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PT em nota ao Amigos: “Sobre lockdown e agravamento da crise na pandemia na cidade” 552l17

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Abaixo, a nota do partido em Pelotas:

“Neste momento de tanta tristeza para o nosso país, em especial para milhares de famílias que perderam seus entes queridos, quando chegamos aos 100 mil mortos, Pelotas está muito perto do colapso do sistema de saúde! Assim definiu a situação a Prefeita Paula Mascarenhas em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã da última sexta-feira, 07, ao justificar a necessidade da medida radical do ‘Lockdown’ para conter o acentuado avanço da pandemia em nossa cidade.

Infelizmente chegamos em tal situação de agravamento extremo da pandemia em Pelotas, com risco iminente de lotação de leitos e de UTIs, o que pode deixar muitas pessoas sem respiradores e pode significar praticamente uma condenação de morte para muitos pelotenses, sobretudo para os mais vulneráveis à doença.

Nós, do Partido dos Trabalhadores, vínhamos alertando sobre a necessidade de um política de prevenção baseada nas orientações da ciência, o que deveria ser o norte para enfrentarmos o drama da Covid-19 em Pelotas.

Além disso, não pode haver contradição entre proteger a vida e a economia. As experiências mais bem sucedidas no enfrentamento do coronavírus no mundo mostram que a melhor forma de recuperar o dinamismo econômico se dá com medidas de proteção à vida! Sem a vida não existe a economia!

A política do chamado ‘distanciamento controlado’, sem testes em massa e baseada unicamente em medidas hospitalares – com números de leitos e UTIs – torna-se uma maquiagem para o descontrole. É uma temeridade, que coloca sob grave risco toda a sociedade, sobretudo aqueles trabalhadores e trabalhadoras que estão na linha de frente e que não têm outra opção senão sair de suas casas para trabalhar.

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Uma das principais razões pelas quais o Brasil e o Rio Grande têm suas economias em dificuldades é a ausência de uma política de testagem, como fez, por exemplo, a Coréia do Sul. Neste sentido, é urgente a testagem com isolamento dos casos, junto de uma eficiente ação de vigilância sanitária e busca ativa dos casos com acompanhamento através da Estratégia de Saúde da Família, ESF, casa a casa, família a família, bairro a bairro. Só assim se poderia pensar em abertura controlada da economia.

Também é preciso que todos nos conscientizemos de que o país não está voltando ao normal. Alcançamos a marca de 100 mil mortos com uma média diária de mais de mil óbitos. No entanto, por toda parte se vê o abandono progressivo do distanciamento social. E o maior responsável pela tragédia se chama Jair Bolsonaro. Em vez de liderar uma ação nacional, negou a gravidade da emergência de saúde pública, promoveu aglomerações e falsas terapias, e teve oito casos de ministros infectados (outro provável recorde mundial), além de si próprio e da primeira-dama.

Também é preciso lembrar que o governo federal tem feito pouco para combater a crise na economia, proteger empregos e empresas. Enquanto diversos países mobilizaram recursos na ordem de 20% de seus PIBs, o Brasil investiu apenas 4%, e boa parte desses recursos sequer chegou no bolso das pessoas ou no caixa das empresas.

    Os governos locais, como aqui, em Pelotas, também revelaram péssimo desempenho do poder público no enfrentamento da pandemia. Tinham tempo para agir, além de poder observar os exemplos do que ocorria no mundo também tinham o Sistema Único de Saúde, SUS, a postos para uma reação coordenada. Se não faltou prazo para Pelotas se planejar e evitar o pior, por que a Prefeita não aproveitou melhor esse tempo?

    As consequências de toda essa falta de planejamento são gravíssimas. Agora, no momento mais sério da pandemia em Pelotas, quando estudos da UFPEL dizem que para estabilizar e fazer retroceder o crescimento do contágio seriam necessárias pelo menos três semanas de Lockdown, a Prefeita age mais uma vez de forma descoordenada com o alto risco que todos estamos ando. Decretou um Lockdown entre às 20h deste sábado, 8, até o meio-dia da terça-feira, 11. Mas, ao ter iniciado medida apenas na noite deste sábado, véspera do Dia dos Pais, pode ter estimulado as pessoas a sairem às ruas em grande número para as compras de presentes. Foi um contrassenso!

    A pandemia vem crescendo de forma muito preocupante na nossa cidade que pode ter seu sistema de saúde colapsado nos próximos dias. Nosso maior desafio agora não é “tocar a vida”. É, sim, lutar para proteger a vida de todos. Por isso, se não precisar, não saia de casa nesses próximos dias. Vamos fazer uma grande corrente de solidariedade pelos que estão na linha de frente por nós, nos hospitais e nos serviços essenciais.

    Vamos defender a vida! Isso vai ar e vamos reconstruir nossa cidade juntos.

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    Brasil e mundo 3m3y11

    Vivendo em mundos paralelos 5z181m

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    Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. Um mero buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima. Nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção numa área de vida e morte, como a de saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão nas percepções.

    Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo. Nós apenas sentimos seus efeitos de forma drástica, por razões de ordem econômica e social. E também dimensionais.

    Como a cidade não é grande, os problemas são ainda mais visíveis. Topamos com eles no cotidiano. Acontece que os buracos reais e metafóricos, ainda que denunciados, inclusive pelo cidadão que vai às redes sociais reclamar, avolumam-se sem solução que satisfaça, levando a outro problema, este de ordem comportamental.

    Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

    A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

    Outra razão é que, no essencial, nada muda em nossa realidade. Isso ficou mais evidente porque as redes sociais deram vazão, sem os filtros editoriais da imprensa, a um volume de problemas reais maior do que o que era noticiado. Se antes já havia demora nas soluções, essa percepção foi multiplicada pelo crescente número de denúncias feitas nas redes pelos próprios cidadãos. Os problemas que dizem respeito à coletividade se avolumam sem solução a contento, desconsolando e fatigando a vida.

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    Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

    No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

    Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

    Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

    Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.

    Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.

    Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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    Brasil e mundo 3m3y11

    Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio b4o68

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    Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

    Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

    Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

    Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

    Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

    Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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    Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

    No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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