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Cultura e entretenimento 1f3218

Minhas apostas para o Oscar. Por Déborah Schmidt 5z3s6o

Ataque dos Cães e No Ritmo do Coração? sãos dois são filmes excelentes e merecem a estatueta

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Em uma das edições mais imprevisíveis dos últimos anos, o Oscar ocorre neste domingo (27) com a dúvida de qual será o grande vencedor da noite: Ataque dos Cães ou No Ritmo do Coração?

Os dois filmes são excelentes e merecem a estatueta, mas não vou ficar em cima do muro e aposto em Ataque dos Cães. Meu favorito, o longa de Jane Campion deve render à diretora seu 2º Oscar, em uma vitória fácil de Campion em uma categoria dominada por homens. Aliás, ainda não superei que Denis Villeneuve não foi indicado por Duna, mas isso é outra história.

Nas categorias de atuação não devemos ter muitas surpresas. Entre os coadjuvantes, Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor) vai repetir o feito de Rita Moreno e Troy Kotsur (No Ritmo do Coração) fará história como o primeiro ator surdo a vencer um Oscar. Após 3 indicações, Will Smith (King Richard: Criando Campeãs) finalmente terá um Oscar para chamar de seu, em uma categoria que, se eu pudesse, dividiria o prêmio entre todos os indicados. Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye) está brilhante em um filme irregular e sua vitória está ameaçada por Penélope Cruz (Mães Paralelas) e Nicole Kidman (Apresentando os Ricardos), embora a minha torcida seja para a rainha Olivia Colman (A Filha Perdida).  

Como apostei em Ataque dos Cães para melhor filme, No Ritmo do Coração vencerá como melhor roteiro adaptado. Para roteiro original, a disputa é entre o genial Paul Thomas Anderson por Licorice Pizza, um dos filmes mais fracos de sua filmografia, e Kenneth Branagh pelo belíssimo Belfast, o provável vencedor em uma categoria que ainda conta com Não Olhe para Cima e A Pior Pessoa do Mundo.  

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O premiado (e imperdível) longa japonês Drive My Car certamente será o melhor filme internacional, uma vez que também concorre como melhor filme e direção. Nada mais justo, ainda mais em uma categoria recheada de ótimos filmes, como o norueguês A Pior Pessoa do Mundo, o documentário de animação Flee, da Dinamarca, e o italiano A Mão de Deus, de Paolo Sorrentino.  

Favoritos, Summer of Soul (…Ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada) será o melhor documentário e Encanto a melhor animação. Na parte musical, o mestre Hans Zimmer conquistará seu 2º Oscar pela trilha sonora de Duna e a canção original não será nem de Beyoncé e nem de Lin-Manuel Miranda, e sim para a minha preferida, No Time to Die, de Billie Eilish, para 007: Sem Tempo para Morrer. Se vencer, será a 3ª vitória de uma música-tema de James Bond. Para finalizar meus palpites, Duna será o maior vencedor da noite, arrebatando a maioria das categorias técnicas.  

Com homenagens aos 60 anos da franquia James Bond e aos 50 anos de O Poderoso Chefão, o Oscar é uma noite que todo cinéfilo adora acompanhar. Façam suas apostas!  

Déborah Schmidt é servidora pública formada em istração/UFPel, amante da sétima arte e da boa música.

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Brasil e mundo 3m3y11

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio b4o68

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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Cultura e entretenimento 1f3218

O perigo das Gagas da vida 1n4w28

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Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

Como assim caos interior?

Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

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A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

Mas depois se reerguendo.

Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

Gagaaaaaa.

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