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Um novo surto da covid-19 vem assustando a China.
O governo emitiu um alerta nesta terça-feira (2) para que a população estoque alimentos e outros produtos básicos.
O país tem adotado uma política de tolerância zero em relação ao vírus com a proximidade das Olimpíadas de Inverno de Pequim, que vão ocorrer em fevereiro de 2022.
As medidas sanitárias incluem o fechamento de fronteiras, lockdowns pontuais e longos períodos de quarentena.
Um aviso publicado no site do Ministério do Comércio sugeriu que “as famílias armazenarem uma certa quantidade de produtos de necessidade diária conforme necessário para atender a vida cotidiana e emergências”.
Usuários de redes sociais relatam, após o alerta do governo, chineses correram para estocar arroz, óleo de cozinha e sal.
“Assim que a notícia saiu, todos os idosos perto de mim enlouqueceram comprando no supermercado”, escreveu um perfil na rede social chinesa Weibo, semelhante ao Twitter.
A imprensa local ainda chegou a publicar listas de bens recomendados para estocar em casa, incluindo biscoitos, macarrão instantâneo, vitaminas e lanternas.
A resposta do público levou a imprensa estatal a tentar acalmar os ânimos nesta terça-feira. O jornal Economic Daily, apoiado pelo Partido Comunista, disse aos leitores para evitarem ter “uma imaginação hiperativa” e afirmou que o objetivo da diretiva do governo era garantir que os cidadãos não fossem pegos de surpresa se houvesse um lockdown em sua região.
Tolerância zero
O apelo foi publicado em meio a um período em que a estratégia chinesa de tolerância zero em relação ao coronavírus mantém contornos cada vez mais severos, apesar dos números de infecções relativamente baixos. As medidas sanitárias incluem o fechamento de fronteiras, lockdowns pontuais e longos períodos de quarentena.
Uma preocupação de Pequim parece ser a aproximação da data da abertura das Olimpíadas de Inverno de Pequim, agendada para 4 de fevereiro.
Os Jogos serão realizados em fevereiro de 2022 , e o governo chinês têm mantido a sua estratégia de confinar cidades inteiras e adotar severos lockdowns após a detecção de pequenos surtos.
A China registrou 92 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira (1), o maior patamar desde meados de setembro.
O governo restringiu algumas viagens interprovinciais, aumentou os testes e pediu às pessoas que adiem reuniões sociais como casamentos e banquetes.
O país, que mantém suas fronteiras fechadas desde março de 2020, implementa uma política rígida de quarentena nas chegadas, o que ajuda a manter suas estatísticas oficiais em 4.636 mortes em decorrência do coronavírus e 97.243 infecções desde o início da pandemia.