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Às vezes o Dr. Osmar Terra me parece um suprassumo da política. É a única voz no Brasil, “cientificamente falando” (é médico, ao menos), a favor do fim da quarentena. Ninguém mais, por um motivo simples: é uma doença nova.
Já notou que ele se tornou o único a vender esperança no País, minimizando a questão? Digo único, no sentido de vender o produto bem embalado, com entrega na hora marcada.
Mesmo que seja uma doença nova, ele fala com uma segurança consumada, como se fosse possível certeza num momento excepcional, embora, sutilmente, venha ajustando o discurso, ando a ideia, agora, de que concorda com o distanciamento social, mas não com o isolamento.
A argumentação parece retoricamente coerente, mas, a rigor, não é.
Terra tem a simpatia de um ovo de Páscoa. Mas, infelizmente, não dá para embarcar na canoa.
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