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Brasil e mundo

UM MUNDO CAPITÃO PHILLIPS, PÓS-PANDEMIA

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A pandemia começou a produzir especulações sobre mudanças no modo de vida, na economia.

Amsterdã já fala na economia Donut. Na ideia de que o mundo experimenta uma série de acontecimentos e surpresas que está fazendo mais pessoas se afastarem da concepção de que “crescimento econômico é sinônimo de desenvolvimento”.

Eu acho que muita gente já vive nesse mundo.

Muita gente já consome o essencial por filosofia de vida.

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Pessoas que preferem experiências a ter coisas. Fazer ginástica, meditação, pilates. Que usam serviços em vez de adquirir coisas.

Essa tendência está sendo aprofundada na pandemia.

MATÉRIA E ESPÍRITO

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Na filosofia da história de Marx, o materialismo dialético, a realidade material determina a mentalidade e a vida social.

Por exemplo: a realidade material da pílula anticoncepcional determinou ou permitiu a mentalidade e a vida social da liberdade sexual.

Se não houvesse a coisa material pílula, não haveria o comportamento social dominante, liberdade sexual.

É a matéria que determina o espírito, e não o contrário.

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A matéria determina ou permite as ideias dominantes de cada época.

Não foi Napoleão que mudou a Europa. Foi o canhão, o arado etc. que permitiram Napoleão, o código Napoleônico e o mundo da revolução sa.

SUPERPRODUÇÃO DE ALIMENTOS

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Tudo isso pra dizer: é a superprodução de alimentos e bens essenciais, a alta produtividade, as inovações tecnológicas, as máquinas e a internet, que estão em grau avançado, eliminando a necessidade da mão de obra na produção, que determinam ou permitem a nova mentalidade ecológica.

Uma nova realidade material que fatalmente determinará novas relações sociais e novas mentalidades dominantes.

Novas relações sociais, em que enormes parcelas da população não terão emprego, não serão mais necessárias na produção.

CAPITÃO PHILLIPS

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Um mundo como no filme Capitão Philips. Alguns poucos com uma produtividade gigantesca.

O resto terá o através de algum tipo de renda mínima.

Nos próximos anos haverá mais avanço material na produção alimentar: produção de proteína em laboratório, uso de proteína dos insetos.

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Em vez de criar o boi, o frango, vão produzir tecido de carne em laboratório para consumo humano.

Rebanhos vivos serão reduzidos.

BOVINOS X INSETOS

A proteína de inseto é tão ou mais rica que a de bovinos.

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Insetos são sujos poque vivem em ambientes sujos. Criados em ambientes assépticos serão super limpos para consumo humano.

Serão triturados como farinha e recompostos em qualquer formato. Ficarão irreconhecíveis na comida.

A necessidade de energia, água, insumos para produzir 1 kg de proteína bovina é muito maior do que as mesmas necessidades para produzir 1 kg de proteína de inseto.

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MUNDO ECOLÓGICO

A massa total de insetos do planeta hoje vivos é muito maior do que a dos outros animais. Muito mais abundante.

Essas tecnonologias já estão disponíveis. Para aplicação, precisam de mudança de costumes, que já vem ocorrendo.

Novas tecnologias vão pressionar ainda mais a emergência do novo mundo ecológico de alta produtividade e desemprego.

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A redução de rebanhos pode mudar a paisagem do planeta. Devolver vastas áreas para a vida selvagem.

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Mais textos com especulações sobre o pós-pandemia.

O LIMBO BRASIL

COGITAÇÕES SOBRE UM “NOVO MUNDO PÓS-PANDEMIA”

O GRANDE ERRO DE MARX

 

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Jornalista e escritor. Editor do Amigos de Pelotas. Ex Senado, MEC e Correio Braziliense. Foi editor-executivo da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Atuou como consultor da Unesco e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Uma vez ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo, é autor dos livros Onde tudo isso vai parar e O fator animal, publicados pela Editora Lumina, de Porto Alegre. Em São Paulo, foi editor free-lancer na Editora Abril.

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Brasil e mundo

CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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Brasil e mundo

Um homem coerente

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Eis um homem que irei pela absoluta coerência entre o que pensava e o modo como viveu. Um homem de esquerda que me fazia parar para ouvi-lo, porque o que dizia tinha solidez e fazia pensar.

Não precisava concordar com ele para irá-lo. E sim: um homem de esquerda que nunca roubou. Foi uma pessoa rara. Eu diria, única.

Vivia num sítio, dele de fato, com o essencial. Na companhia da mulher e de cachorros. Só tinha um defeito: andava em má companhia internacional. Talvez por um motivo humano. Para se sentir menos sozinho do que era. Menos prisioneiro de suas convicções.

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