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A prefeitura publicou nesta quarta 3 o Edital de Chamamento Público 003/2021. Chamamento aos que chama de “trabalhadores da cultura”. Em parceria com o governo gaúcho, a prefeitura chama aqueles a participar de uma seleção para receberem auxílio emergencial.
Quem conseguir ser chamado, embolsará uma parcela de R$ 800.
Município avisa: só podem pleitear o benefício “trabalhadores da Cultura residentes em Pelotas, sem vínculo empregatício, não servidores, não aposentados, não pensionistas.”
As inscrições, avisa a prefeitura, terminam à meia-noite do dia 30 deste novembro, e o secretário de Cultura, Paulo Pedrozo, justifica assim o mimo com $ do contribuinte:
“O auxílio vem para ajudar essa classe (sic) tão prejudicada, os trabalhadores da Cultura. Estamos trabalhando para tentar conseguir contemplar aqueles agentes que não tiveram o a nenhum recurso, até conseguir o retorno de suas atividades”.
Quem quiser se inscrever, AQUI O LINK.
#MAS_TEM_UM_PORÉM…
A concessão de um benefício assim é impensável em um País anglo-saxão ou germânico, liberal e protestante, como Estados Unidos e Alemanha, por exemplo, onde as populações se habituaram à autonomia individual e a falar com Deus sem a intermediação de padres, ou seja, sem esperar nada de ninguém.
Chamamentos governamentais para dar dinheiro público são típicos de países latinos, sobretudo Católicos e não desenvolvidos, onde as pessoas se acostumaram a depender do Estado e a recorrer às Igrejas para se alimentar.
No Brasil, é comum acenos oficiais com chapéus alheios. Vale perguntar então: Por que só aos “trabalhadores da cultura?” Só eles saíram prejudicados na pandemia? Por que sempre eles?
Porque, no Brasil, governos gostam de cooptar pessoas do chamado “segmento cultural”, considerado influente na comunidade. Numa palavra, política.
Os “trabalhadores da cultura”, muitos já beneficiados com dinheiro de outros editais, alguns deles continuadamente, encontram nos governos uma correspondência conveniente para ambos.
Seria caso ainda de se informar como se classifica um “trabalhador cultural.”
Como é que se identifica mesmo um obreiro das artes?
Resumindo: Vão dar dinheiro para quem não fez por onde ganhar esse dinheiro.
A diferença entre aqueles países e nós:
Chaplin = arte desenvolvida dentro das regras de mercado versus Procultura, Lei Rouanet, LIC, Chamamentos. Depois de nove meses, é só ver o resultado: Hollywood x Ancine (Agência Nacional de Cinema).
Com dinheiro privado, quando há talento, os artistas se impõem. Com dinheiro público, não há notícia de talentos, apenas de acomodação.