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Cultura e entretenimento

Opinião livre: “A ciência tem rosto!” Por Neiff Satte Alam

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“…afirmo convictamente que humanizar o conhecimento é fundamental para revolucionarmos a educação.” Augusto Cury

Na sala de aula, junto aos pequenos seres com grande potencial, abrem-se poderosas janelas para a formação de pensadores quando exploramos a capacidade latente de nossos alunos em um mundo virgem a ser criado e recriado a partir de um trabalho pedagógico com construção de competências.

Basta que, junto com a exteriorização de informações e conhecimentos, dê-se vida aos pensadores que criaram estes pensamentos, pois, desta forma, estaremos dando vida e significado ao conhecimento.

Darwin

As nossas crianças, desde cedo, devem ter a exata noção do esforço e desprendimento daqueles que criaram e desenvolveram ideias relativas ao que estão aprendendo. Um aluno poderá entender melhor uma Lei da Física se conhecer um pouco do cientista que a elaborou, principalmente porque lhe parecerá algo mais humano e não algo que surge das páginas de um livro. Desta forma, no futuro, com novas assimilações de informações, poderá ser o promotor de mudanças nesta mesma Lei.

OPINIÃO LIVRE (artigos p/ whats 9-9928-9097)

Charles Darwin, para muitos apenas um nome inscrito na história da evolução, foi uma das pessoas mais dedicadas à manutenção de uma biodiversidade em harmonia na natureza, esta sua dedicação foi um dos estímulos a buscar entender esta mesma biodiversidade e suas origens. Sem conhecer a pessoa do pensador, a ciência parece não ter rosto e o entendimento de seu pensamento fica despersonalizado.

Como bem diz Augusto Cury, “…por trás de cada informação dada com simplicidade em sala de aula existem as lágrimas, as aventuras e a coragem dos cientistas.”

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Ignoramos quantos cientistas foram sacrificados pela coragem de manter suas idéias e defendê-las contra tudo e contra todos. O próprio Darwin, para defender suas idéias, sofreu ataques e injúrias de toda ordem, principalmente dos que não tinham interesse em que suas ideias se propagassem, pois poderiam comprometer a estabilidade sócio-político-religiosa na época em que as propagou.

As ideias não morrem com a morte dos que as criaram, mas se diluem pela noosfera (esfera do pensamento) e deságuam em cada ser que se habilitar a refletir sobre estes pensamentos.

Nossas crianças poderão ser estes seres, pois estão aptas a recebê-los e a dar-lhes melhor destino por não estarem impregnadas de preconceitos, mas, se tiverem um conhecimento de quem gerou este saber, poderão avançar com competência e, no futuro, utilizá-lo ou reformá-lo, pois não só aprendemos pela observação, mas também avançamos além do conhecimento original da mesma forma, isto é, por assimilação.

Voltando ao Darwin, a sua teoria sobre a Evolução das Espécies foi modificada por assimilação de conhecimentos novos na área da genética, mas a essência se manteve. Todo este caminho deve ser de conhecimento do estudante para que, entendendo os caminhos das origens de um conhecimento e principalmente das dificuldades de quem o elaborou, possa avançar em segurança pelos seus próprios caminhos.

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1 Comment

1 Comments

  1. Pedro Rocha

    24/08/20 at 11:33

    Tenho uma filha de 13 anos estava com muito medo do que ela ava na internet então instalei o Bruno Espião, e descobri tudo que ela estava fazendo no celular e também consigo saber onde esta o tempo todo é o bom que é tudo em tempo real é muito bom recomendo.

Brasil e mundo

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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Cultura e entretenimento

O perigo das Gagas da vida

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Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

Como assim caos interior?

Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

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A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

Mas depois se reerguendo.

Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

Gagaaaaaa.

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