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Cultura e entretenimento

Para quem curte a Semana Farroupilha

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No próximo sábado (14), Pelotas tem início os festejos da Semana Farroupilha 2019, que começam com a chegada da Chama Crioula evão até o dia 20 de setembro. A programação mais intensa em relação aos últimos anos é uma das novidades desta edição, que deve envolver cerca de 10 mil pessoas e inclui mais de 30 atrações. 

Na programação, shows com artistas como Joca Martins, Grupo Querência e Expresso da Vanera, além da tradicional Missa Crioula e Audiência Crioula, com o patrono do evento deste ano, o juiz Marcelo Cabral.

Patrono da Semana Farroupilha de 2018 e membro da comissão que organiza os festejos deste ano, o vice-prefeito Idemar Barz destaca a relevância do evento para as crianças e jovens, que desta forma têm mais contato com a cultura e os costumes tradicionalistas, fato incentivado pelas apresentações artísticas e práticas culturais. Ele também ressaltou a realização, pelo terceiro ano consecutivo, das festividades no Mercado Central, onde será montada a estrutura do Rancho da Paz.

Neste ano, o Rancho da Paz será montado sobre um tablado coberto de oito metros por 24 metros cedido pelo Exército, cujas laterais poderão ser fechadas, em caso de frio rigoroso ou chuva. Conforme a 26ª Região Tradicionalista (RT), o desfile Farroupilha, no 20 de setembro, terá cerca de 250 cavalarianos. Todos vão ar por inspeção estadual e somente poderão participar aqueles que receberem o selo de vacinação em dia. 

As escolas municipais Pelotense, com o CTG Sinuelo do Sul, e Frederico Ozanan farão parte dos desfiles. A Semana Farroupilha de Pelotas está sendo organizada pela 6ª Região Tradicionalista, com apoio da Prefeitura e da Câmara Municipal, e patrocínio do Shopping Pelotas, da Uvel, do Sicredi e da UniCesumar.

Tradição

O legado do tradicionalista Paixão Cortês (falecido em agosto de 2018, aos 91 anos) será o tema da Semana Farroupilha 2019, que terá como patrono, no Estado, o músico César Oliveira, dupla de Rogério Melo. Além de Pelotas, a 26ª RT compreende os municípios de Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo e Turuçu, que devem acompanhar a programação em setembro. Dezesseis entidades são filiadas ao movimento.  

Programação

14 de setembro – Sábado

14h – Fusão fogo da Pátria com a Chama Crioula. Local: 9º BIMtZ

14h – Solidarte – Roda de conversa com o patrono, juiz Marcelo Cabral

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16h – Distribuição da Chama Crioula. Local: Altar da Pátria

17h – Abertura da Semana Farroupilha 2019. Local: Largo do Mercado

18h – Show do Querência. Local: Largo do Mercado

0h – Ronda do Piquete José Garibaldi

15 de setembro – Domingo

Local: Largo do Mercado

8h – Ronda do CTG Raízes do Sul

14h – Mateada Erva-mate Elacy

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17h – Show cantor Joca Martins

19h – Oficina de truco

20h – Campeonato de truco

0h – Ronda do CTG Rancho Grande

16 de setembro – Segunda-feira

Local: Largo do Mercado

9h – Ronda da Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti)

12h – Ronda dos CTGs Antônio Caringi e Sinuelo do Sul, e da Secretaria de Educação e Desporto (Smed)

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17h – Missa Crioula com o capelão Fabiano

18h – Ronda do CTG Porteira da Princesa

21h – Festival de Talentos – Pratas da Casa

0h – Ronda Campeira da 26ª RT

17 de setembro – Terça-feira

Local: Largo do Mercado

9h – Ronda da Secretaria de Saúde (SMS)

12h – Ronda dos CTGs Coronel Thomaz Luiz Osório, Carreteiros do Sul e Candeeiro Crioulo

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20h – Audiência Crioula com o patrono da Semana Farroupilha, juiz Marcelo Cabral

18 de setembro – Quarta-feira

Local: Largo do Mercado

9h – Ronda do Procon e Ouvidoria da Prefeitura

12h – Ronda dos CTGs Os Farrapos e Cancela Grande, e do União Gaúcha

19h – Sessão solene na Câmara de Vereadores, com a entrega da comenda João Simões Lopes Neto

20h – Festival de coreografias

19 de setembro – Quinta-feira

Local: Largo do Mercado

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9h – Ronda do gabinete do vice-prefeito Idemar Barz, com o projeto Vice Recebe

