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Brasil e mundo

UFPel divulga texto: “Universidade chega aos 51 anos mostrando sua força”

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O texto abaixo, e a foto, foram divulgados à imprensa agora, pela UFPel:

A Universidade Federal de Pelotas chega aos 51 anos, completados neste sábado, 8 de agosto, talvez em seu maior momento de visibilidade pública, tanto no país quanto no exterior. Por conta da atuação no combate à Covid, em especial nas pesquisas sobre a doença, estadual e nacional, pioneiras no meio científico, a UFPel mostra toda sua força e potencial na prestação de serviços de excelência, em todas as áreas, não só da Saúde. E mais, não deixando dúvidas, com isso, sobre o valor da Ciência para o desenvolvimento e segurança da sociedade.

Áreas específicas, como da Epidemiologia, despontam nos cenários nacional e internacional, através dos estudos sobre a incidência do coronavírus e da Covid-19. As pesquisas ficam disponíveis para a orientação dos governos em suas ações de combate à doença e dão musculatura à ainda escassa bibliografia sobre o tema.

Outras áreas, como da Biotecnologia, dão enorme contribuição neste momento. A Universidade começa a fazer, dentro de seus laboratórios, por exemplo, os exames RT PCR, tão necessários à população e ao sistema de Saúde. O Hospital Escola, cem por cento SUS, é a instituição de referência para o tratamento da Covid na região.

Praticamente a totalidade da UFPel envolveu-se nesta mobilização contra o coronavírus. Todas as áreas do conhecimento disponíveis na Instituição criaram projetos, ações e programas visando ao atendimento da sociedade. Foram desde a confecção das máscaras shield e a feitura de álcool gel, no começo do problema, quando estes materiais ainda estavam escassos, até mais recentemente a todos os tipos de assistência, como a psicológica, a todos os segmentos. E não faltou a transmissão do conhecimento às instâncias de atendimentos de Saúde, com capacitações e treinamentos a diversas categorias de profissionais.

Ao mesmo tempo em que registra este enorme e significativo esforço, este 8 de agosto também encerra o ciclo do primeiro Cinquentenário da Universidade, que teve suas comemorações distribuídas ao longo de 2019.

Olhos voltados à Sociedade

Com origem mais do que Centenária (sua unidade mais antiga, a Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, foi criada em 1883), a UFPel aproxima culturas e saberes, diminuindo desigualdades e promovendo a diversidade, a inclusão e o desenvolvimento total da sociedade.

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A UFPel é hoje uma Universidade que cumpre a sua Missão Institucional, de promover a formação integral e permanente do profissional, construindo o conhecimento e a cultura, comprometida com os valores da vida e com a construção e o progresso da sociedade. Desta forma, é reconhecida como universidade de referência, pelo comprometimento com a formação inovadora e empreendedora, capaz de prestar para a sociedade serviços de qualidade, com dinamismo e criatividade.

Pelo trabalho que faz, no Ensino, na Pesquisa e na Extensão, e por sua organização espacial, com unidades acadêmicas e istrativas espalhadas por Pelotas, Capão do Leão e Eldorado do Sul, está plenamente inserida na comunidade. São sete Campi, o Capão do Leão, o Anglo, o Fragata, que abriga a Faculdade de Medicina, o Norte, onde está a Escola Superior de Educação Física (Esef), o Porto, o Centro e o Fora de Sede, do curso de Transporte Terrestre, em Eldorado do Sul.

A Universidade possui, em função de sua origem, um rico acervo arquitetônico-cultural, composto por edificações históricas de reconhecido valor, que estão distribuídas pelos diversos campi. Toda uma população, formada por estudantes, professores, técnico-istrativos e funcionários terceirizados, trabalha para que a Instituição cumpra com seus objetivos.

Diversa e Inclusiva

A UFPel revela-se uma Universidade marcada pela diversidade e pela inclusão.  A diversidade se dá pela variedade de cursos, de graduação e de pós-graduação, e pelas diferentes origens culturais e geográficas dos membros da comunidade acadêmica, que formam o mosaico cultural que constrói a Instituição. O ingresso nos cursos de graduação pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC permite que estudantes de todo o país frequentem a UFPel, fortalecendo ainda mais a diversidade.

As cotas, os processos seletivos especiais e a forma alternativa de ingresso, o Pave (Programa de Avaliação da Vida Escolar) dão um forte contorno inclusivo à Instituição.

