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Opinião

Presidente da Juventude do PP faz reparos à manifestação de Tavares

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Felipe Pinto, presidente da Juventude Progressista (do PP) de Pelotas, mandou a mensagem abaixo, sobre declarações do vereador Fabrício Tavares, do mesmo partido, que mais cedo, neste sábado (18), respondeu uma crítica do colega partidário, vereador Roger Ney.

Tanto Ney quanto Tavares se manifestaram sobre uma carta-manifesto de 30 pré-candidatos do partido a vereador, defendendo candidatura própria a prefeito e sugerindo o nome do ex-prefeito Adolfo Antonio Fetter Jr. como o candidato a prefeito.

Felipe, após a foto, contesta a manifestação de Tavares:

Felipe Pinto

“Na qualidade de Presidente da Juventude Progressista de Pelotas e de pré-candidato a vereador, venho aqui esclarecer algumas afirmações feitas pelo vereador Fabrício Tavares no dia de hoje (sábado, 18).

Tenho acompanhado desde cedo as manifestações feitas aqui no Amigos de Pelotas e, ao perceber determinadas inconsistências, me senti na obrigação moral de comentá-las e trazer, não só o meu ponto de vista, mas o relato fidedigno dos fatos ocorridos.

Quero aqui começar comentando a reunião da executiva municipal do Progressistas, onde estavam presentes, como convidados, o Vereador Fabrício Tavares, a Prefeita Municipal Paula Mascarenhas e o Presidente do PSDB, Gilberto Cunha.

Nesta reunião, foi afirmado pelo vereador Fabrício que, em determinado momento, havia colocado o seu nome à disposição da Prefeita para pleitear o cargo de Vice Prefeito; logo após, o mesmo reiterou que a indicação do Progressistas ao preterido cargo era do presidente e também vereador Roger Ney. Disse também que se sentiria contemplado caso o cargo de Vice Prefeito, em não sendo do Progressistas, fosse preenchido pelo atual vice Prefeito Idemar Barz, fatos estes omitidos pelo vereador em suas manifestações.

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Faço aqui um comentário que, para escolha do candidato a Vice-Prefeito, se fazem necessárias determinadas credenciais, sendo a primeira delas a absoluta idoneidade, ou seja, o candidato não pode ter em seu currículo nenhum escândalo público que envolva suspeitas ou concretos atos de corrupção. Roger Ney é um dos que exibe esta lisura.

Em se tratando da reunião que gerou o manifesto aqui publicado, gostaria de salientar que, mesmo sendo pré-candidato a vereador, não fui convidado nem comunicado sobre a realização da mesma e ito ter ficado surpreso quando vi nas redes sociais a repercussão do manifesto resultante desta reunião, manifesto este que não era de meu conhecimento, e aproveito este espaço para me posicionar em contrariedade ao mesmo. Estranho tal “esquecimento”; quando fui atrás de alguma justificativa, os organizadores ficaram ando a responsabilidade de um para o outro.

Penso que fui excluído por pensar diferente, tendo meu direito democrático de manifestação cerceado por aqueles que buscam, mesmo usando de meios nada republicanos, serem os representantes de nossa instituição partidária no pleito que se aproxima. Lastimo muito ver que os interesses falam mais alto que a hombridade e lembro que tais atitudes não condizem com o perfil transparente e democrático de nossa instituição.

Lembro ainda que nosso partido respeita os ritos afirmados em nosso estatuto, tendo o Presidente Roger Ney criado uma comissão interna para a organização da nominata dos candidatos a vereador, sendo tal comissão habilitada para este ato, e, conforme acertado em reuniões anteriores e rege o estatuto, a comissão Executiva Municipal é quem teria a verdadeira legitimidade para deliberar a respeito da indicação e coligação majoritária, sendo dela uma atribuição formal e exclusiva; logo, vejo como ilegitimo tal manifesto, tanto pelo fato de não ser de sua competência legal como pelo ato antidemocrático, em que foram excluídos da reunião aqueles que divergem de tal pensamento.

Finalizo minha manifestação deixando aqui a parábola do vinho: “Quando o vinho é bom e cheio de moral, não há uma ‘gotinha’ sequer que possa desabona-lo”.

Tavares diz que Presidente da Juventude Progressista está equivocado

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Brasil e mundo

Vivendo em mundos paralelos

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Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. A mera notícia de um buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima, nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção na área sensível da saúde. O valor da notícia sofreu uma erosão na percepção humana.

Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo. Nós apenas sentimos seus efeitos de forma drástica, por razões de ordem econômica e social. E também dimensionais.

Como a cidade não é grande, os problemas são ainda mais visíveis. Topamos com eles no cotidiano. Acontece que os buracos reais e metafóricos, ainda que denunciados, inclusive pelo cidadão que vai às redes sociais reclamar, avolumam-se sem solução que satisfaça, levando a outro problema, este de ordem comportamental.

Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao igualmente darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil — distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

Outra razão é que, ao menos no essencial, nada muda em nossa realidade. Os problemas que dizem respeito à coletividade se repetem sem solução, fatigando a vida, pulverizando a mobilização.

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Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando reparações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com Thomas Anderson, protagonista do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não em diferentes, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos.

Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre eles.

Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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Brasil e mundo

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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