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Vale a pena ver: A filha perdida. Por Déborah Schmidt 4i2or

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Sozinha em férias em uma cidade da Grécia, a professora Leda Caruso (Olivia Colman) fica obcecada por uma jovem mãe, Nina (Dakota Johnson) e sua pequena filha enquanto as observa na praia. Desconcertada pela relação entre as duas e sua família barulhenta e ameaçadora, Leda é tomada pelas lembranças de sua própria experiência de maternidade.  

Lançamento da Netflix, A Filha Perdida marca a estreia da atriz Maggie Gyllenhaal como diretora, que também assina o roteiro, baseado no livro de Elena Ferrante. Uma potente adaptação, vencedora no Festival de Veneza, e que mostra uma protagonista que mergulha em uma complexa jornada de autorreflexão, afinal, Leda vê em Nina um retrato de si mesma quando mais nova. Vemos Leda lidando com suas memórias no presente e flashbacks de sua juventude casada e com duas filhas pequenas, tentando conciliar a maternidade com a carreira.

A Filha Perdida | Trailer Oficial | Netflix Brasil

O filme explora as pressões psicológicas que a sociedade impõe à maternidade, incluindo questões como a infidelidade e o abandono. Um ato impulsivo fará Leda agir de forma imatura e egoísta, que posteriormente a levará a refletir sobre suas escolhas como mãe e as consequências que tiveram. Os gatilhos que o lugar desperta são entregues aos poucos, mas, quando a trama mergulha na obsessão de Leda em observar Nina e sua família, descobrimos um pouco mais do ado da protagonista e seu conflito com a maternidade.  

Uma das maiores atrizes de sua geração, Olivia Colman chama a atenção de qualquer título simplesmente pela sua presença. Em mais uma performance fantástica, ela vive uma mulher lidando com a culpa e com as consequências de suas escolhas no ado. Vencedora do Oscar com um impecável trabalho em A Favorita, a britânica está rumo à sua segunda estatueta com A Filha Perdida. Nos flashbacks, a versão jovem de Leda é interpretada com a mesma intensidade pela impecável Jessie Buckley, em um elenco que ainda conta com os sempre ótimos Ed Harris e Peter Sarsgaard.  

Com um olhar sincero e honesto sobre a maternidade, A Filha Perdida não se preocupa em oferecer respostas, em um filme que marca a eficiente estreia de Maggie Gyllenhaal na direção emais uma atuação brilhante de Olivia Colman.  

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