Uma História Rica

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A história da UFPel remonta à Universidade Rural do Sul (URS), cujo surgimento, em 1960, resultou de esforços movidos por professores da Escola de Agronomia Eliseu Maciel, que desde 1957 lutavam por sua criação.  O decreto que criava a Universidade Rural do Sul, vinculada ao Ministério da Agricultura, era composto pela centenária Escola de Agronomia Eliseu Maciel, Escola Superior de Ciências Domésticas, Escola de Veterinária, Escola de Pós-Graduação e pelo Centro de Treinamento e Informação (Cetreisul), considerado uma unidade acadêmica.  Em 1967, o decreto nº 60.731 federaliza a Universidade Rural do Sul, sendo transferida para o Ministério da Educação e Cultura, ando a denominar-se Universidade Federal Rural do Rio Grande do Sul (UFRRS), e as unidades am de cursos a faculdades.

Em 1968, foi criada uma comissão composta por professores e acadêmicos, destinada a estudar e propor a reestruturação da universidade.  Assim, em 8 de agosto de 1969, o Presidente da República assinou decreto que transformou a Universidade Federal Rural do Rio Grande do Sul, em Universidade Federal de Pelotas, composta pelas Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Faculdade de Veterinária, Faculdade de Ciências Domésticas, Faculdade de Direito (fundada em 1912), Faculdade de Odontologia (1911) – as duas últimas pertencentes à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e o Instituto de Sociologia e Política (ISP), fundado em 1958. E outras instituições particulares que existiam em Pelotas foram agregadas à UFPel, como o Conservatório de Música de Pelotas, a Escola de Belas Artes Dona Carmen Trápaga Simões e o Curso de Medicina do Instituto Pró-Ensino Superior no Sul do Estado (Ipesse). E, no mesmo ano, o Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça (CAVG) também ou a fazer parte da UFPel.  De sua parte, a Faculdade de Ciências Domésticas deu origem a outras unidades, como a Faculdade de Educação, o Curso de Química de Alimentos e a Faculdade de istração e de Turismo.

A Universidade teve como primeiro reitor o professor Delfim Mendes Silveira, diretor da Faculdade de Direito, que istrou a Instituição até 1977.  Na sequência, ocuparam o cargo de reitor os professores Ibsen Wetzel Stephan(1977-1981), José Emílio Gonçalves Araújo(1982-1984), Ruy Brasil Barbedo Antunes(1984-1988), Amílcar Goyhenex Gigante(1989-1993), Antonio Cesar Gonçalves Borges(1993-1997), Inguelore Scheunemann de Souza(1997-out/2004), André Luiz Haack(dez/2004 a janeiro/2005 – pro tempore), Antonio Cesar Gonçalves Borges(2005-2009 e 2009-2013), Mauro Augusto Burkert Del Pino (2013-2017) e Pedro Curi Hallal (atual).

Como vice-reitores, figuram os nomes dos professores Renato Rodrigues Peixoto, Alexandre Valério da Cunha, Guido Kaster, Clinéa Campos Langlois, Léo Zilberknop, Paulo Eduardo Brenner Soares, Luiz Henrique Schuch, Daniel de Souza Soares Rassier, José Carlos da Silveira Osório, Jorge Luiz Nedel, André Luiz Haack, Telmo Pagana Xavier, Manoel Luiz Brenner de Moraes, Carlos Rogério Mauch, Denise Gigante e Luís Amaral (atual).

A istração Superior da UFPel compõe-se do Conselho Diretor da Fundação (Condir); Conselho Universitário (Consun); Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e Extensão (Cocepe); e Reitoria.  Em 2018, foi criado o Conselho de Planejamento (Coplan). A nova instância visa garantir transparência, participação e inclusão da comunidade universitária nos atos de istração e na construção de diretrizes para o futuro, sendo composto de modo paritário entre as categorias e objetivando avaliar, orientar, emitir e encaminhar pareceres aos conselhos deliberativos e à istração da Universidade.

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A liberdade sagrada das redes

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Noutro dia escrevi um texto sobre a cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem, responsabilizando parcialmente as novas tecnologias de comunicação. Disse: “Se por um lado as tecnologias deram voz à sociedade, por outro, nos têm distraído da concretude do mundo, de interação mais hostil, levando-nos a viver em mundos paralelos”. E: “No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades, mas sim no mundo virtual, um refúgio, retroalimentado pelo algoritmo, onde não há frustrações, mas sim gratificações instantâneas”. Bem, esse é um lado da questão. E não é novo.

