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Marcelo Dutra da Silva *
O histórico prédio do Banco do Brasil, que também já abrigou a Secretaria Municipal de Finanças, agoniza no mais completo abandono. É triste que tenha se deteriorado tanto, pois era lindo por dentro e lembro de ter ido ali, com a minha mãe, quando criança.
Agora, está caindo aos pedaços.
Já se cogitou diferentes formas de aproveitamento, inclusive como sede da Câmara Municipal de Vereadores, mas o movimento parou num projeto arquitetônico que nunca saiu do papel e que nos custou mais de 100 mil reais.
Claro, não temos dinheiro para restaurações, as prioridades são outras, mas… o prédio está na frente da Prefeitura e a visão da janela do gabinete é privilegiada.
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Não é possível que o gestor que senta naquela cadeira não se incomode com a imagem de algo tão bonito se terminando. E em que pese os projetos de viabilidade das restaurações, só escuto falar do Teatro 7 de Abril, que também é importante, mas até agora…
Enfim, talvez, devêssemos ser mais proativos com o patrimônio histórico. Se a condição financeira do município não nos permite reformas, por que não minimizar o estrago?
Os vidros quebrados poderiam ser substituídos; as goteiras no teto corrigidas; e as aberturas danificadas substituídas ou seladas com tapumes.
O que não da é para manter sem nenhum cuidado ou manutenção, mesmo que sejam medidas paliativas. A limpeza interna é fundamental e a vegetação na fachada precisa ser retirada imediatamente, pois as raízes vão brocar a estrutura e danificar os afrescos de forma permanente. Tudo isso pode ser feito com mão de obra da própria Prefeitura. E caso não se tenha dinheiro, nem pra isso, podemos tentar doações na comunidade.
O patrimônio histórico é nosso e não queremos ver tudo, simplesmente, desmoronar. Falta iniciativa do Governo!
* Marcelo Dutra da Silva é ecólogo e professor na Furg.
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Vereador Fabrício, resolve logo a questão da sede da Câmara, por favor!