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Brasil e mundo

Caro Zucka

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Caro Zucka,

É com emoção que pego do teclado para traçar essas mal digitadas linhas, esperando que esta postagem o encontre gozando de boa saúde junto aos seus.

O motivo desta missiva é que, pela segunda vez, o senhor me obriga a mudar para o novo feicebuque, exatamente como fazia minha mãe, que me enfiava goela abaixo duas colheradas de Emulsão de Scott ou Óleo de Fígado de Bacalhau com o argumento de que aquilo era melhor para mim. Não era. E eu tinha que engolir (literalmente) de bico calado, ou o chinelo cantava e o couro comia.

Não vejo vantagem nenhuma no novo feicebuque. Ok, as letras ficaram maiores – mas isso eu podia fazer com o Control +. O álbuns de fotos ficaram mais difíceis de organizar. É mais provável mencionar um governador do Rio de Janeiro que preste que achar o caminho para agendar postagens.

Mas celavi. O aplicativo é de graça, a gente está aqui porque quer, os desconsolados que se mudem para o Xuleice, o Relôu, o Miuí, o Tiquetoque.

Então, já que vai dar uma trabalheira danada levar para essas outras plataformas todas as postagens, amigos, bloques e laiques, a gente vai ficando. Mas queria sugerir alguns aprimoramentos. Coisa pouca, mas que ajudaria – como um copo de quissuco de framboesa – a engolir o Óleo de Rícino que nos espera a partir deste mês.

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LAIQUE QUE NÃO É LAIQUE. Andei desfazendo amizade com gente que deu laique em postagens nas quais eu era chamado de fascista, nazista, comunista, isentão, bobo, feio, pé grande e moralonge. Pois bem. Os ex-amigos – um pote até aqui de mágoa – vieram se explicar que não é que tenham curtido: só curtiram. Não estavam de acordo. Nem leram. Mas sabe quando você vê uma postagem, não é a favor nem contra, mas tem uma comichão para clicar num botãozinho? “Fulano é um canalha”: laique. “Quero que Sicrana morra com um furúnculo na virilha e um panarício no sovaco”: laique. E a pessoa não acha fulano um canalha, não deseja mal à sicrana e nem sabe o que é panarício. Que tal criar um botãozinho de “Oi, sumido! ei por aqui e resolvi dar um alô. Tutupom?”. Assim não se compromete, não perde os amigos nem desperdiça a oportunidade de clicar por clicar em algo que nem leu. E não fica dando moral para os rêiters.

“NÃO SEI SE RIO OU SE CHORO”. Se eu ganhasse R$ 1,00 por comentário assim, o Jeff Bezos já era o vice na lista da Forbes. Bora poupar as pessoas e criar um ícone que sintetize esse sentimento tão comum à nossa brava gente que ri quando deve chorar, e não vive, apenas aguenta?

“QUERIA DAR MIL LAIQUES”. Um iconezinho de mil laiques não custa nada, custa? Depois é só colocar esse ícone elevado à segunda potência, terceira potência e a pessoa dará quantos laiques quiser.

PALANQUE. Tem gente que usa a seção de comentários para fazer discurso. Se fizer na própria página, ninguém lê. Então pega um banquinho, um megafone, e vem arengar na postagem da gente. Ali do ladinho de “Curtir”, “Comentar” e “Compartilhar”, podia ter o “Discursar”, onde a pessoa usaria todos os capisloques e exclamações que quisesse, sem prejudicar a sequência de comentários. Quem quisesse ir lá, iria por sua conta e risco.

BLOQUE. Bloque é vida, bloque é saúde, como já pontificou a Cora. Mas tem bug. A gente bloqueia o cristão no nosso perfil, achando que conseguiu um livramento, e lá vem a criatura tomar satisfação com a gente na página. Banir alguém da página é tão simples quanto conseguir que a Leilane Neubarth faça anúncio de ivermectina. Quando a gente finalmente logra êxito e bane da página, adivinha quem aparece no insta contando desaforo? Zucka, viabilize um bloque amplo, geral e ir. Tipo medida protetiva, sabe como? Com tornozeleira eletrônica virtual e tudo. Gratidão.

É isso.

Espero ter contribuído para o aprimoramento do seu ganha pão, do qual sou grande entusiasta.

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Sendo o que se apresenta para o momento, subscrevemo-nos, reafirmando os nossos protestos de elevada estima e consideração.

E.A.

Eduardo Affonso é colunista de O Globo e, a pedido nosso, autorizou o compartilhamento, aqui, de seus posts no facebook.

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Brasil e mundo

Edital do Enem 2025 é publicado; veja datas e regras do exame

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (23), o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.

O período de inscrições será de 26 de maio a 6 de junho. Os interessados deverão se inscrever na Página do Participante do exame, no site do Inep.

Conforme adiantado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, participantes do Enem com mais de 18 anos, que ainda não concluíram a educação básica, voltarão a obter a certificação no ensino médio para quem conquistar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação.

Provas

O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em todo o Brasil.

São quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de redação e as objetivas de língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), história, geografia, filosofia e sociologia. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.

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No segundo dia do Exame, serão aplicadas as provas de matemática, Química, Física e Biologia. Nesta data, a aplicação terá 5 horas de duração.

Os portões de o aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). O início será às 13h30.

No primeiro dia, as provas irão terminar às 19h. No segundo dia, o término é às 18h30

“Excepcionalmente, considerando a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será realizada em Belém-PA, a aplicação do Enem 2025 para o participante que indicar os municípios de Belém-PA, Ananindeua-PA ou Marituba-PA como município de aplicação no ato da inscrição será realizada em 30 de novembro de 2025 e 7 de dezembro de 2025”, diz o edital.

No ato de inscrição, os candidatos podem requerer o tratamento pelo nome social, que é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente, conforme sua identidade de gênero. 

Serão usados dados da Receita Federal, por isso o participante deverá cadastrar o nome social na Receita FederalTravestis, transexuais ou transgêneros receberão esse tratamento automaticamente, de acordo com os dados cadastrados na Receita.

O candidato não precisa enviar documentos comprobatórios.

ibilidade

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O participante que necessitar de atendimento especializado deverá, no ato da inscrição, solicitá-lo.

O candidato deve informar as condições que motivaram a solicitação, como baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, auditiva, intelectual e surdez, surdocegueira, dislexia, discalculia, déficit de atenção, Transtorno do Espectro Autista (TEA), gestantes, lactantes, diabéticos, idosos e estudantes em classe hospitalar ou com outra condição específica. 

Os recursos de ibilidade disponibilizados aos candidatos estão descritos no edital.

Taxa de inscrição

taxa de inscrição do Enem é no valor de R$ 85 e pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até 11 de junho. Não haverá prorrogação do prazo para pagamento da taxa.

Para pagar por Pix, basta ar o QR code que constará no boleto.

De acordo com o edital, não serão gerados boletos para participante que informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para pleitear o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) concluinte do ensino médio (no ano de 2025), mesmo que ainda não tenha solicitado isenção da taxa

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Reaplicação

De acordo com o edital, as provas serão reaplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro para os participantes que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas.

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CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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