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Guedes, o fura-teto f5v5z

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A solução para os sábios do Planalto é explodir o teto de gastos (ao topar o Auxílio Brasil, que substituirá a partir de novembro o Bolsa Família (parentese da redação). Ninguém em sã consciência deveria aceitar isso, a começar pelo ministro da Economia, mas o ministro “o-senhor-manda-eu-obedeço”, o topa-tudo Paulo Guedes, topou.

Depois de anos criticando os ministros “fura-teto”, Guedes mandou às favas todos os escrúpulos de consciência e uniu-se a eles. Já o mercado (é claro) não topou: a bolsa despencou, o dólar e os juros de longo prazo dispararam, e pelo menos dois membros da equipe econômica pediram o boné.

O deus-nos-acuda foi tal que o governo recuou e cancelou o anúncio do novo auxílio. Mas não recuou da decisão de furar o teto. E Guedes está por aí, repetindo que se o Congresso autorizar, não é quebra de teto (mentira), que é apenas uma revisão da meta, estipulada para 2026 (mentira), que o problema só existe porque a reforma do imposto de renda não foi aprovada (mentira).

Da redação: Saíram da equipe econômica o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, que pediram exoneração de seus cargos nesta quinta-feira (21). Na sequência, deixaram o governo também A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo. A busca de recursos a qualquer custo, para pagar o Auxílio Brasil, é visto como uma tentativa de Bolsonaro de buscar a reeleição, ando por cima do equilíbrio fiscal. Populismo com dinheiro público todo mundo sabe como acaba: a conta vem adiante. Hoje veio a notícia de que o PR Bolsonaro conseguiu ok da Comissão Especial da Câmara para uma emenda à Constituição. A emenda, aprovada pela Comissão, além de mudanças no pagamento de precatórios (dívidas dos governos municipais e estaduais), permitindo aos prefeitos adiar esses pagamentos, também muda o cálculo de reajuste do teto de gastos, o que permite ao governo contornar a regra de ouro por meio da lei orçamentária.

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