que o público do reveillón ultraou 50 mil pessoas. Uma série de fotos indubitáveis prova que o público foi cinco vezes menor: cerca de 10 mil pessoas.

Quatro parágrafos abaixo, o release informa que a prefeitura também dará dinheiro àquelas entidades. Dará às escolas de samba e blocos, diretamente dos cofres do município, mais R$ 390 mil. Vereadores também darão: o dinheiro é do município, mas obtido a pedido deles, por emendas impositivas: destinarão mais R$ 183 mil para a festa.

Somando as doações de dinheiro público para o carnaval (deputado, prefeitura e vereadores), chega-se ao total de R$ 673 mil.

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Para uma prefeitura quebrada, com previsão legal de déficit orçamentário de R$ 282 milhões para 2024, pagamentos a fornecedores atrasados, chegando a obrigar seus servidores a contrair empréstimo no Banrisul para receber logo o 13º integral, em vez de parcelado, caso não recorressem ao banco, a impressão é o contrário. Impressão de que está sobrando dinheiro.

***

O release prossegue:

“Para Daniel, a economia da cultura é fundamental à cidade, assim como a festa da virada. O carnaval organizado é bom para todo mundo: para entidades, negócios, comerciantes, população, que pode curtir, e, por isso, o envolvimento de todos vai contribuir para o resgate dessa tradição”.

A prefeita foi na mesma linha: “Não tenho dúvida de que, daqui para a frente, a cada ano que ar, o carnaval vai se consolidar e fortalecer. Quero agradecer à Câmara, que tem sido parceira com emendas impositivas para o carnaval”. Acrescentou: “Agradeço muito especialmente ao Daniel, que olha para a cidade como um todo, investindo nas mais variadas áreas prioritárias, inclusive olhando para a cultura, como a festa da virada e, agora, o carnaval”.

O carnaval ocorrerá de 15 a 17 de março, na arela do porto. A folia deste ano, prometem, terá o retorno do concurso das bandas carnavalescas, blocos burlescos e escolas de samba do grupo especial e escolas mirins.

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Brasil e mundo 3m3y11

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio b4o68

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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Cultura e entretenimento 1f3218

O perigo das Gagas da vida 1n4w28

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Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

Como assim caos interior?

Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

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A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

Mas depois se reerguendo.

Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

Gagaaaaaa.

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