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Cultura e entretenimento

Vivas à George Harrison!

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Ontem fez 77 anos do nascimento do ex-beatle

Eduardo Cruz de Almeida

George Harrison nasceu em Liverpool em 25 de fevereiro de 1943 e faleceu em Los Angeles, em 29 de novembro de 2001, aos 58 anos. Estavam a seu lado a mulher Olívia e o filho Dhani.

Suas cinzas foram levadas para a Índia. George sempre foi conhecido como o Beatle espiritual pelo seu envolvimento com o Hinduísmo.

Em 1967 levou seus três amigos para assistirem uma apresentação em Londres do Maharishi Yogi. Depois, no ano seguinte, os quatro Beatles participaram de um retiro espiritual na Índia, e lá George aprofundou seu gosto pela religião.

Possivelmente isso o aborrecia, mas Paul e John não abriam mão de comporem somente entre eles. Não havia como mudar essa situação, o imenso sucesso da dupla falava por si só.

A partir do ‘Álbum Branco’, suas músicas aram a fazer tanto sucesso como as de Lennon-McCartney.

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Frank Sinatra sempre falava que Something (de George) era a música mais linda dos Beatles. Já na era pós-Beatles, George teve então como mostrar seu enorme talento, não só como compositor.

Não escolheu para sua carreira solo o lado business dos megashows ou dos álbuns comerciais. Respeitado por lendas como Bob Dylan, Eric Clapton e Carlos Santana, sua música sempre expressou a sensibilidade do homem altruísta que era.

Foi o primeiro artista famoso a organizar um show beneficente – Concert Of Bangladesh. Produziu o Monty Pithon – grupo de comediantes que conquistaram o público americano.

Criou e liderou os Traveling Wilburys, onde figuravam gigantes como Bob Dylan, Ton Pety, Jeff Lyne e Roy Orbinson. Seu primeiro álbum solo (triplo), All Thigs Must , detém recorde de vendas quando o referencial é a carreira individual dos Beatles. Mas sempre existem espinhos pelo caminho.

Enfrentou processo por plágio, sua mulher fugiu com seu melhor amigo e a primeira turnê solo foi um fracasso. Mas isso é outra história.

Sua música sofisticada e atemporal exala frescor, basta ouvir seus álbuns. Para celebrar a música e a vida de George Harrison fica a sugestão, ouçam: While My Guitar Gently Whippes com Carlos Santana e Love Comes To Everyone com Eric Clapton. Celebre George! Viva George!

Engenheiro Civil, Corretor de Imóveis, professor, escritor. Livros publicados: DNA do Corretor de Imóveis e Vender é para fortes.

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Eduardo Cruz de Almeida é engenheiro Civil, corretor de Imóveis, professor, escritor. Livros publicados: DNA do Corretor de Imóveis e Vender é para fortes.

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Brasil e mundo

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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Cultura e entretenimento

O perigo das Gagas da vida

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Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

Como assim caos interior?

Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

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A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

Mas depois se reerguendo.

Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

Gagaaaaaa.

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