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Opinião 4d6u6w

Comitê UFPel Covid é contra volta às aulas presenciais 6m6b2q

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Nota técnica
Alerta sobre a situação da pandemia e posicionamento sobre a volta às aulas em situação de descontrole da epidemia

O Comitê UFPel Covid-19, vem por meio de nota técnica, alertar que, depois de um período de redução nos casos, óbitos e internações, em final de março e início de abril, os números se estabilizaram em patamares muito elevados. Há 9 semanas temos em média mais de 130 casos por dia e há 7 semanas temos média de mais de 4 óbitos por dia. Estes dados devem ser examinados com cautela porque estão sujeitos a importante subnotificação e represamento.

Desde 11 de março temos cerca de 90 internações em leitos clínicos e 60 internações em UTI. Depois de um período de franco colapso do sistema hospitalar, este segue operando com alta ocupação, ainda com fila de espera para leitos de UTI. Todas estas informações indicam que a epidemia está descontrolada no município. Isto ocorre por insuficiência das medidas de distanciamento físico que resultam na incapacidade de interromper a transmissão.

Ainda, o Comitê UFPel Covid-19 se manifesta contrário a retomada das aulas neste momento em que a epidemia permanece descontrolada no município e na região. Há consenso sobre o impacto negativo do distanciamento físico sobre os estudantes de diferentes faixas etárias, especialmente em relação a saúde mental. Estamos cientes do aumento da violência doméstica e da insegurança alimentar enfrentada por estudantes que dependem da merenda escolar. Além disso, a falta de o tem também privado estudantes, especialmente na escola pública de seu direito a educação. Consideramos a educação atividade primordial.

O direito a educação deveria ter sido garantido pelo poder público com a viabilização do ensino remoto durante o período de descontrole da epidemia, incluindo o o universal dos estudantes à internet e equipamentos e com o esforço de obter controle da epidemia através de medidas rígidas de distanciamento físico, como o lockdown, e com a ampliação das ações de vigilância epidemiológica, de forma a possibilitar a retomada de atividades de forma segura. Além disso, as escolas deveriam ter sido adequadas para viabilizar seu funcionamento em momento pandêmico. Num contexto de epidemia controlada, vigilância ampliada, escolas adequadas, comunidades escolares mobilizadas e participando da definição de seus planos de enfrentamento, seria possível retomar as aulas.

Retomar as atividades escolares neste momento de descontrole da epidemia significa colocar em risco a vida de toda a comunidade escolar, professores, funcionários, estudantes e suas famílias. Além disso, qualquer flexibilização significa um aumento de circulação e de possibilidade de aumento na transmissão. Considerando a estabilização dos casos, óbitos e internações em patamares altíssimos, qualquer recrudescimento significará um novo (e sem precedentes) colapso no sistema de saúde.

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Assim, o Comitê enfatiza que, em um cenário onde a vacinação ocorre lentamente, é necessário lockdown por 14 dias. Esta estratégia possibilita o controle da pandemia de forma mais rápida. É preciso reduzir o número de casos para ampliar e organizar a vigilância epidemiológica. Não é possível naturalizar uma média de 4 ou 5 óbitos por COVID-19 por dia em Pelotas. Somente desta forma será possível retomar as atividades de forma segura e sustentada. Cientes do impacto econômico do lockdown, como temos enfatizado em notas anteriores, reforçamos que este precisa ser articulado às medidas de proteção social.

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Brasil e mundo 3m3y11

Vivendo em mundos paralelos 5z181m

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Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. Um mero buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima. Nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção numa área de vida e morte, como a de saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão nas percepções.

Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo. Nós apenas sentimos seus efeitos de forma drástica, por razões de ordem econômica e social. E também dimensionais.

Como a cidade não é grande, os problemas são ainda mais visíveis. Topamos com eles no cotidiano. Acontece que os buracos reais e metafóricos, ainda que denunciados, inclusive pelo cidadão que vai às redes sociais reclamar, avolumam-se sem solução que satisfaça, levando a outro problema, este de ordem comportamental.

Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

Outra razão é que, no essencial, nada muda em nossa realidade. Isso ficou mais evidente porque as redes sociais deram vazão, sem os filtros editoriais da imprensa, a um volume de problemas reais maior do que o que era noticiado. Se antes já havia demora nas soluções, essa percepção foi multiplicada pelo crescente número de denúncias feitas nas redes pelos próprios cidadãos. Os problemas que dizem respeito à coletividade se avolumam sem solução a contento, desconsolando e fatigando a vida.

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Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.

Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.

Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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Brasil e mundo 3m3y11

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio b4o68

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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