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Brasil e mundo

Coronavírus: a hora da Ciência e da Saúde Pública

A maior preocupação do Dr. Jatene é a possível falta de equipamentos respiratórios para um número excessivo de idosos que venham a ser atingidos

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Nessa sexta 13 de março em que foi divulgado o resultado do exame para Coronavírus do Presidente da República, a Pandemia já se tornou o assunto central do país. Antes de ter auxiliares contaminados e precisar fazer o exame, o Presidente falara em “alarmismo” da mídia – mas agora, com pessoas próximas atingidas pelo vírus, a preocupação ganha novo “status”.

“Viralizou” um áudio do Dr. Jatene, relatando reunião médica em São Paulo, onde especialistas debatiam os riscos do Coronavírus no Brasil. A maior preocupação do Dr. Jatene é a possível falta de equipamentos respiratórios para um número excessivo de idosos que venham a ser atingidos. Circula agora um novo áudio, de outra médica, Infectologista, presente na mesma reunião de especialistas, procurando desfazer os temores do áudio anterior.

Diz a Infectologista do (Incor do Hospital de Clínicas de São Paulo) que há semelhanças com H1N1, o Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais da Saúde estão atentas, mas que o alerta principal de resguardo é para a população mais idosa ou com problemas prévios cardíacos e pulmonares, não é caso de interromper aulas, nem de disseminar o pânico entre a população. Medidas restritivas serão feitas por estudos epidemiológicos – uma das Ciências que orienta a Saúde Pública – e o Ministério da Saúde irá orientando a população, em conjunto com os órgãos Estaduais, considerando as situações próprias de cada região.

O áudio do Dr. Jatene causou grande impacto ao falar em “explosão” do número de casos a partir da contaminação interna no país – e não mais só dos pacientes que voltaram de viagem ao exterior – e do alto índice de mortalidade entre idosos, que poderia chegar a até 15 a 18% (em pacientes com outras comorbidades, como problemas prévios cardíacos ou pulmonares), contra apenas 0,2 % dos jovens, “é uma doença que mata os velhos, não os jovens”, disse o Dr. Jatene. Além das UTIs também os Centros Cirúrgicos com respiradores tem sido usados na Itália, onde as cirurgias foram suspensas para se usar essas salas com seus equipamentos no combate ao Coronavírus, com e entubação por até 3 semanas dos pacientes.

Cabe ao Governo Federal e aos Estados dar o e necessário de equipamentos, hoje não disponíveis em quantidade suficiente como já se prevê, além das estratégias de prevenção para conter a disseminação do vírus – no que a China já estaria começando a ter resultado, nesta semana, com grande redução de novos casos.

Agora é hora de Ciência e de Saúde Pública. Não é mais hora para polêmicas ideológicas nem para fake news, agora é levar a sério as orientações médicas até ar essa crise, o que se prevê que aconteça até o final do ano.

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© Montserrat Martins é médico psiquiatra, autor de “Em busca da Alma do Brasil”

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CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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Um homem coerente

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Eis um homem que irei pela absoluta coerência entre o que pensava e o modo como viveu. Um homem de esquerda que me fazia parar para ouvi-lo, porque o que dizia tinha solidez e fazia pensar.

Não precisava concordar com ele para irá-lo. E sim: um homem de esquerda que nunca roubou. Foi uma pessoa rara. Eu diria, única.

Vivia num sítio, dele de fato, com o essencial. Na companhia da mulher e de cachorros. Só tinha um defeito: andava em má companhia internacional. Talvez por um motivo humano. Para se sentir menos sozinho do que era. Menos prisioneiro de suas convicções.

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