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UFPel diz que “novo corte orçamentário inviabiliza funcionamento das Federais”. Ministro nega corte n1v5u

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Abaixo, a nota de Gestão:

Conforme veiculado pelos meios de comunicação, o Governo Federal, uma vez mais, age no sentido de inviabilizar o funcionamento das Instituições Federais de Ensino Superior, através de reduções nos seus orçamentos. Nesse sentido, a Universidade Federal de Pelotas vem a público expor a sua situação.

As medidas impostas pelo MEC, às vésperas do primeiro turno das eleições, resultaram em uma redução suplementar nos recursos disponíveis para a manutenção das atividades das instituições de ensino. Os cortes orçamentários realizados entre maio e junho, de 7,5% do orçamento aprovado na LOA, levaram várias instituições a medidas de precarização de suas condições de funcionamento, além do limite do ável. Muitas instituições avaliaram que não conseguiriam arcar com suas despesas até o final do ano, e algumas anunciaram que havia risco de não conseguirem terminar seus semestres letivos devido à impossibilidade de cumprimento de seus contratos. O bloqueio suplementar realizado em 04 de outubro de 2022, regulamentado pelo Decreto Nº 11.216, de 30 de setembro de 2022, retira mais recursos das universidades e agrava os problemas orçamentários.

Na UFPel, ao corte original de 7,5% (R$ 5,9 mi), soma-se o bloqueio de mais 3,3% (R$ 2,6 mi) do total de orçamento disponível, resultando de um orçamento que é aproximadamente 11% menor do que o aprovado pelo Congresso Nacional. Vale lembrar que o orçamento do exercício 2021 das universidades já havia sofrido uma redução de aproximadamente 20% em relação aos anos anteriores, o que resultou em atrasos em pagamentos de despesas de 2021 que precisaram ser cobertas pelo orçamento de 2022.

Nesse cenário, a UFPel, que já havia adotado medidas de redução de despesas de custeio para tentar garantir o funcionamento de suas atividades até o final do semestre letivo, mesmo que com precariedades, agora deverá reavaliar a prioridade de atendimento às despesas até o esgotamento total de seus recursos. O objetivo da priorização é garantir que as despesas diretamente relacionadas à assistência estudantil, bolsas e restaurante universitário sejam mantidas até o final do semestre letivo, em detrimento de outras despesas contínuas, como energia elétrica, água, combustível e contratos de aluguéis, dentre outras. Considerando o limite de empenho ainda existente, é possível que certas despesas de setembro não possam ser atendidas, com reflexos no funcionamento da instituição já no mês de outubro.

Assim, o novo bloqueio agora efetivado reitera uma prática nefasta ao adequado planejamento e à eficiente gestão pública, eis que mantém os gestores das universidades federais em permanente dúvida acerca de seu orçamento e disponibilidade financeira.

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Junto com a ANDIFES, e demais dirigentes, já estamos em contato com o MEC para firmemente buscar a necessária reversão deste quadro.

***

Abaixo, a posição do ministro da Educação, Victor Godoy

De acordo com o ministro Godoy, as universidades estão usando politicamente o tema. Ele afirmou que não há perda de recursos do MEC, apenas uma “limitação na movimentação financeira” do órgão.

“A minha agenda está aberta para qualquer reitor que queira tratar especificamente (sobre o bloqueio). O que eu lamento nesse momento é um uso político dessa informação, inclusive distorcida, dizendo que há corte, que há redução (no orçamento), isso não há. Então, é uso político nesse momento muito importante para o nosso país. O que nós precisamos é deixar que as pessoas façam as suas melhores escolhas baseadas em informações fidedignas, informações coerentes e corretas”, afirmou Godoy.

O ministro ainda negou a possibilidade de paralisação das atividades por falta de recursos, como apontaram as universidades.

“Não há porque se dizer em paralisação. Todos aqueles casos pontuais em que as Universidades precisem dessa flexibilização desse limite de empenho tem essa previsão. Tem essa possibilidade. Pode procurar aqui no Ministério da Educação, nós vamos tratar isso com a economia… Existe espaço ainda para que sejam feitos pagamentos das despesas importantes para continuidade das atividades”.

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A liberdade sagrada das redes 3f2n1p

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Noutro dia escrevi um texto sobre a cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem, responsabilizando parcialmente as novas tecnologias de comunicação. Disse: “Se por um lado as tecnologias deram voz à sociedade, por outro, nos têm distraído da concretude do mundo, de interação mais hostil, levando-nos a viver em mundos paralelos”. E: “No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades, mas sim no mundo virtual, um refúgio, retroalimentado pelo algoritmo, onde não há frustrações, mas sim gratificações instantâneas”. Bem, esse é um lado da questão. E não é novo.

