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Brasil e mundo

Longe do público e com segurança inédita, Biden toma posse nesta quarta

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Por Lúcia Muzell | Publicado originalmente no RFI |

Pela primeira vez na história dos Estados Unidos, a ameaça interna de ataques resulta em um esquema inédito de segurança para a posse de um presidente – de modo a isolar completamente a cerimônia do público. Neste contexto, que já seria sem precedentes pela pandemia de coronavírus, Joseph Robinette Biden Jr., 78 anos, assumirá a Casa Branca, no fim da manhã desta quarta-feira (20). No mesmo momento, Kamala Devi Harris, 56, se tornará a primeira mulher vice-presidente.

Diante de um número limitado de convidados, o 46˚ presidente da maior potência mundial prestará juramento na ala oeste do Capitólio, em Washington, às 10h30 (11h30 em Brasília). Na sequência, fará seu primeiro discurso no cargo, focado no combate ao coronavírus, na recuperação da pandemia e na reconciliação dos americanos.

O esforço pela pacificação do país acontece em meio a uma polarização política que ultraou os limites na noite de 6 de janeiro, com a invasão da sede do Legislativo por manifestantes fiéis a Donald Trump, que não reconhecem a vitória do democrata e ameaçaram impedir a posse.

O resultado é que o evento acontece sob a proteção de 25 mil homens e mulheres da Guarda Nacional e um verdadeiro aparato de guerra, com caminhões militares, blindados, barreiras e grades bloqueando todos os os ao National Mall – onde estão o Congresso e a Casa Branca. No lugar de 200 mil espectadores e convidados que costumavam apreciar a cerimônia nacional nos anos anteriores, 200 mil bandeiras americanas estão cravadas nos gramados do local. Desta vez, os americanos terão de se contentar em assistir tudo pela televisão ou o smartphone.

Privação das liberdades

Os moradores da cidade afirmam jamais ter visto um tal bloqueio policial e militar na cidade. “Dirijo aqui há mais de 25 anos e nunca vi nada igual. É uma loucura o que está acontecendo”, relata o motorista de taxi Mickey Lloyd, 57 anos.

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“Nós, americanos, valorizamos as nossas liberdades e isso é uma limitação à ela. Eu votei neles e gostaria de poder participar da posse deles, como fiz com Obama e com Clinton”, lamenta o pastor batista Alan Burton que percorreu todo o perímetro de segurança em busca de um local onde pudesse pelo menos enxergar um pouco da cerimônia, ainda que à distância.

Burton reconhece a importância de a posse ocorrer em segurança, tanto em relação à violência quanto à pandemia de coronavírus. Mas argumenta que o afastamento do público intensifica ainda mais a sensação de divisão do povo americano. ”Tudo bem se a gente ficar atrás das grades, mas eu adoraria ver essa parte da nossa história acontecendo e mostrá-la para os meus filhos. É muito importante para mim”, insiste.

Sem desfile em carro aberto

O tradicional desfile a carro aberto pela Pennsylvania Avenue até a Casa Branca, sob os aplausos da população com bandeirinhas em punho, também foi cancelado. Biden será escoltado até a sede da presidência e, no início da tarde, continua a programação no Cemitério Nacional de Arlington, onde depositará uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, em homenagem aos militares mortos pela pátria.

Ao seu lado, além de Harris, estarão os ex-vice-presidentes Barack Obama e sua esposa, George W. Bush e a mulher, Laura, e o casal Bill e Hillary Clinton. Donald e Melania Trump já estarão do outro lado do país, na Flórida, para onde voarão antes mesmo da posse, rompendo a tradição democrática dos Estados Unidos.

Na sequência, será o momento da “Parada Virtual pela América”, que como o nome anuncia, será um evento festivo com a participação à distância de artistas e comunidades de todo o país.

O dia se encerra com um programa especial musical, comandado pelo ator Tom Hanks e apresentando uma versão descontraída dos novos presidente e vice-presidente americanos. Foo Fighters, John Legend, Lin Manuel Miranda, Bruce Springsteen, Demi Lovato, Justin Timberlake, Ant Clemons e Jon Bon Jovi serão as principais estrelas da atração.

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Brasil e mundo

Edital do Enem 2025 é publicado; veja datas e regras do exame

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (23), o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.

O período de inscrições será de 26 de maio a 6 de junho. Os interessados deverão se inscrever na Página do Participante do exame, no site do Inep.

Conforme adiantado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, participantes do Enem com mais de 18 anos, que ainda não concluíram a educação básica, voltarão a obter a certificação no ensino médio para quem conquistar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação.

Provas

O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em todo o Brasil.

São quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de redação e as objetivas de língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), história, geografia, filosofia e sociologia. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.

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No segundo dia do Exame, serão aplicadas as provas de matemática, Química, Física e Biologia. Nesta data, a aplicação terá 5 horas de duração.

Os portões de o aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). O início será às 13h30.

No primeiro dia, as provas irão terminar às 19h. No segundo dia, o término é às 18h30

“Excepcionalmente, considerando a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será realizada em Belém-PA, a aplicação do Enem 2025 para o participante que indicar os municípios de Belém-PA, Ananindeua-PA ou Marituba-PA como município de aplicação no ato da inscrição será realizada em 30 de novembro de 2025 e 7 de dezembro de 2025”, diz o edital.

No ato de inscrição, os candidatos podem requerer o tratamento pelo nome social, que é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente, conforme sua identidade de gênero. 

Serão usados dados da Receita Federal, por isso o participante deverá cadastrar o nome social na Receita FederalTravestis, transexuais ou transgêneros receberão esse tratamento automaticamente, de acordo com os dados cadastrados na Receita.

O candidato não precisa enviar documentos comprobatórios.

ibilidade

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O participante que necessitar de atendimento especializado deverá, no ato da inscrição, solicitá-lo.

O candidato deve informar as condições que motivaram a solicitação, como baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, auditiva, intelectual e surdez, surdocegueira, dislexia, discalculia, déficit de atenção, Transtorno do Espectro Autista (TEA), gestantes, lactantes, diabéticos, idosos e estudantes em classe hospitalar ou com outra condição específica. 

Os recursos de ibilidade disponibilizados aos candidatos estão descritos no edital.

Taxa de inscrição

taxa de inscrição do Enem é no valor de R$ 85 e pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até 11 de junho. Não haverá prorrogação do prazo para pagamento da taxa.

Para pagar por Pix, basta ar o QR code que constará no boleto.

De acordo com o edital, não serão gerados boletos para participante que informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para pleitear o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) concluinte do ensino médio (no ano de 2025), mesmo que ainda não tenha solicitado isenção da taxa

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Reaplicação

De acordo com o edital, as provas serão reaplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro para os participantes que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas.

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CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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