Amigos de Pelotas

‘Nenhum espírito emerge do computador’. Por Neiff Satte Alam 1z4633

2e5h4t

“O computador e o cérebro são duas máquinas, mas uma é produzida, fabricada, organizada pela mente humana, saída de uma máquina cerebral inerente a um ser dotado de sensibilidade, de afetividade e de autoconsciência. Nenhum espírito emerge do computador, mesmo numa cultura, já o cérebro tem a capacidade, pela mente, de reconhecer-se como máquina e mesmo saber que é mais do que uma máquina.”  (Edgar Morin)

Há um necessário hiato entre as primeiras décadas da criação dos computadores e a utilização destes e de toda uma rede que se formou em torno destas máquinas. Realidade que causou muitas teses ou simples opiniões relativas a um descomo entre os procedimentos e tecnologias mais tradicionais, no que diz respeito aos métodos de ensino-aprendizagem e as demais atividades humanas, isto é, a Escola sempre movimentando-se alguns os atrás das outras instituições.

Um dos motivos de tal descomo refere-se ao atraso em mudarmos nossa forma de pensar. Nosso pensamento linear teria que evoluir para um pensamento não linear, em rede, acompanhando tanto a forma de trabalhar da máquina artificial como o modo natural de ação de nosso cérebro – os neurônios trabalham em rede! O outro motivo é a competição entre a Inteligência artificial e a inteligência humana.

O meio pressionando para que, em momentos de maior necessidade de resposta a problemas, a inteligência humana deva ser pressionada e se valer da capacidade mental, que o computador não tem, pois a mente está sempre um o à frente da inteligência. Uma crise planetária, uma PANDEMIA, por exemplo, pode ser o catalisador para que vençamos obstáculos, hiatos e acomodações, dando um

SALTO PARA O FUTURO. 1j2g4w

As Escolas, tradicionais na sua pedagogia, preguiçosa no uso de novas tecnologias, achando-se autossuficiente na obtenção de resultados e limitando-se a uma conservadora linearidade, vêm-se, repentinamente, impulsionadas para uma ação pedagógica online, não presencial. Alunos e professores distanciam-se, mas precisam ter uma conexão próxima, a única forma encontrada é um trabalho remoto, cada um em um local diferente, mas conectados pela rede de computadores, a Internet.

Mesmo já existindo tecnologias de Ensino a Distância, com métodos e tecnologias apropriadas, estas não se encaixam na realidade das Escolas, totalmente presenciais, algumas com alguma atividade online, mas que não atendem a nova demanda, a nova realidade, mesmo que temporária.

Publicidade

Escolas públicas, praticamente todas, além da maioria das Escolas particulares, pegas de surpresas, têm que transformar o o a o da conquista das novas tecnologias, em SALTOS.

O primeiro salto é um misto da atividade remota, online, simplesmente replicando, substituindo, a atividade presencial. É o que denominamos de Ensino Remoto. Algumas Escolas estão desenvolvendo bem este Ensino Remoto e já se encaminhando para aperfeiçoá-lo para o próximo salto: assumir as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs)com uma fração de atividades de ensino a distância, que irá crescendo na proporção em que se dominar esta forma não linear de construção de conhecimento e competências, sempre dando mais valor a atividade presencial, onde o contato aluno/professor e aluno/aluno seja valorizado, pois “o cérebro tem a capacidade, pela mente, de reconhecer-se como máquina e mesmo saber que é mais do que uma máquina”, nesta constatação fica claro que estamos realmente dando um importante SALTO PARA O FUTURO!

Neiff Satte Alam é professor Universitário Aposentado – UFPEL Biólogo e Especialista em Informática na Educação 4k6k67

Facebook do autor 6sn55

Sair da versão mobile