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Brasil e mundo 3m3y11

Simulações da trajetória da nuvem de gafanhotos: uma estimativa até o dia 2/8 505y50

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Até este momento quatro nuvens de gafanhotos foram localizadas na América do Sul:

  • primeira nuvem, já acompanhada por esta pesquisa, foi localizada em maio, vinda do Paraguai para a Argentina e foi praticamente dizimada na última semana (segundo reportagens, em 85%) em Federación, divisa da Argentina com o Uruguai. O município de Federación fica a aproximadamente 90 km, em linha reta, de Barra do Quaraí no RS. Não serão apresentadas simulações para esta nuvem, a menos que se confirme que a nuvem conseguiu se reagrupar.
  • segunda nuvem de gafanhotos foi localizada no Paraguai em 16/7, na província del Chaco, Argentina e se encontra atualmente em El Pintado. Simulações para esta nuvem foram apresentadas pelos pesquisadores no dia 22/7, quando a nuvem estava em General Güemes, mas com a chegada do frio o enxame se manteve sem grandes deslocamentos desde então. Novas simulações são apresentadas.
  • terceira nuvem foi localizada pelo governo da Argentina em 21/7 e se encontra em Ingeniero Juárez, província de Formosa, na Argentina. aremos a monitorar esta nuvem e as primeiras simulações são apresentadas.
  • Notícias sobre uma quarta nuvem surgiram no dia de hoje, mas ainda não se tem detalhes a respeito.

O modelo WRF foi utilizado para fazer a previsão dos campos de vento, inicializada no dia 30/7 as 12UTC até o dia 3/08 as 12UTC (no horário local, as 9h da manhã do dia 30/7 até as 9h da manhã do dia 3/8). Lembrando que os deslocamentos da nuvem são determinados em 80% dos casos pela direção do vento e, que temperaturas acima de 20°C favorecem o voo dos insetos. São apresentados em conjunto os campos de temperatura em 850hPa e a 2m. A animação contendo os campos de vento e as temperaturas para os dias em questão seguem abaixo. (Para visualizar a animação clique nas figuras)

NUVEM 2:

Estimativa da trajetória da nuvem 2 até domingo, 2/8

É apresentada na sequência uma estimativa da trajetória do enxame 2, partindo da cidade de El Pintado, província del Chaco, Argentina (localização segundo o SENASA). São utilizados os dados da previsão dos campos de vento do modelo WRF, inicializada no dia 30/7 às 12UTC. Esta espécie pode viajar até 150 Km/dia, mas desde o início desta pesquisa, tem apresentado um deslocamento que varia entre aproximadamente 40 e 80 km/dia.

Apresenta-se a estimativa de 3 possíveis trajetórias: num primeiro cenário, supõe-se que a nuvem viaje aproximadamente 30 km/dia; num segundo cenário, 60 km/dia e num terceiro cenário, 100 km/dia. As trajetórias completas são descritas na figura a seguir (Cenário 1: círculos vermelhos; Cenário 2: círculos azuis e Cenário 3: círculos rosas).

Na sequência, os possíveis cenários são apresentados separadamente em animações.

Cenário 1: Nuvem se desloca aproximadamente 30 km/dia (Para visualizar a animação clique na figura)

Se esta previsão se confirmar, no domingo 02/8, estima-se que a nuvem fique próxima a cidade de Misión Nueva Pompeya, província del Chaco na Argentina, em torno de 620 km (em linha reta) da cidade de Itaqui no RS.

Cenário 2: Nuvem se desloca aproximadamente 60 km/dia (Para visualizar a animação clique na figura)

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Se esta previsão se confirmar, no domingo 02/8, estima-se que a nuvem poderá atingir a região próxima à divisa das províncias del Chaco e Santiago del Estero, à aproximadamente 60 km da cidade de Miraflores, Argentina. O ponto fica a aproximadamente 610 km (em linha reta) da cidade de São Borja no RS.

