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Cultura e entretenimento 1f3218

Glass onion: um mistério knives out 2i1s4f

O filme está disponível na Netflix e é um imperdível thriller de mistério

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Sucesso de público e crítica em 2019, Entre Facas e Segredos apresentou o detetive Benoit Blanc (Daniel Craig) em uma investigação ao melhor estilo “quem matou?” que deixaria Agatha Christie orgulhosa. Glass Onion: Um Mistério Knives Out traz o detetive de volta em um novo caso, desta vez em uma ilha na Grécia.  

O magnata da tecnologia Miles Bron (Edward Norton) recebe os amigos em sua luxuosa propriedade para uma celebração anual. A reunião de personagens peculiares inclui a governadora Claire Debella (Kathryn Hahn), a modelo influencer Birdie Jay (Kate Hudson), o cientista Lionel Toussaint (Leslie Odom Jr.), o famoso streamer Duke Cody (Dave Bautista) e a misteriosa Andi Brand (Janelle Monáe), ex-parceira de negócios de Miles. Além, claro, de Benoit Blanc. 

Inicialmente, a proposta do bilionário é simples. Ele convidou todos os seus amigos para resolver um assassinato: o seu próprio. Mas claro que tudo não a de uma brincadeira, porém, a festa muda de rumo quando uma morte real acontece, e todos veem os próprios segredos e ambições ameaçados. 

Mais uma vez dirigido e roteirizado por Rian Johnson, o filme acerta ao revelar seus mistérios e reviravoltas aos poucos. Gradualmente, a narrativa revela-se cada vez mais complexa, mantendo o espectador atento e curioso do início ao fim. O grupo de amigos e a conexão entre eles, todos diretamente ligados ao anfitrião, representam temas atuais, como a cultura do cancelamento, conflitos éticos e conservadorismo. 

O roteiro equilibra uma trama envolvente e séria, com pitadas de humor ácido e inteligente.  Aqui, o detetive tem um caso mais interessante que no primeiro filme. Se em Entre Facas e Segredos, a morte envolvia o patriarca de uma família rica e excêntrica, em Glass Onion os ricos são pessoas que enriqueceram através de privilégios e influências. Um círculo de amigos hipócritas, que se acham superiores ao resto do mundo por serem “disruptores”. 

Assim como no primeiro filme, o principal atrativo do longa está na escolha perfeita de seu elenco, liderado por um Daniel Craig cada vez mais à vontade no papel de Benoit Blanc. Kate Hudson, Kathryn Hahn, Leslie Odom Jr., Dave Bautista e Edward Norton fazem um trabalho impecável, e ainda vemos Jessica Henwick e Madelyn Cline em papéis mais discretos. No entanto, o grande destaque vai para Janelle Monáe. A cantora, compositora e atriz entrega uma personagem intrigante e cheia de nuances, em uma atuação magnética que pode render uma indicação ao Oscar. 

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Glass Onion: Um Mistério Knives Out está disponível na Netflix e é um imperdível thriller de mistério. Com personagens carismáticos liderados por um incrível elenco, Rian Johnson já pode considerar uma franquia para o detetive Benoit Blanc.

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Brasil e mundo 3m3y11

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio b4o68

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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Cultura e entretenimento 1f3218

O perigo das Gagas da vida 1n4w28

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Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

Como assim caos interior?

Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

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A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

Mas depois se reerguendo.

Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

Gagaaaaaa.

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