Desde Freud se sabe que, diante do trauma, a criança dissocia-se para á-lo, refugiando-se na neurose, uma estratégia de defesa. Pois, assim como a criança abalada pelo trauma, as pessoas, diante das escalabrosidades do mundo concreto, fazem igual: elas podem se retirar para o mundo virtual, guardando, daquele, uma distância.

O outro lado da questão, o reverso da moeda, é que, sem as novas tecnologias de comunicação, a voz traumatizada da sociedade permaneceria atravessada na garganta, sem chance de extravasar-se.

A possibilidade de expressão liberou uma carga de justos ressentimentos contra os limites da política, as injustiças, o teatro social. De súbito, tivemos uma ideia do tamanho da insatisfação com os sistemas de vida, ando publicamente a protestar, em alguns casos chegando à revolução, como ocorreu na Primavera Árabe, onde as redes sociais cumpriram um papel fundamental.

Pois não é por outra razão que os donos do antigo mundo estão incomodados e querem controlar a liberdade de expressão, especialmente a velha imprensa, os monopólios empresariais, os sistemas políticos totalitários. Enfim, todos aqueles para quem a internet e as redes sociais ameaçam seu poder, ao por de pernas pro ar as certezas convenientes sobre as quais se assentaram.

Fato. As inovações desarranjam os mercados e os modos de vida. Toda inovação faz isso. É o preço do progresso. Mas, assim como é impossível voltar ao tempo do telégrafo (imagine o desespero nas Bolsas de Valores), é impensável retroagir ao mundo exclusivo da prensa de Gutenberg. Porque as descobertas, afinal, permitem avançar nos arranjos produtivos: propiciam economia de tempo, dinheiro e, no caso da comunicação, ampliam a liberdade, seu bem mais precioso. Pode-se dizer que não estávamos preparados para tanta liberdade súbita, e que venhamos, neste momento, usando-a “mal”. Contudo, parece razoável dizer que, à medida que o tempo e, estaremos mais e mais preparados para lidar com a liberdade e seus efeitos.

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Com todos os defeitos que a vida tem, é preferível mil vezes, ao controle da palavra, a liberdade de dizê-la. Quem pode afirmar (ou julgar) o que é verdadeiro e o que é falso, senão as pessoas mesmas, em última análise, de acordo com suas percepções e as pedras em seus sapatos? Pois hoje, depois de provarmos a liberdade trazida pelas novas tecnologias, mais do que nunca sabemos que a imprensa, em sua mediação da realidade, é falha, e como o é!

É interessante (e triste) ver como, após a criação da internet e das redes, grande parte da imprensa, ao perder o monopólio da verdade, se vêm tornando excessivamente opinativa e crítica das novas tecnologias. Deveria, sim, era aprimorar-se no trabalho para prestá-lo melhor. Acontece que — eis o ponto — como a velha imprensa não é livre de fato, como depende do financiador, muitas vezes de governos, ela vê nas novas tecnologias de ampla liberdade uma ameaça à velha cadeia de produção acostumada a filtrar o que valia ser dito, e o que não valia, em seu óbvio interesse, hoje nu, como o rei da história.

Além de tudo, há essa coisa interessante: a percepção. Para alguns pensadores do novo mundo, o que chamamos de realidade é uma simulação, no que concordo. Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros, paladares etc. não existem no mundo concreto (são imateriais), sendo portanto simulações percebidas pelos sentidos (pessoas veem cores em diferentes matizes, quando não divergentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado exclusivo dos nossos sentidos. Assim, a única coisa real seria a razão. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. “Penso, logo existo”.

Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos com que amos o mundo concreto, estando entrelaçados, não haveria diferença entre eles. Logo, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor. Eu acredito que é assim.

Uma vez provadas as inovações, não é possível retroagir. Podemos, isso sim, é refinar, em decorrência delas, o nosso comportamento.

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Vivendo em mundos paralelos

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Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. Um mero buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima. Nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção numa área de vida e morte, como a de saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão nas percepções. Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo.

Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

Outra razão é que, no essencial, nada muda em nossa realidade. Isso ficou mais evidente porque as redes sociais deram vazão, sem os filtros editoriais da imprensa, a um volume de problemas reais maior do que o que era noticiado. Se antes já havia demora nas soluções, essa percepção foi multiplicada pelo crescente número de denúncias feitas nas redes pelos próprios cidadãos. Os problemas que dizem respeito à coletividade se avolumam sem solução a contento, desconsolando e fatigando a vida.

Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

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Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.

Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.

Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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