Cenário 3: Nuvem se desloca aproximadamente 100 km/dia (Para visualizar a animação clique na figura)

Se esta previsão se confirmar, no domingo 02/8, estima-se que a nuvem poderá atingir a região entre as cidades de Los Frentones (Província del Chaco) e Sachayoj (Província de Santiago del Estero) na Argentina. O ponto fica a aproximadamente 600 km (em linha reta) da cidade de São Borja no RS.

NUVEM 3:

Estimativa da trajetória da nuvem 3 até domingo, 2/8

É apresentada na sequência uma estimativa da trajetória do enxame 3, partindo da cidade de Ingeniero Juárez, província de Formosa, Argentina (localização segundo o SENASA). São utilizados os dados da previsão dos campos de vento do modelo WRF, inicializada no dia 30/7 às 12UTC.

Apresenta-se a estimativa de 3 possíveis trajetórias: num primeiro cenário, supõe-se que a nuvem viaje aproximadamente 30 km/dia; num segundo cenário, 60 km/dia e num terceiro cenário, 100 km/dia. As trajetórias completas são descritas na figura a seguir (Cenário 1: círculos vermelhos; Cenário 2: círculos azuis e Cenário 3: círculos rosas).

Na sequência, os possíveis cenários são apresentados separadamente em animações.

Cenário 1: Nuvem se desloca aproximadamente 30 km/dia (Para visualizar a animação clique na figura)

Se esta previsão se confirmar, no domingo 02/8, estima-se que a nuvem fique próxima a cidade de Santa Rita, província del Chaco na Argentina, em torno de 750 km (em linha reta) da cidade de São Borja no RS.

Cenário 2: Nuvem se desloca aproximadamente 60 km/dia (Para visualizar a animação clique na figura)

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Se esta previsão se confirmar, no domingo 02/8, estima-se que a nuvem poderá atingir a região próxima à cidade de Fuerte Esperanza, província del Chaco na Argentina, a aproximadamente 710 km (em linha reta) da cidade de São Borja no RS.

Cenário 3: Nuvem se desloca aproximadamente 100 km/dia (Para visualizar a animação clique na figura)

Se esta previsão se confirmar, no domingo 2/8, estima-se que a nuvem poderá atingir a região próxima à cidade de El Cabure, província de Santiago del Estero, Argentina. O ponto fica a aproximadamente 680 km (em linha reta) da cidade de São Borja no RS.

Novas estimativas serão apresentadas sempre que uma nova localização do enxame for divulgada pelo SENASA, e as condições do tempo forem favoráveis ao deslocamento dos enxames.

É importante lembrar que estas simulações advêm de um modelo matemático, e como tal é uma aproximação da realidade, e, portanto, possui erros inerentes. Além disso, a trajetória pode ser alterada de acordo com mudanças devidas ao deslocamento da espécie, além de mudanças climatológicas como chuva e frio.

Este estudo tem objetivo puramente acadêmico e científico, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Os pesquisadores do GDISPEN envolvidos nesta pesquisa são os doutores Fernanda Tumelero, Viliam Cardoso da Silveira, Guilherme Jahnecke Weymar, Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves, Igor da Cunha Furtado, Alexandre Sacco Athayde e Luciana Rossato Piovesan.

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Brasil e mundo 3m3y11

A liberdade sagrada das redes 3f2n1p

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Noutro dia escrevi um texto sobre a cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem, responsabilizando parcialmente as novas tecnologias de comunicação. Disse: “Se por um lado as tecnologias deram voz à sociedade, por outro, nos têm distraído da concretude do mundo, de interação mais hostil, levando-nos a viver em mundos paralelos”. E: “No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades, mas sim no mundo virtual, um refúgio, retroalimentado pelo algoritmo, onde não há frustrações, mas sim gratificações instantâneas”. Bem, esse é um lado da questão. E não é novo.

Desde Freud se sabe que, diante do trauma, a criança dissocia-se para á-lo, refugiando-se na neurose, uma estratégia de defesa. Pois, assim como a criança abalada pelo trauma, as pessoas, diante das escalabrosidades do mundo concreto, fazem igual: elas podem se retirar para o mundo virtual, guardando, daquele, uma distância.

O outro lado da questão, o reverso da moeda, é que, sem as novas tecnologias de comunicação, a voz traumatizada da sociedade permaneceria atravessada na garganta, sem chance de extravasar-se.

