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Opinião

“Não vi nenhuma outra cidade chegar a este ponto de arbítrio”

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Rodrigo Sousa Costa, produtor rural e vice-presidente da Federasul, criticou nas redes sociais o lockdown em Pelotas:

“Não vi nenhuma outra cidade chegar a este ponto de arbítrio, de proibir pessoas de saírem às ruas, de proibir de dirigir o próprio carro e estar sujeito a ser parado por servidores armados para explicar o que está fazendo, se teu familiar coabita contigo, para justificar onde está indo, para alguém decidir se pode ou não.

Rodrigo Sousa Costa

Esta medida, completamente equivocada, provocou aglomerações até às 20h de sábado, aumentou drasticamente os contatos com o vírus e, depois, confinou os infectados com seus familiares até terça-feira.

Vejo como um total absurdo e desrespeito aos cidadãos, criando uma casta de servidores públicos que podem permanecer dentro da normalidade pública, regrando a família dos outros, enquanto o ‘resto’, que somos nós, foi condenado à prisão domiciliar, se ficasse em Pelotas.

O grau de alienação deste decreto me choca.

Torço para que não tenhamos enfrentamentos de jovens com servidores despreparados. Torço pra que não haja violência e mortes no domingo do Dia dos Pais.

Como pelotense, tenho vergonha do abuso que estão cometendo, tratando adultos como incapazes, pessoas de bem como marginais…

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    5 Comments

    5 Comments

    1. Alarico

      09/08/20 at 15:57

      Com todo o respeito que merece a Prefeita, que até aqui vinha fazendo ótimo trabalho, entendo que o toque de recolher por três dias é um desserviço à população e um favor ao vírus. Quando se recolhe compulsoriamente a população reduz-se a contaminação interfamílias, e estimula-se a contaminação intrafamílias. E por isso o lockdown SÓ FAZ SENTIDO se durar 14 dias (ou no mínimo uns 7 ou 10 dias, como feito na Itália), de forma que qualquer contaminação trazida para dentro de casa tenha tempo de “amadurecer” e se manifestar. Neste caso, como Pelotas permitiu grandes concentrações na véspera (o comércio estava abarrotado), cada pessoa pode ter trazido algumas “sementinhas” para casa, é o danadinho terá agora três dias de famílias concentradas em frente à TV para fazer a festa. Vai ser uma beleza: em cada sala uma Corona-Fest. E na terça-feira gorda todos sairemos novamente à rua (ainda sem sintomas) contaminando mais e mais gente.
      É lamentável que uma prefeita tão competente, como a Paula, tenha caído numa cantilena típica dos “cientistas do Aquárius”.
      Fazer o quê?

    2. Raquel Denis Padão Palmeira

      09/08/20 at 09:48

      Eu acho um absurdo, ignorância da prefeitura. Quebram o comércio, pessoas sem emprego, ajuda de 600,00 um mês vem e o outro não. Gastos com hospital campanha sem nunca usarem. E o pior nunca pensaram na saúde mental, por causa disto quantos suicídios houve em nossa cidade; inclusive de uma enfermeira. Pelotas infelizmente não tem uma boa istração em casos de pandemias. São pessoas perdidas e sem noção do que fazem.

      • Iridicea

        11/08/20 at 06:16

        Tens toda razão…mas foi bom… Os que perderam empregos façam essa nazista perder o seu

    3. Carmen candia

      09/08/20 at 06:41

      Precisa de consciência da gravidade de tudo, e sim, muitas cidades no mundo fizeram lockdown!

      • Emanuel

        09/08/20 at 14:05

        Carmem, as cidades do mundo que fizeram Lockdown, fizeram no início da pandemia, para conter a curva de contágio. Adotar esta medida ado 5 meses, mostra a total incompetência da gestão pública desta cidade.

        A prefeitura recebeu rees adicionais da união, valores que não foram investidos em leitos de UTI. A prefeita gastou milhares de reais em um hospital de campanha que não foi utilizado e foi fechado as vésperas do Lockdown por falta de pacientes.

        Este Lockdown talvez seja necessário para a saúde, mas é um absurdo a rear a conta da incompetência para população.

    Brasil e mundo

    Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio

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    Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

    Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

    Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

    Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

    Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

    Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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    Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

    No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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    Cultura e entretenimento

    O perigo das Gagas da vida

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    Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

    Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

    Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

    Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

    Como assim caos interior?

    Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

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    A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

    Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

    Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

    É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

    Mas depois se reerguendo.

    Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

    Gagaaaaaa.

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