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O voto no rural pelotense. Por Robson Becker Loeck 572028

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Robson Becker Loeck (*)

Ao longo de doze anos, partidos políticos como o PT, PSDB, PSL e PL tiveram forte presença nas eleições presidenciais. Em disputa com José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) se elegeu em 2010 e conquistou a reeleição em 2014, derrotando Aécio Neves (PSDB). Em 2018, Jair Bolsonaro (PSL) ganhou de Fernando Haddad (PT), mas disputando a reeleição pelo PL, em 2022, perdeu a eleição para Lula (PT).

Esse não era o desejo da maioria dos eleitores do município do Arroio do Padre, que acabou por receber destaque na mídia pelo fato de nele Lula ter feito somente 16% (735) dos votos válidos no primeiro turno e não ultraado 17% (389) no segundo turno, no qual Bolsonaro obteve 83% (1.922).

Enfim, uma expressiva votação para o candidato do PL em um pequeno município preponderantemente rural, cercado por terras do município de Pelotas, que, ao contrário de Arroio do Padre, possui a maior parte dos eleitores vivendo em áreas urbanas. No entanto, o rural em Pelotas também é composto por pequenas propriedades e agricultores familiares, suscitando a curiosidade se os eleitores rurais de ambas tiveram o mesmo comportamento eleitoral. E a resposta é que sim, pois Bolsonaro também fez mais votos no interior de Pelotas.

Dar-se-ia, então, valendo-se da dicotomia “direita x esquerda”, dizer que o rural em Pelotas é de direita e, por conseguinte, conservador? Com base nos números de votos recebidos pelos candidatos nos primeiros turnos das últimas quatro eleições – em que há um leque maior de possibilidades de escolha por parte do eleitor – não é possível afirmar isso. Dilma foi a mais votada no interior em 2010 e 2014, com respectivamente, 6.033 e 5.859 votos, contra 5.899 e 5.431 dos candidatos do PSDB. Na época, pode-se dizer que havia um equilíbrio de forças políticas, que acaba por dar uma guinada na eleição de 2018, quando Bolsonaro (PSL) vence Haddad (PT).

Nessa eleição se reflete toda a crise política instaurada com o impeachment da Dilma e a posterior “demonização” do PT, que, conforme mostram os números, acabou por ter forte impacto nos eleitores pelotenses do interior. A votação do PT diminui com Haddad (2.809), enquanto a de Bolsonaro (5.839) fica parecida com as recebidas pelos candidatos do PSDB nas duas eleições anteriores.

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Em 2022, ada a “euforia” da Operação Lava Jato e a “volta” de Lula ao processo eleitoral, a votação do PT cresce no interior (4.590 votos), ao mesmo tempo que também aumenta a do Bolsonaro, que recebe 6.561 votos.

A média da votação (do primeiro turno) das últimas quatro eleições fica em 4.823 votos para o PT e, dos demais partidos juntos (PSBD, PSL e PL), em 5.933 votos. As votações de 2010 e 2014 demostram que no ado o eleitorado rural pelotense já esteve “mais à esquerda” e, nas duas últimas eleições, que se encontra “mais à direita” no presente. É um eleitorado composto em sua maioria de agricultores familiares dependentes de políticas governamentais. Ao mesmo tempo é diverso em termos culturais, já que é formado por imigrantes europeus (alemães/pomeranos, ses e italianos), descendentes de escravizados, indígenas e pescadores, cada qual interpretando a sociedade e se valendo da política ao seu modo. Ou seja, um eleitorado não unânime quanto, por exemplo, ao que significa valorizar a família, a hierarquia, a meritocracia, o capitalismo e as políticas públicas.

Um bom indicativo disso é que nas últimas quatro eleições presidenciais os candidatos do PT sempre venceram no 2º Distrito, que conta com grande número de famílias de pescadores artesanais. Os candidatos do PSBD, PSL ou PL obtiveram sempre mais votos no 3º Distrito, no qual há preponderância de famílias alemãs/pomeranas. Nos demais distritos, ao longo dos pleitos, ocorreu alternância dos candidatos/partidos de “esquerda” e “direita” entre os mais votados.

(*) Robson Becker Loeck é sociólogo. Graduado e mestre em ciências sociais e especialista em política.

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Edital do Enem 2025 é publicado; veja datas e regras do exame 2773

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (23), o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.

O período de inscrições será de 26 de maio a 6 de junho. Os interessados deverão se inscrever na Página do Participante do exame, no site do Inep.

Conforme adiantado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, participantes do Enem com mais de 18 anos, que ainda não concluíram a educação básica, voltarão a obter a certificação no ensino médio para quem conquistar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação.

Provas

O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em todo o Brasil.

São quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de redação e as objetivas de língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), história, geografia, filosofia e sociologia. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.

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No segundo dia do Exame, serão aplicadas as provas de matemática, Química, Física e Biologia. Nesta data, a aplicação terá 5 horas de duração.

Os portões de o aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). O início será às 13h30.

No primeiro dia, as provas irão terminar às 19h. No segundo dia, o término é às 18h30

“Excepcionalmente, considerando a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será realizada em Belém-PA, a aplicação do Enem 2025 para o participante que indicar os municípios de Belém-PA, Ananindeua-PA ou Marituba-PA como município de aplicação no ato da inscrição será realizada em 30 de novembro de 2025 e 7 de dezembro de 2025”, diz o edital.

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No ato de inscrição, os candidatos podem requerer o tratamento pelo nome social, que é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente, conforme sua identidade de gênero. 

Serão usados dados da Receita Federal, por isso o participante deverá cadastrar o nome social na Receita FederalTravestis, transexuais ou transgêneros receberão esse tratamento automaticamente, de acordo com os dados cadastrados na Receita.

O candidato não precisa enviar documentos comprobatórios.

ibilidade

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O participante que necessitar de atendimento especializado deverá, no ato da inscrição, solicitá-lo.

O candidato deve informar as condições que motivaram a solicitação, como baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, auditiva, intelectual e surdez, surdocegueira, dislexia, discalculia, déficit de atenção, Transtorno do Espectro Autista (TEA), gestantes, lactantes, diabéticos, idosos e estudantes em classe hospitalar ou com outra condição específica. 

Os recursos de ibilidade disponibilizados aos candidatos estão descritos no edital.

Taxa de inscrição

taxa de inscrição do Enem é no valor de R$ 85 e pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até 11 de junho. Não haverá prorrogação do prazo para pagamento da taxa.

Para pagar por Pix, basta ar o QR code que constará no boleto.

De acordo com o edital, não serão gerados boletos para participante que informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para pleitear o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) concluinte do ensino médio (no ano de 2025), mesmo que ainda não tenha solicitado isenção da taxa

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Reaplicação

De acordo com o edital, as provas serão reaplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro para os participantes que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas.

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Vídeo: PT pede ao MP providências contra Eduardo Leite, por documentário de “autopromoção” 6m5a4k

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