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O TELEFONE PRETO. (Por Déborah Schmidt) 3o5b56

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Em cartaz nos cinemas, O Telefone Preto é ambientado em 1978, quando uma série de sequestros de crianças está aterrorizando a cidade de Denver. Finney Shaw (Mason Thames) é um garoto de 13 anos, tímido e inteligente, que é sequestrado por um sádico assassino (Ethan Hawke) que o enclausura em um porão à prova de som, onde gritar não vai resolver nada. Quando um telefone preto desligado começa a tocar, Finney descobre que consegue ouvir as vozes das vítimas anteriores do sequestrador. E elas estão decididas a assegurar que o que lhes aconteceu não aconteça com Finney. 

Baseado em um conto escrito por Joe Hill, filho do autor Stephen King (reparem na referência para It – A Coisa), o longa é comandado por Scott Derrickson, um dos melhores nomes do cinema de terror da atualidade, com O Exorcismo de Emily Rose (2005) e A Entidade (2012) em sua filmografia. Mais recentemente, o diretor deixou o gênero de lado para fazer parte do Universo Cinematográfico Marvel, onde dirigiu Doutor Estranho (2016). O cineasta sabe como poucos prender a atenção do público, e em O Telefone Preto, ele retoma sua parceria com a Blumhouse, produtora conhecida pelo foco em filmes de terror de baixo orçamento.

O Telefone Preto | Trailer Oficial 2 (Universal Pictures) HD

Com o roteiro de Derrickson em parceria com C. Robert Cargill, o filme é um suspense eficaz preocupado em criar medo pelo clima de tensão e claustrofobia, aliado ao desenvolvimento de seus personagens. Isso fica evidente logo no início, ao focar no relacionamento de Finney com a irmã Gwen (a carismática Madeleine McGraw). Com isso, traumas da infância são explorados pela trama, com Finney enfrentando bullying na escola e os irmãos sofrendo com o pai alcoólatra e abusivo. Entendemos, então, a realidade e o poderoso vínculo de apoio e afeto criado por eles diante desses problemas, em uma relação fundamental para a eficiência da narrativa.   

No papel do misterioso e cruel sequestrador, Ethan Hawke rouba a cena. Uma atuação poderosa e que consegue aterrorizar o espectador mesmo usando uma máscara sinistra durante quase todo o filme. Aliás, um dos elementos mais interessantes do longa é o fato de o vilão esconder seu rosto atrás de uma máscara, que em diversos momentos altera a forma e a expressão, refletindo a instabilidade emocional do personagem conforme os acontecimentos e o mantendo ainda mais intrigante.  

Com uma história simples e bem contada, O Telefone Preto é um terror psicológico e sobrenatural que prende a atenção até o final. 

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