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O Comitê UFPel Covid-19 emitiu, nesta quinta-feira (18), nota técnica para alertar a população sobre o persistente aumento dos casos, óbitos e internações, tanto no Estado do Rio Grande do Sul quanto em Pelotas.
“Apesar do Estado estar sob restrições da bandeira preta, sem cogestão, há 19 dias, o distanciamento social implementado aparentemente ajudou para não acelerar ainda mais a taxa de transmissão, mas até o momento não foi suficiente para frear a pandemia em nível local. O índice de isolamento social no período não apresentou valores recomendados – no mínimo 60% – e o colapso do sistema de saúde em nível local pode ser observado pelo comunicado oficial da prefeitura de Pelotas na terça-feira, dia 16 de março, relatando um momento em que 17 pessoas necessitavam leitos de UTI não disponíveis em nosso município”, alertam.
Veja abaixo a Nota completa:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASCOMITÊ INTERNO PARA ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO DA PANDEMIA DA COVID19
“Nota técnica
Reforço às medidas restritivas
Pelotas, 18 de março de 2021
“O Comitê UFPel Covid-19 vem por meio de nota técnica alertar à população sobre o persistente aumento dos casos, óbitos e internações, tanto no estado do Rio Grande do Sul quanto no município de Pelotas. Apesar do estado estar sob restrições da bandeira preta, sem cogestão, há 19 dias, o distanciamento social implementado aparentemente ajudou para não acelerar ainda mais a taxa de transmissão, mas até o momento não foi suficiente para frear a pandemia em nível local. O índice de isolamento social no período não apresentou valores recomendados – no mínimo 60% – e o colapso do sistema de saúde em nível local pode ser observado pelo comunicado oficial da prefeitura de Pelotas na terça-feira, dia 16 de março, relatando um momento em que 17 pessoas necessitavam leitos de UTI não disponíveis em nosso município.
Como mostra a experiência de outros países, quando há uma progressão rápida da epidemia, como a que estamos vivenciando, com colapso do sistema de saúde, precisamos de medidas imediatas efetivas.
Neste sentido, frente a um cenário onde o ritmo de vacinação se mostra insuficiente, o aumento de restrições por um maior tempo torna-se a única alternativa. Um lockdown por um período de 14 dias possibilitaria a interrupção da cadeia de transmissão do vírus, reduzindo efetivamente o número de novos casos. Alguns municípios brasileiros entenderam a necessidade premente desta dura medida e já evidenciaram efeito positivo.
Entendemos os prejuízos econômicos decorrentes desta medida drástica. Entretanto, cabe-nos ressaltar que a continuidade de ações por curtos períodos não tem sido suficiente para o combate à pandemia, onde a longo prazo as perdas econômicas tendem a ser maiores se comparadas a uma única interrupção efetiva de maior duração.
Para redução de danos, é urgente que se ampliem as medidas de proteção social e que haja investimento público para amenizar a situação de empregadores e empregados. Por fim, salientamos que os esforços imediatos para salvar parte das milhares de vidas perdidas diariamente no país devem ser acompanhadas de todos os esforços das três esferas de poder e da sociedade como um todo para a compra e aceleração do ritmo de vacinação no país.
Somente com a vacinação em massa da população poderemos retomar à vida aos níveis próximos da normalidade.”
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