12h – Ronda dos CTGs Negrinho do Pastoreio, Alma Campeira e Unidos da Querência

18h – Show do Querência

19h – RAP Trova – Batalha das Tradições – Integração com hip hop e trovador Alemão Preto e convidados

20 de setembro – Sexta-feira

8h30min – Entrega da centelha para o desfile. Local: Largo do Mercado

10h – Desfile Farroupilha. Local: Avenida Bento Gonçalves

14h – Show com o cantor Aires Sanches. Local: Largo do Mercado

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15h30min: Show de talentos Arteria Espaço e Arte. Local: Largo do Mercado

17h – Resultado da 3ª Gincana Tradicionalista da Paz. Local: Shopping Pelotas

18h – Show do Conjunto Expresso da Vanera. Local: Shopping Pelotas

19h – Encerramento da Semana Farroupilha. Local: Shopping Pelotas

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Brasil e mundo

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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Cultura e entretenimento

O perigo das Gagas da vida

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Ajoelhado na calçada, à moda dos muçulmanos voltados para Meca, porém usando minissaia e rumorosos saltos vermelhos, um homem vestido de mulher berrava com desespero, na tarde de sexta 2, para uma janela vazia do Copacabana Palace, no Rio. Esgarçando-se na reiteração, expelia em golfos: “Aparece, Gagaaa. Gaaaagaaaaa”. Projetava-se à frente ao gritar, recuava em busca de fôlego e voltava a projetar-se.

Como a cantora não deu os ares à janela do hotel, o rapaz, tal qual uma atriz de novela mexicana, a sombra e o rímel escorrendo pelas bochechas, chorou o que pode. Estava cercado por uma multidão que, assim como ele, queria porque queria fincar os olhos na mutante Lady Gaga, uma mistura de mil faces a partir da fusão de Madonna com Maria Alcina, antes de seu show. No país que ama debochar, a cena viralizou.

Multidão muito maior ironizou o drama. Memes correram por todo lado para denunciar o grande número de desempregados no Brasil. Gente com tempo de sobra para chorar, porém pelas razões erradas.

Ocorre que muitos dos presentes à manifestação, como o atormentado rapaz, veem em Gaga um ícone Queer. Uma rainha da comunidade LGBTQIA+, representante global das causas do amor sem distinção, como a pop estimula em seu “Manifesto do Caos”, lido por ela no show. Nele, Gaga prega a “importância da expressão inabalável da própria identidade, mesmo que isso signifique viver em estado de caos interno”. Um manifesto assim, mais do que inconsequente, é temerário.

Como assim caos interior?

Tomado ao pé da letra por destinatários confusos, um manifesto desses pode ser mortificante. Afinal, viver a própria identidade não significa viver sem freios, mas sim encontrar um meio termo entre o desejo e a realidade. Justamente para evitar o caos. Logo, o manifesto é, isso sim, assustador — por haver (sempre há) tantas pessoas suscetíveis de embarcar nessas canoas de alto risco, cheias de remendos destinados a cobrir furos da embarcação. Pobres dos ageiros que, cegos por influência de ídolos de ocasião, avançam pelo lago em condições tão incertas.

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A idolatria… ela é mais antiga do que fazer pipi pra frente e, ao menos no caso dos homens, ainda de pé. Ultimamente as coisas andam um tanto confusas nesse quesito, mas ao menos a adoração se mantém intacta, assim como a veneta dos gozadores, para quem o humor repõe as coisas em proporção, ou seja, em seu devido lugar.

Todos temos cotas de iração por artistas, mas à veneração, eis a questão, se entregam os vulneráveis. O que esses buscam, mais do que a própria vida, é um reflexo (uma sombra?) de suas identidades. Uma projeção material da pessoa que gostariam de ser, não fossem o que são. É aí que mora, num duplex de cobertura, o perigo. O rapaz pensa que Gaga é como ele, só que não.

Não lembro quem disse que aqui é um vale de lágrimas. Mas o é de fato, bem como é um fato que artistas, como políticos, são depositários das nossas esperanças, mesmo que atuem na mais antiga das profissões, anterior à prostituição — a representação —, o primeiro requisito para sobreviver em sociedade, quando não ficar rico, e sem necessariamente excluir, ainda que camuflada, a segunda profissão.

É de se imaginar o rapaz voltando para casa frustrado. É de presumi-lo no sofá, fazendo um minuto de silêncio.

Mas depois se reerguendo.

Não há de ser nada. Amanhã Gaga vai arrasaaar.

Gagaaaaaa.

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