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Cultura e entretenimento

I Festival de Choro de Pelotas começa neste sábado

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Prefeitura apoia o evento de iniciativa do Clube do Choro de Pelotas que se estenderá por uma semana com oficinas, rodas de choro, mesas redondas e concursos

No próximo sábado (13), começa o I Festival de Choro de Pelotas, com uma semana de programação híbrida (virtual e presencial) totalmente gratuita.

Organizado pelo Clube do Choro de Pelotas, com apoio da Prefeitura, o Festival oferecerá oito oficinas de instrumentos musicais com foco no chorinho e sobre sua história.

Contará ainda com quatro mesas de conversas com músicos e especialistas desse gênero de música popular e instrumental brasileira, concursos de composição e interpretação, três rodas de choro e um cortejo em homenagem a Avendano Júnior, um dos maiores cavaquinistas do município.

Ao longo da semana, ocorrerão quatro mesas virtuais de conversa entre músicos e musicistas de Pelotas e do Brasil, pesquisadoras(es) e pessoas que vivenciaram de perto o cenário de choro em Pelotas nas últimas décadas. O público poderá interagir pelos chats.

Haverá oficinas on-line, ministradas por integrantes do Clube de Choro de Pelotas e convidados, de: flauta, cavaco, violão, pandeiro, saxofone, bandolim, baixo e história do choro.

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Pioneiros do Choro: Os Batutas: Sebastião Cirino (trompete), Euclides Virgolino (bateria), Pixinguinha (saxofone), Fausto Mozart Corrêa (piano), José Monteiro (banjo), J. B. Paraíso (saxofone) e Esmerino Cardoso (trombone de vara), c. 1923. Acervo Pixinguinha/IMS

Rodas de Choro

Serão realizadas três Rodas de Choro (presenciais):

*dia 13, às 15h, no Comitê de Desenvolvimento do Dunas (CDD)

*dia 16, às 20h, na Escola de Samba Mirim do Mickey, no Navegantes

*dia 19, às 19h, na Secult (Casarão 2 da Praça Cel. Pedro Osório), com transmissão ao vivo – encerra o Festival.

Concursos

Simultaneamente, o Festival realiza dois concursos:

– Concurso de Choro (interpretação) Avendano Júnior, que premiará três interpretações de obras do compositor gaúcho;

– Concurso de Choro (composição) Paulinho Martins, que premiará três choros inéditos (homenagem ao bandolinista e prolífico compositor pelotense).

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Os editais referentes aos concursos com os formulários de inscrição foram publicados na página do Facebook do Clube do Choro de Pelotas, bem como materiais de estudo das obras de Avendano. As inscrições podem ser feitas até o dia 12 de novembro. O resultado será anunciado às 14h do dia 19, na tarde de encerramento do Festival.

Às 9h30 do dia 19 haverá um cortejo de choro, com saída da Secult (Casarão Dois), que percorrerá o entorno da Praça Coronel Pedro Osório, ando pelo Theatro Sete de Abril, até o Mercado Central, onde será colocada uma placa, em um dos pátios internos, em homenagem a Avendano Júnior.

Sob coordenação de Gustavo Mustafé e Guilherme Vieira, o Festival é viabilizado com recursos da Lei Orçamentária Anual (LOA), oriunda de Emenda de autoria do vereador Vicente Amaral, destinados à celebração do Dia Municipal do Choro que em Pelotas é comemorado em 19 de novembro, dia do aniversário de Avendano Júnior.

Mais informações podem ser obtidas com os coordenadores pelo e-mail: [email protected].

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Brasil e mundo

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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Cultura e entretenimento

O perigo das Gagas da vida

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Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

Como assim caos interior?

Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

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A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

Mas depois se reerguendo.

Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

Gagaaaaaa.

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