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HALLAL DEFENDE LOCKDOWN VIOLENTO PARA REGIÃO DE CAXIAS 61o4l

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Doutor em epidemiologia, á frente de duas pesquisas de incidência da covid-19 no RS e no Brasil, o reitor Pedro Hallal, diante da evolução do coronavírus no RS, defende um “lockdown violento” para a região de Caxias do Sul. Foi o que disse, nesta sexta-feira (17), em entrevista ao Gaúcha Hoje.

“Esse vaivém da economia: ah, abre um pouquinho. Mas, vamos falar a verdade, a economia abre um pouquinho com pouco consumidor. A economia não está reaquecida. Seria melhor até para a economia se os empresários da Serra propusessem agora e fossem parceiros para fazer um lockdown violento, rigoroso na cidade. Todo mundo em casa, que nem a Europa fez, por duas semanas pelo menos, para aí então retomar as atividades. Então, é um apelo para a população de Caxias, inclusive para os empresários de Caxias que parecem ter muito poder nesse momento. Vai ser melhor inclusive para eles se forem rigorosos nesse momento e a cidade fizer um lockdown nesse momento”.

Para Hallal, os empresários da Serra deveria utilizar o poder que possuem para que o sistema de bandeiras do governo do Estado seja respeitado, em vez de os prefeitos recorrerem das bandeiras do Plano de Distanciamento.

“Eu acho que se Caxias seguir recorrendo e reabrindo, reabrindo e reabrindo, infelizmente, eu acho que a tendência é que os números não parem de aumentar aí na região”.

Os dados da quinta etapa mostram que o percentual de pessoas que está seguindo as orientações de distanciamento social diminuiu no intervalo de um mês: apenas 12,7% dos entrevistados alegou estar sempre em casa. No final de maio, eram 14,5% dos entrevistados”.

Para o professor, Caxias do Sul paga neste momento o preço pela redução nas taxas de distanciamento social identificada ao longo da pesquisa da universidade. A ocupação de UTIs na Serra está em 72,5%, enquanto há uma semana estava em 68%. Em Caxias, a ocupação está em 83%. Há uma semana, era 64%. Na avaliação do reitor, os números podem continuar a piorar sem a adoção de medidas para evitar a circulação do vírus:

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“A maior recomendação que posso dar para a população de Caxias é ficar em casa o máximo que puder”, sugeriu.

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