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Atualizado às 18h20 de 17/09.
A eleição ada foi um eio para a tucana Paula Mascarenhas. Sem candidatos identificados com a chamada “direita”, seja lá o que queira dizer em termos municipais, todos os votos desse espectro, em tese conservador, presente em todas as classes sociais, caminharam para a candidata mais próxima, Paula, do PSDB, de centro.
Embora de centro-esquerda, em 2016 Paula encarnou a opção mais conservadora possível no cardápio dos candidatos de então. Levou todos os votos da direita ao centro, mais os do centro e mais os votos de eleitores identificados com a esquerda, porém decepcionados com esta por causa da Lava Jato e suas consequências.
Com os candidatos de então, o único resultado possível, como o Amigos adiantou, foi o que aconteceu: Paula venceria no primeiro turno.
Neste 2020, a situação é diferente. Os eleitores conservadores, à direita, terão duas opções anteriores à Paula para depositar seu voto, Fetter Jr., do PP, e Fabrício Matiello, do MDB. Com essas candidaturas, e segundo o Teorema do Eleitor Mediano, espera-se que Paula perca para Fetter e Matiello fatias de votos conservadores que recebera em 2016, inclusive porque, como não são radicais ideologicamente, Fetter e Matiello terão apelo entre os eleitores de centro.
Por sua vez, a esquerda, que na eleição ada estava castigada pela proximidade da Lava Jato, agora, mais distante daqueles eventos, pode voltar a apresentar um desempenho melhor nas urnas.
O mapa eleitoral, hoje mais equilibrado, reinsere a possibilidade de segundo turno.
Em tese, a eleição para os tucanos ficou mais difícil.