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Prefeitura informa que Paula está “ouvindo comitê de crise sobre covid-19 e isolamento” 1i23x

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Da prefeitura : A manhã desta sexta-feira (17) foi de planejamento, no Paço Municipal, sobre os próximos os do Executivo Municipal em relação à preparação de Pelotas para um possível crescimento dos casos confirmados de Covid-19. Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), membros da equipe do Comitê Municipal de Crise, apresentaram à prefeita Paula Mascarenhas dados que servirão de apoio à determinação das regras do isolamento controlado, que deve ar a valer já na próxima semana. A previsão, conforme anúncio em entrevista coletiva nessa quinta-feira (16), é que se inicie a partir da quinta-feira (23).

A partir de um aplicativo, desenvolvido pelo grupo composto por epidemiologistas, farmacêuticos, médicos, matemáticos e profissionais da área da saúde da Universidade, foram expostas, à prefeita, projeções do comportamento da pandemia em Pelotas nos próximos meses. Para Paula, esse trabalho é essencial para a tomada de decisões, como uma possível flexibilização das restrições vigentes desde o Decreto Municipal nº 6.252 de 20 de março.

“Preciso ouvir os especialistas, ter o a hipóteses de como deve progredir ou não a pandemia, para, então, tomar decisões que vão influenciar a rotina da cidade e os cuidados que devemos manter a fim de controlar a infecção pelo coronavírus”, disse Paula, ao abrir a audiência.

Na explanação, os estudiosos calcularam a necessidade de elaborar, de forma efetiva, o controle dos casos confirmados para Covid na cidade, principalmente daqueles que demandarão atendimento em leitos de enfermaria e Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).

De acordo com o reitor da UFPel e líder do trabalho realizado pela equipe, Pedro Curi Hallal, a ferramenta foi programada para estimar a quantidade de leitos disponíveis para ocorrências da enfermidade, assim como a necessidade de aumento das equipes de trabalhadores da saúde.

Dessa vez, foram utilizados os primeiros dados do levantamento feito pela Universidade em nove cidades gaúchas, nas quais a população foi testada em relação ao contágio ou não pelo novo coronavírus.

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“As projeções foram construídas a partir do resultado da pesquisa que apresentamos no começo da semana ao governo gaúcho. Nesta primeira fase, as pessoas, além de serem testadas para o vírus, também foram questionadas sobre o comportamento que adotaram desde o isolamento social determinado pelo decreto estadual”, destacou o reitor.

De acordo com o estudo feito em nove municípios do Estado, inclusive Pelotas, 58,3% dos entrevistados disseram estar saindo de casa para atividades essenciais exercidas, por exemplo, por supermercados e farmácias; 21,1% relataram não terem saído de suas residências; e 20,6% mantiveram a rotina normal, indo às ruas todos dias.

Alerta para alteração

Durante o encontro, os participantes fizeram o alerta para o fato de que, possivelmente, a realidade de 13 casos confirmados em Pelotas deva se alterar nos próximos dias, já que a cidade, assim como o Estado, ainda não viveu o que os especialistas chamam de “pico” da doença. “O isolamento ajuda a preparar a rede de atendimento à população, mas não vai evitar que, em algum momento, ocorra o surto, ou seja, tenhamos um número maior de infectados”, esclareceu a professora da Faculdade de Medicina da UFPel e membro da equipe científica do Comitê de Crise, Anaclaudia Fassa.

A partir dessas constatações, a prefeita adiantou ao grupo que, nos próximos dias, vai alinhar os os futuros do trabalho executado até agora pelo município, desde o começo da pandemia. “Além de prosseguirmos estudando formas de ampliar a disponibilidade de leitos e da quantidade de profissionais da área da saúde, reforçaremos a primordialidade das medidas preventivas e de higiene, como a sugestão da utilização de máscaras e do álcool gel”, antecipou Paula Mascarenhas.

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