Desde Freud se sabe que, diante do trauma, a criança dissocia-se para á-lo, refugiando-se na neurose, uma estratégia de defesa. Pois, assim como a criança abalada pelo trauma, as pessoas, diante das escalabrosidades do mundo concreto, fazem igual: elas podem se retirar para o mundo virtual, guardando, daquele, uma distância.

O outro lado da questão, o reverso da moeda, é que, sem as novas tecnologias de comunicação, a voz traumatizada da sociedade permaneceria atravessada na garganta, sem chance de extravasar-se.

A possibilidade de expressão liberou uma carga de justos ressentimentos contra os limites da política, as injustiças, o teatro social. De súbito, tivemos uma ideia do tamanho da insatisfação com os sistemas de vida, ando publicamente a protestar, em alguns casos chegando à revolução, como ocorreu na Primavera Árabe, onde as redes sociais cumpriram um papel fundamental.

Pois não é por outra razão que os donos do antigo mundo estão incomodados e querem controlar a liberdade de expressão, especialmente a velha imprensa, os monopólios empresariais, os sistemas políticos totalitários. Enfim, todos aqueles para quem a internet e as redes sociais ameaçam seu poder, ao por de pernas pro ar as certezas convenientes sobre as quais se assentaram.

Fato. As inovações desarranjam os mercados e os modos de vida. Toda inovação faz isso. É o preço do progresso. Mas, assim como é impossível voltar ao tempo do telégrafo (imagine o desespero nas Bolsas de Valores), é impensável retroagir ao mundo exclusivo da prensa de Gutenberg. Porque as descobertas, afinal, permitem avançar nos arranjos produtivos: propiciam economia de tempo, dinheiro e, no caso da comunicação, ampliam a liberdade, seu bem mais precioso. Pode-se dizer que não estávamos preparados para tanta liberdade súbita, e que venhamos, neste momento, usando-a “mal”. Contudo, parece razoável dizer que, à medida que o tempo e, estaremos mais e mais preparados para lidar com a liberdade e seus efeitos.

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Com todos os defeitos que a vida tem, é preferível mil vezes, ao controle da palavra, a liberdade de dizê-la. Quem pode afirmar (ou julgar) o que é verdadeiro e o que é falso, senão as pessoas mesmas, em última análise, de acordo com suas percepções e as pedras em seus sapatos? Pois hoje, depois de provarmos a liberdade trazida pelas novas tecnologias, mais do que nunca sabemos que a imprensa, em sua mediação da realidade, é falha, e como o é!

É interessante (e triste) ver como, após a criação da internet e das redes, grande parte da imprensa, ao perder o monopólio da verdade, se vêm tornando excessivamente opinativa e crítica das novas tecnologias. Deveria, sim, era aprimorar-se no trabalho para prestá-lo melhor. Acontece que — eis o ponto — como a velha imprensa não é livre de fato, como depende do financiador, muitas vezes de governos, ela vê nas novas tecnologias de ampla liberdade uma ameaça à velha cadeia de produção acostumada a filtrar o que valia ser dito, e o que não valia, em seu óbvio interesse, hoje nu, como o rei da história.

Além de tudo, há essa coisa interessante: a percepção. Para alguns pensadores do novo mundo, o que chamamos de realidade é uma simulação, no que concordo. Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros, paladares etc. não existem no mundo concreto (são imateriais), sendo portanto simulações percebidas pelos sentidos (pessoas veem cores em diferentes matizes, quando não divergentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado exclusivo dos nossos sentidos. Assim, a única coisa real seria a razão. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. “Penso, logo existo”.

Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos com que amos o mundo concreto, estando entrelaçados, não haveria diferença entre eles. Logo, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor. Eu acredito que é assim.

Uma vez provadas as inovações, não é possível retroagir. Podemos, isso sim, é refinar, em decorrência delas, o nosso comportamento.

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Vivendo em mundos paralelos 5z181m

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Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. Um mero buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima. Nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção numa área de vida e morte, como a de saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão nas percepções. Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo.

Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

Outra razão é que, no essencial, nada muda em nossa realidade. Isso ficou mais evidente porque as redes sociais deram vazão, sem os filtros editoriais da imprensa, a um volume de problemas reais maior do que o que era noticiado. Se antes já havia demora nas soluções, essa percepção foi multiplicada pelo crescente número de denúncias feitas nas redes pelos próprios cidadãos. Os problemas que dizem respeito à coletividade se avolumam sem solução a contento, desconsolando e fatigando a vida.

Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

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Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.

Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.

Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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