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A Déborah Schmidt anda acertando todas as dicas de filme. Obrigado. O filme Uma Noite em Miami, dirigido por Regina King (foto), é, como ela diz, “imperdível”. Se tiveres curiosidade, tem no Amazon Prime.
Os atores representam quatro negros proeminentes em 1964: o líder político Malcolm X, o boxeador Muhammad Ali, o jogador de futebol Jim Brown e o compositor e cantor Sam Cooke, todos celebrando a vitória de Ali sobre Sonny Liston, o que o levaria ao primeiro título mundial no Boxe.
Baseado em uma peça de teatro homônima, escrita por Kemp Powers, o filme é praticamente uma peça, sem deixar de ser cinema.
Os diálogos, excelentes, comandam as imagens, sem enfraquecê-las, em grande parte porque as interpretações são, cada qual, motivo de atenção especial da câmera.
As questões do “movimento negro” nos EUA, sobretudo as contradições, são abordadas com complexidade suficiente para que enriqueça o espectador e o desacomode de conceitos formados. Todos os pontos de vista em conflito, à luz de cada particularidade, são defensáveis, humanos. “Calam fundo”, porque soam verdadeiros (e o são de fato), cada um deles.
A variedade de percepções é tão rica que o texto se emancipa dos personagens e se materializa em um anseio da alma do homem, independentemente da cor do invólucro.
Regina King é bonita por fora – e por dentro.
Para assistir com a mente aberta.
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