Amigos de Pelotas

Prefeitos da Zona Sul, que flexibilizaram medidas de isolamento, estão preocupados 65l9

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Prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), que em conjunto flexibilizaram medidas de isolamento, querem que a pesquisa do Centro de Epidemiologia da UFPel projete o número de leitos necessários na região para o enfrentamento à Covid-19. Estão preocupados que não sejam suficientes.

O presidente da Azonasul, Luis Henrique Pereira da Silva, prefeito de Arroio Grande, explicou que “a ideia é buscar uma adequação de leitos dentro dos municípios da região para acolher pacientes, evitando o colapso nas unidades de saúde nas cidades referência: Pelotas e Rio Grande”.

“Precisamos de mais atenção do governo estadual para a melhoria dos hospitais, aumentando o número de  leitos de UTI e em investimentos de respiradores e equipamentos de proteção individual (EPI’s)”, disse.

Silva disse também que a região sul precisa ser priorizada dentro do Ministério da Saúde, no que diz respeito às doses de vacinas da gripe (H1N1) e recursos para combater a crise, tendo em vista a chegada do inverno e a inevitável incidência de síndromes gripais na região.

Críticas

O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, fez críticas aos rees do MS e ao número de respiradores recebidos até o momento no País.

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“De 14 mil encomendados, tenho a notícia de que o Brasil recebeu apenas 276 respiradores”. Segundo o prefeito, seu município recebeu pouco mais de R$ 900 mil para a gestão de contingenciamento da Covid-19. “Estamos bancando o combate à pandemia com recursos próprios. Ainda não conseguimos o credenciamento de leitos e temo pelo crescimento exponencial de casos”, disse.

Pelotas

Segundo a prefeita Paula, a situação de Pelotas após o decreto de flexibilização e adoção de novas regras para o distanciamento social também pautou a reunião da Azonasul. Ela destacou a necessidade de evitar o crescimento súbito da curva de contágio para que o sistema de saúde consiga atender a demanda.

Segundo Paula, Pelotas tem, hoje, 58 leitos de enfermaria e 31 leitos de UTI para tratar pacientes com suspeita ou confirmação de coronavírus. “Precisamos de tempo a fim de garantir o número mínimo de vagas indicado no estudo da UFPel e uma forte articulação para o cadastramento dos leitos no sistema, o que garante o ree de recursos federais”, destacou.

Conforme Paula, o município aguarda o envio de  20 respiradores e tem como perspectiva para os próximos 30 dias a estruturação de 88 leitos de UTIs exclusivos para o tratamento da Covid-19.

Ela também itiu estar cogitando o aluguel de unidades, realizado através de uma empresa terceirizada ao custo de R$ 24 mil mensais. Porém, a estratégia somente será eficaz se essas unidades também entrarem no cadastro nacional.

Estiagem

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As perspectivas para a mitigação dos efeitos da falta de chuva também estão deixando os gestores municipais da região preocupados.

O número de caixas de água e cestas básicas prometidas pela Defesa Civil foi insuficiente para atender as necessidades apresentadas pelas prefeituras.

“Eu não tenho mais como ar o abastecimento de água em caminhões da prefeitura. Não tenho mais recursos para cobrir esta despesa”, relatou o prefeito de Capão do Leão, Mauro Nolasco.

A Azonasul vem acompanhando as tramitações de processos e reconhecimentos de situações de emergência diariamente.

O grupo deverá levar as reivindicações a Brasília de onde buscarão auxílio para atender, em primeiro estágio, àquelas famílias que não têm mais água para o próprio consumo.

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