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Uma ajuda assim não se esquece 53p5x

2e5h4t

O promotor André de Borba não viu problema de improbidade istrativa no empréstimo de R$ 10 milhões da Câmara à prefeitura, ocorrido no começo deste ano, e arquivou o caso.

No calor de janeiro, com as contas a perigo, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) pediu ajuda financeira ao presidente da Câmara, vereador Fabrício Tavares (PSD), e este, por conta e risco, emprestou a dezena de milhões para que a prefeitura pudesse “respirar” naquele momento, adiando a má sorte.

A pequena fortuna emprestada integrava um Fundo reservado exclusivamente à construção ou aquisição de uma sede própria para o Legislativo.

O promotor diz que a troca de verbas entre os poderes não é problema, inclusive porque há previsão formal de devolução. O raciocínio do promotor, porém, não levou em conta a capacidade atual de endividamento do devedor, no caso a prefeitura, que está quebrada.

Com isso e com a notícia, ontem, de que a prefeitura, com um rombo em caixa de R$ 60 milhões, vai agora atrasar salários de servidores, a transação de compra do prédio da Câmara será adiada sem previsão de retorno do empréstimo. Com isso, a Câmara seguirá pagando o pesado aluguel do prédio atual, prolongando uma despesa inútil.

Num cenário assim, pode-se arriscar um palpite: de que o empréstimo de R$ 10 milhões, além de ser isso, um empréstimo, foi também um gesto com potencial de garantir a Tavares a vaga de vice na chapa do governo para 2020, no lugar do atual vice, Idemar Barz, do PTB.

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Uma ajuda assim, não se esquece.

Promotor não viu problema em empréstimo de R$ 10 milhões da Câmara para a prefeitura

Prefeitura vai atrasar salários

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