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Brasil e mundo

O que vai acontecer com a pandemia?

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A incerteza é uma das maiores angústias, porque a gente não sabe para o que se preparar, ainda mais agora que além dos riscos do vírus existe a insegurança econômica. Mas qual é o cenário possível, afinal, e quais os principais fatores que influenciam nesse futuro?

Dos quatro fatores, dois dependem da população (resguardo e higiene) e dois do governo (testagem ampla e atendimento médico). Você já recebeu centenas de textos e vídeos no whats sobre cuidados a tomar, então vamos pensar juntos, aqui, sobre as ações do governo.

O Ministro da Saúde anunciou mais de 10 milhões de testes para as próximas semanas e esse é a principal estratégia para controle da epidemia, pois é preciso isolar as pessoas que a transmitem. Ainda é pouco, numa população de mais de 200 milhões de pessoas, mas já permite testar os casos que apresentam sintomas. O tempo para que esses milhões de testes cheguem até você depende de toda uma logística entre o Ministério da Saude, as Secretarias Estaduais da Saúde e as Prefeituras, que requerem agilidade e precisão para destinar os testes aos locais adequados.

A segunda questão é planejar o atendimento aos casos graves, pois o colapso da rede de saúde na Itália foi pela falta de leitos com respiradores, já que o principal risco do Coronavírus é para o aparelho respiratório. Em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília já estão sendo preparados leitos fora de hospitais, os chamados “hospitais de campanha” até mesmo em estádios de futebol.

A falta de preparo adequado pode comprometer o atendimento e até os profissionais da saúde, na Itália mais de 5 mil médicos já haviam contraído o Coronavírus e 22 deles já haviam morrido até o início dessa semana.

Problemas crônicos aparecem agora, Porto Alegre sempre recebeu pacientes do interior em seus hospitais, nos casos mais graves. Mas um Hospital muito propício para problemas pulmonares foi abandonado pela Prefeitura, o Hospital Parque Belém, construído no século ado para atender a tuberculose quando ela ainda não tinha cura. Esse hospital tem corredores e quartos amplos, tetos altos, tudo que permite a ventilação adequada para que o vírus não seja transmitido pela tosse, espirros e secreções dos pacientes.

Imaginem Porto Alegre atender pacientes em corredores de estádios de futebol, como já começaram a falar, ao invés de aproveitar uma estrutura adequada para esse atendimento?

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O que vai acontecer no Brasil, no Rio Grande do Sul e na sua cidade dependerá dos seus cuidados pessoais, mas também do Presidente, dos Governadores e dos Prefeitos. Cabe a nós, também, cobrar para fazerem sua parte, por nossa saúde, por nossas vidas.

© Montserrat Martins é médico psiquiatra, autor de “Em busca da Alma do Brasil”

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Brasil e mundo

CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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Brasil e mundo

Um homem coerente

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Eis um homem que irei pela absoluta coerência entre o que pensava e o modo como viveu. Um homem de esquerda que me fazia parar para ouvi-lo, porque o que dizia tinha solidez e fazia pensar.

Não precisava concordar com ele para irá-lo. E sim: um homem de esquerda que nunca roubou. Foi uma pessoa rara. Eu diria, única.

Vivia num sítio, dele de fato, com o essencial. Na companhia da mulher e de cachorros. Só tinha um defeito: andava em má companhia internacional. Talvez por um motivo humano. Para se sentir menos sozinho do que era. Menos prisioneiro de suas convicções.

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