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Brasil e mundo

Ford ir embora não devia ser surpresa

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O mundo está mudando rápido.

A Ford ir embora do Brasil é natural, assim como a decisão de demitir 5000 funcionários aqui e também na Argentina. Já fechou também na França e na Austrália, onde também perdia mercado.

Num cenário de maior prazo, cada vez menos precisaremos de carros, creio que até dos elétricos não precisaremos tanto quanto dos poluentes automóveis que conhecemos hoje, em consequência da expansão dos serviços de transporte por aplicativos, mas também da própria mudança dos modos de produção e das prioridades de consumo de uma população cada vez mais carente de emprego e renda certa.

Vingando o mercado de elétricos, cairá muito o uso do petróleo, teremos menos petrolíferas, menos postos de gasolina.

É impressionante como os negócios vêm sendo alterados pela evolução tecnológica e pela mudança dos modos de vida.

Os exemplos são vários e estão na cara da gente: já quase ninguém lê notícia em papel (a imprensa mingua com a grande oferta de informação digital), já muita gente recorre ao transporte por aplicativos (hoje até pobres podem “ter motorista”), as lojas de rua velozmente perdem clientes para o e-commerce etc.

Outro exemplo: o Banco do Brasil quer demitir 5000 funcionários e fechar 112 agências e 242 postos de atendimento. O anúncio saiu nesta segunda-feira (11). Inevitável. Qual o sentido de ter um monte de agências se existe o banco virtual? Nenhum. Banco pode ser e vai ser cada vez mais virtual, como o Nubank, que não tem agência.

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Essas inovações seriais estão atuando na economia “sem piedade”, incluindo produções sofisticadas, como biotecnologia para produção barata de alimentos: revoluções que geram enormes ganhos de produtividade, porque não precisa mais ter pessoas trabalhando em setores que ficam obsoletos.

Os empregos estão voando, cada vez menos as pessoas serão necessárias ao processo produtivo.

Mundo desafiador é pouco. O sujeito dorme meia hora e já acorda atrasado.

Jornalista e escritor. Editor do Amigos de Pelotas. Ex Senado, MEC e Correio Braziliense. Foi editor-executivo da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Atuou como consultor da Unesco e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Uma vez ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo, é autor dos livros Onde tudo isso vai parar e O fator animal, publicados pela Editora Lumina, de Porto Alegre. Em São Paulo, foi editor free-lancer na Editora Abril.

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Brasil e mundo

CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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Brasil e mundo

Um homem coerente

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Eis um homem que irei pela absoluta coerência entre o que pensava e o modo como viveu. Um homem de esquerda que me fazia parar para ouvi-lo, porque o que dizia tinha solidez e fazia pensar.

Não precisava concordar com ele para irá-lo. E sim: um homem de esquerda que nunca roubou. Foi uma pessoa rara. Eu diria, única.

Vivia num sítio, dele de fato, com o essencial. Na companhia da mulher e de cachorros. Só tinha um defeito: andava em má companhia internacional. Talvez por um motivo humano. Para se sentir menos sozinho do que era. Menos prisioneiro de suas convicções.

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