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Covid: uma explicação possível para que Pelotas entre em ‘bandeira vermelha’ f3s4s

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Última atualização 00h58 de 03/07 !

Os sinais apontam dias difíceis à frente, a partir deste julho, quando o frio e os casos de internação por doenças respiratórias aumentam. Mais doentes, óbvio, mais leitos ocupados, e por tempo maior, sendo UTI. Esse fato, somado ao crescimento do número de infectados de covid no estado, causou um alarme nas autoridades.

Alarme que começou no governador Eduardo Leite. A semana foi de boatos de que decretará um lockdown no estado.

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Ele gravou vídeo para dizer que os próximos 15 dias serão “cruciais”.

O Piratini também divulgou uma conversa entre Leite e o reitor da UFPel, Pedro Hallal, que está à frente de uma pesquisa estadual e outra nacional sobre a covid. Apesar de defender a validade do lockdown apenas se for para o País todo, Hallal itiu, segundo o Piratini, que, sendo o caso, poderá corroborar o lockdown no estado gaúcho.

Já a prefeita Paula, como que ecoando Leite, falou, em live nesta quinta-feira (2), que o risco de Pelotas em bandeira vermelha é real.

É estranho que Paula diga isso, porque a cidade tem 31 leitos de UTI e só 5 destes, hoje, ocupados. Ainda há uma boa folga de leitos, sem contar os de enfermaria.

Pegando só Pelotas, não faz sentido bandeira vermelha imediata por aqui.

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O que pode estar ocorrendo é que, com o crescente escasseamento de leitos em outras cidades, como Porto Alegre, Canoas etc., que já dão sinais de estrangulamento do sistema, o governador esteja pensando em abrigar doentes dessas e de outras cidades em Pelotas e demais cidades pólo, ando a ver o mapa do estado não mais regionalmente, mas como um todo.

Leite pode estar pensando em levar os doentes para onde houver vaga. Nesse caso, a divisão do estado em regiões perderia sentido e o RS inteiro entraria em lockdown: os doentes de regiões saturadas transbordariam para o resto do estado.

Nesta sexta-feira (3), ele anunciará a atualização das bandeiras. 

Não é de duvidar que Leite decrete bandeira vermelha em todo o estado – lockdown por 15 dias. A hora é propícia. Começo do inverno. Ainda há leitos disponíveis. Pode ele ter concluído que “ou é agora ou será tarde”.

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2 Comments

2 Comments 1p2p20

  1. Luciane

    03/07/20 at 10:49

    Não concordo com a consideração de que tendo Pelotas 31 leitos de UTI somente 5 ocupados estaríamos numa boa! Isso só é verdade em números e se estivéssemos lidando com uma infecção com uma taxa baixa de complicações e pouco tempo de UTI. Há fatores que não podem ser esquecidos como a questão do covid19 levar pacientes a ocupar leitos em UTI e muitas vezes por longos períodos, além da velocidade de transmissão estar elevadíssima e as pessoas nao estarem colaborando. Pelotas é uma cidade polo o que aumenta a possibilidade destes leitos se extinguiram rapidamente e de que qualquer medida que se tome só vai refletir a partir de 2 a 3 semanas. Acho que todo o cuidado é necessário para que não tenhamos um caos em nossos hospitais. Lembrando que outras doenças existem e que também precisamos atender e dar toda a assistência à saúde da população.

  2. André

    03/07/20 at 01:00

    Rubens tem outro fator, o modelo matemático leva em consideração também a aceleração da quantidade de casos, e isso está forte aqui.

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Brasil e mundo 3m3y11

Vivendo em mundos paralelos 5z181m

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Algo mudou na relação entre o jornalismo e os pelotenses. Até por volta de 2015, havia um marcado interesse nos assuntos da cidade. A mera notícia de um buraco, e nem precisava ser o negro, despertava vívida atenção. Agora já ninguém dá a mínima, nem mesmo se o buraco for um rombo fruto de corrupção na área sensível da saúde.

Não é uma situação local, mas, arrisco dizer, do mundo. Nós apenas sentimos seus efeitos de forma drástica, por razões de ordem econômica e social. E também dimensionais.

Como a cidade não é grande, os problemas são ainda mais visíveis. Acontece que os buracos reais e metafóricos, ainda que denunciados, inclusive pelo cidadão que vai às redes sociais reclamar, permanecem sem solução, levando a outro problema, este de ordem comportamental.

Vem ocorrendo uma cisão no vínculo entre as pessoas e o meio em que vivem. Um corte entre elas e a vida social. O espaço, que no ado era público, já hoje parece ser de ninguém.

A responsabilidade parcial disso parece, curiosamente, ser das novas tecnologias de comunicação. Se por um lado elas deram voz à sociedade como um todo, por outro, ao darem amplo o ao mundo virtual, elas nos têm distraído da concretude do mundo, de interação sempre mais hostil; distraído, enfim, da realidade mesma, propiciando que vivamos em mundos paralelos.

Outra razão é que, ao menos no essencial, nada muda em nossa realidade. Os problemas que dizem respeito à coletividade se repetem sem solução, fatigando a vida, pulverizando a mobilização.

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Como a dinâmica da cidade (e da realidade) não responde como deveria, eis o ponto, estamos buscando compensações no ambiente virtual, sensitivamente mais recompensador, além de disponível na palma da mão.

No mundo moderno, não habitamos mais exatamente nas cidades. Estamos habitando no mundo virtual, onde não há frustrações, mas sim gratificação instantânea. Andamos absortos demais em nossa vida. Abduzidos por temas de exclusivo interesse pessoal, retroalimentados minuto a minuto pelo algoritmo.

Antes vivíamos num mundo de trocas diretas entre as pessoas. Hoje habitamos numa nuvem, no cyber-espaço. Andamos parecendo cada dia mais com o personagem Thomas Anderson, do filme Matrix. Conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro, ele vive literalmente em uma realidade paralela. Isso dá

Para complicar tudo, há pensadores para quem a realidade é uma simulação.

Segundo eles, cada um de nós só tem o às coisas através dos sentidos (olfato, visão, tato, audição, paladar). Porém, como cores, cheiros etc. não existem no mundo concreto, mas são simulações percebidas pelo nosso corpo (pessoas veem as cores em diferentes tons, quando não diferentes de nós, como os daltônicos), aqueles pensadores sustentam que o mundo como o percebemos seria resultado dos nossos sentidos. Assim, a única coisa real seria a razão, quer dizer, o modo como processamos aquelas percepções que derivam dos sentidos. É o que diz Descartes, para quem a razão é a única prova da existência. Como amos o mundo virtual pelos mesmos sentidos que amos o concreto, não haveria diferença entre o mundo virtual e o real.

Segundo aqueles pensadores, como o mundo virtual está entrelaçado com o mundo concreto, não deveríamos condenar o mundo virtual, mas sim o explorarmos melhor.

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Brasil e mundo 3m3y11

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio b4o68

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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