A possibilidade de expressão liberou uma carga de justos ressentimentos contra os limites da política, as injustiças, o teatro social. De súbito, tivemos uma ideia do tamanho da insatisfação com os sistemas de vida, ando publicamente a protestar, em alguns casos chegando à revolução, como ocorreu na Primavera Árabe, onde as redes sociais cumpriram um papel fundamental.

Pois não é por outra razão que os donos do antigo mundo estão incomodados e querem controlar a liberdade de expressão, especialmente a velha imprensa, os monopólios empresariais, os sistemas políticos totalitários. Enfim, todos aqueles para quem a internet e as redes sociais ameaçam seu poder, ao por de pernas pro ar as certezas convenientes sobre as quais se assentaram.

Fato. As inovações desarranjam os mercados e os modos de vida. Toda inovação faz isso. É o preço do progresso. Mas, assim como é impossível voltar ao tempo do telégrafo (imagine o desespero nas Bolsas de Valores), é impensável retroagir ao mundo exclusivo da prensa de Gutenberg. Porque as descobertas, afinal, permitem avançar nos arranjos produtivos: propiciam economia de tempo, dinheiro e, no caso da comunicação, ampliam a liberdade, seu bem mais precioso. Pode-se dizer que não estávamos preparados para tanta liberdade súbita, e que venhamos, neste momento, usando-a “mal”. Contudo, parece razoável dizer que, à medida que o tempo e, estaremos mais e mais preparados para lidar com a liberdade e seus efeitos.

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Com todos os defeitos que a vida tem, é preferível mil vezes, ao controle da palavra, a liberdade de dizê-la. Quem pode afirmar (ou julgar) o que é verdadeiro e o que é falso, senão as pessoas mesmas, em última análise, de acordo com suas percepções e as pedras em seus sapatos? Pois hoje, depois de provarmos a liberdade trazida pelas novas tecnologias, mais do que nunca sabemos que a imprensa, em sua mediação da realidade, é falha, e como o é!

É interessante (e triste) ver como, após a criação da internet e das redes, grande parte da imprensa, ao perder o monopólio da verdade, se vêm tornando excessivamente opinativa e crítica das novas tecnologias. Deveria, sim, era aprimorar-se no trabalho para prestá-lo melhor. Acontece que — eis o ponto — como a velha imprensa não é livre de fato, como depende do financiador, muitas vezes de governos, ela vê nas novas tecnologias de ampla liberdade uma ameaça à velha cadeia de produção acostumada a filtrar o que valia ser dito, e o que não valia, em seu óbvio interesse, hoje nu, como o rei da história.

Além de tudo, há essa coisa interessante: a percepção. Para alguns pensadores do novo mundo, o que chamamos de realidade é uma simulação, no que concordo. Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros, paladares etc. não existem no mundo concreto (são imateriais), sendo portanto simulações percebidas pelos sentidos (pessoas veem cores em diferentes matizes, quando não divergentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado exclusivo dos nossos sentidos. Assim, a única coisa real seria a razão. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. “Penso, logo existo”.

Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos com que amos o mundo concreto, estando entrelaçados, não haveria diferença entre eles. Logo, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor. Eu acredito que é assim.

Uma vez provadas as inovações, não é possível retroagir. Podemos, isso sim, é refinar, em decorrência delas, o nosso comportamento.

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Brasil e mundo 3m3y11

Vivendo em mundos paralelos 5z181m

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Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. Um mero buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima. Nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção numa área de vida e morte, como a de saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão nas percepções. Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo.

Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

Outra razão é que, no essencial, nada muda em nossa realidade. Isso ficou mais evidente porque as redes sociais deram vazão, sem os filtros editoriais da imprensa, a um volume de problemas reais maior do que o que era noticiado. Se antes já havia demora nas soluções, essa percepção foi multiplicada pelo crescente número de denúncias feitas nas redes pelos próprios cidadãos. Os problemas que dizem respeito à coletividade se avolumam sem solução a contento, desconsolando e fatigando a vida.

Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

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Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.

Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.

Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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