Amigos de Pelotas

Nossa vida de cão a3x54

2e5h4t

O vídeo e as fotos do que parece ser um homem matando uma cadela a faca faz pensar em várias coisas. Uma delas é a cadeia dos eventos.

Alguém, por cima de um muro, furtivamente gravou o fato.

Muito bem.

Vendo o animal ainda com vida, a pessoa por cima do muro não fez nada para impedir a agressão.

Um simples grito de alerta, com a câmera ligada para registrar a reação e a identidade do homem, teria bastado, provavelmente, para impedir a agressão chocante.

Por que não o fez, eis a questão? Talvez, no caso de ser um vizinho, tenha sentido medo, vá lá. Não se sabe se foi um vizinho.

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O fato é que preferiu calar e, depois, divulgar o vídeo em vez de entregá-lo ao Ministério Público.

O que aconteceu a seguir faz pensar no tipo de sociedade que temos.

O vídeo vai parar nas redes sociais como denúncia. Começam os likes os comentários de indignação; os comentários descarregam protestos de toda ordem, puro ódio, com ofensas pesadas ao homem, e ameaças de atacá-lo fisicamente e pôr fogo em sua casa. Organiza-se uma eata até a casa do homem. O caso vai parar na imprensa e no Ministério Público. O tema vira palanque político para alguns.

Sobre o cadáver de um cão, todos parecem encontrar algum tipo de recompensa.

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