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Brasil e mundo

A atração pela liberdade

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O número geral de casamentos caiu 1,6% no país em 2018, mas aumentou em 61,7% no mesmo ano entre pessoas do mesmo sexo. Os dois casos tem um ponto em comum, a quebra das tradições mais antigas.

Décadas atrás, era praticamente “obrigatório” se casar, para não ser mal visto pela sociedade, enquanto por outro lado o casamento homo-afetivo não era itido.

A dupla liberdade dos tempos de agora é que a população em geral não se sente mais obrigada a se casar, enquanto os casais do mesmo sexo desfrutam a liberdade de casar, enfim.

O ser humano tem atração pela liberdade e nos dois casos a está exercendo, a liberdade para alguns é casar, para outros é não casar.

Num desenho de comédia, Timão e Pumba, uma das piadas era um ensinando ao outro a “Psicologia Reversa”: quando você quer provocar um comportamento em uma pessoa, diga o contrário do que deseja, para ele lhe contrariar e fazer o que você deseja. Essa atração pela liberdade está presente, de fato, em todas as áreas da vida humana.

Os Terapeutas de Família chamam de “contra-identificação” aquilo que no desenho chamaram de “psicologia reversa”. Se imitamos as pessoas com quem nos identificamos (ou que idealizamos, como ídolos), tendemos a fazer o contrário das com quem estamos “contra-identificados”, as pessoas das quais não gostamos, ou que nos provocam desconforto tentando nos impor padrões de comportamento.

Pais e mães deveriam conhecer bem esses mecanismos psicológicos, porque seus modos de educar os filhos podem ter efeito “reverso” se forem impostos com muita severidade, gerando a tentação à rebeldia.

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A melhor forma de autoridade é aquela que conquista a confiança, através do diálogo, da empatia e do exemplo, mesmo que às vezes tenha que ser duro e firme ao impor limites, que serão respeitados principalmente pelo vínculo afetivo existente.

O que sustenta o respeito ao limite, por parte dos filhos, não é a força dos pais, mas sim o respeito e o afeto que os filhos tem por estes.

Saber dosar afeto e autoridade é uma arte para mãe e pais sábios, que ninguém nasce sabendo, mas aprende pela própria experiência e também observando as experiências dos outros.

Claro que pais e mães super-protetores, que não dão limites, não servem de exemplo, mas isso não significa que qualquer forma de dar limites será aceita pelas crianças ou adolescentes.

Os modos mais ríspidos podem até dar certo numa ocasião em especial, por força do medo, mas não são “sustentáveis” ao longo do tempo, pois é pela iração que mãe e pais cativam nos filhos, que estes decidem seguir suas orientações quer eles estejam vendo, quer não estejam vendo.

Montserrat Martins é médico, autor de “Em busca da Alma do Brasil”

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CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos arão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

“A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

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O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

“Foi um malefício à istração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”, argumentou Castro.

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Um homem coerente

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Eis um homem que irei pela absoluta coerência entre o que pensava e o modo como viveu. Um homem de esquerda que me fazia parar para ouvi-lo, porque o que dizia tinha solidez e fazia pensar.

Não precisava concordar com ele para irá-lo. E sim: um homem de esquerda que nunca roubou. Foi uma pessoa rara. Eu diria, única.

Vivia num sítio, dele de fato, com o essencial. Na companhia da mulher e de cachorros. Só tinha um defeito: andava em má companhia internacional. Talvez por um motivo humano. Para se sentir menos sozinho do que era. Menos prisioneiro de suas convicções.

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