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Brasil e mundo 3m3y11

As virtudes militares. Por Montserrat Martins 1s1b2v

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Lembro de um café com uma colega psicóloga, quando eu havia lançado o livro “Em busca da Alma do Brasil” e ela me perguntou: “Mas você acredita no Brasil?”. Respondi com uma pergunta: “O que você acha mais difícil, flexibilizar uma rigidez ou organizar uma bagunça?”.

Sendo uma conversa entre psiquiatra e psicóloga, ambos sabíamos a dificuldade em atender famílias rígidas, onde algumas tradições podem oprimir as pessoas e dificultar seu caminho para a felicidade. Os leigos talvez não saibam, mas a capacidade de ser flexível é uma das mais importantes para que um ambiente familiar permita a felicidade individual de cada um.

Na cultura brasileira, em comparação com outros povos, não falta flexibilidade, mas o seu oposto. É visível na sociedade brasileira a falta de organização, de planejamento, ao contrário de culturas mais disciplinadas, como a germânica, a britânica, a oriental.

A relação ambivalente dos brasileiros com a organização e a autoridade, que deveria zelar pelo planejamento, foi diagnosticada por Sérgio Buarque de Holanda em “Raízes do Brasil”, onde analisa que somos avessos a autoridade, a disciplina e organização, mas que quando chegamos a uma situação caótica cedemos a algum tirano para lhe delegar poderes excepcionais. Temos ciclos de governos autoritários, a própria República foi decretada num golpe militar, depois veio a Revolução de 30, o governo militar dos anos 60.

É hora de entender a importância simbólica das virtudes militares para a população brasileira, pois no nosso “inconsciente coletivo” (como diria Jung) está presente a necessidade de organização, disciplina e planejamento que nós não temos.

Um dos paradoxos do Brasil atual é que, com a fantasia de elegermos um capitão, na verdade elegemos um político que, analisando friamente, não carrega em si e nem pratica as virtudes militares. Começando por sua história pessoal, onde foi reformado (ou seja, expulso) do Exército por indisciplina e com uma péssima ficha militar, avaliado como ambicioso no mau sentido da palavra. Na verdade se trata de um político, não de um militar, que de modo esperto conseguiu captar os desejos de grande parte da população por um discurso forte e que valorizasse os militares.

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Na grave crise da saúde e da economia que vivemos, com quase meio milhão de mortos, desemprego e fome, vemos um populista fazendo eios de moto e aglomerações, enquanto só 20% dos brasileiros estão vacinados. Um ano e meio depois do início da pandemia, seguimos sem as virtudes militares, como o planejamento, cuja falta na vacinação está sendo exposta na I da Covid.

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CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo 1c4t3d

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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Um homem coerente 5f5k47

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Eis um homem que irei pela absoluta coerência entre o que pensava e o modo como viveu. Um homem de esquerda que me fazia parar para ouvi-lo, porque o que dizia tinha solidez e fazia pensar.

Não precisava concordar com ele para irá-lo. E sim: um homem de esquerda que nunca roubou. Foi uma pessoa rara. Eu diria, única.

Vivia num sítio, dele de fato, com o essencial. Na companhia da mulher e de cachorros. Só tinha um defeito: andava em má companhia internacional. Talvez por um motivo humano. Para se sentir menos sozinho do que era. Menos prisioneiro de suas convicções.

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