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Pelotense representará o estado no Miss Brasil Gay 5q4w2g

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25.06.2019 – Miss gay Rio Grande do Sul – Foto Michel Corvello

No Dia Internacional do Orgulho LGBT, celebrado nesta sexta-feira (28), Pelotas teve um ótimo motivo para comemorar.

É do município a gaúcha que irá representar o Rio Grande do Sul no Miss Brasil Gay 2019, ano em que se completa meio século da luta pela igualdade de direitos, aceitação e respeito às diferenças.

Kamilla Duarte divide a rotina de concursos e arelas com aulas em sete núcleos do Projeto Vida Ativa, da Prefeitura. Para dezenas de alunos que comparecem aos encontros semanais, a miss vira professor Michael Farias Duarte.

Ele (a) tem 30 anos, é bailarino formado em Educação Física e há dois anos leva atividades físicas, como a ginástica e a dança, para as comunidades por meio do projeto desenvolvido dentro da Secretaria de Educação.

Assim como desfilar, ensinar é uma paixão antiga. Michael, que desde a infância sonhava em ser professor e trabalhar com a dança como forma de expressão, já participou de 120 concursos. Como Kamilla, foi rainha de blocos carnavalescos pelotenses – a exemplo do Bruxa da Várzea – e da Corte do Carnaval, em mais de uma oportunidade.

“Fui bailarino na cidade de Pelotas e sempre foi um sonho ser professor, então busquei a licenciatura. Isso pra mim é magnífico. As alunas são essenciais, motivadoras. Eu vejo que conforme as alunas vivenciam comigo essa transformação, tentam buscar um pouco mais de conhecimento. A aula acaba se tornando um meio de comunicação”, explica.

A categoria de Kamilla no concurso é como Transformista, uma “vida a dois” que ela mesma explica: É uma transformação de homem para mulher, em que as duas identidades coexistem. Eu não vivencio as 24 horas de menina”, diz.

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25.06.2019 – Miss gay Rio Grande do Sul – Foto Michel Corvello
25.06.2019 – Miss gay Rio Grande do Sul – Foto Michel Corvello

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O concurso Miss Brasil Gay ocorre em 17 de agosto, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.

A premiação, em sua 39ª edição, contará com representantes de 25 estados brasileiros.

O Rio Grande do Sul nunca ficou na primeira colocação, jejum que Kamilla pretende quebrar ao trazer o título inédito na volta para casa.

“O governo precisa defender o respeito as diferenças e a liberdade das pessoas poderem escolher. Temos que combater todos os preconceitos, pois isso também é a construção de uma sociedade de paz. Com respeito e tolerância”, enfatizou diz a prefeita Paula Mascarenhas.

“Assim como a conquista da Miss Universo Yolanda Pereira, em 1930, Kamilla também pode estar fazendo parte de um momento histórico da cidade, a ser lembrado pela comunidade nas próximas décadas”, acrescentou Paula.

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