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Há um novo capítulo nos vazamentos da Lava Jato liberados pelo site The Intercept, que teve início no dia 02 de junho e repercutiu os motivos políticos por trás da Operação e da prisão de Lula.
Dessa vez, o ex-juiz Sergio Moro decide opinar sobre as suspeitas contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e diz que acha ‘questionável’ mexer com FHC pois ‘melindra alguém cujo apoio é importante’.
As mensagens foram trocadas com o Procurador Geral da República, Deltan Dallagnol, a outra peça chave das conversas estratégicas na força-tarefa da Lava Jato. Depois de ser questionado por Moro, ele ite que outros procuradores podem ter ado as investigações para a frente para ‘ar recado de imparcialidade’, um status sempre buscado pelo MPF e TRF-4 de Curitiba.
Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para ar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante
Antes mesmo de Moro questionar Dallagnol sobre o trabalho no Ministério Público Federal, os procuradores da Lava Jato pareciam empenhados em mostrar a ‘imparcialidade’ sempre alegada pelo grupo. Após levantamento de notas que poderiam indicar caixa 2 nas campanhas do PSDB, que envolviam também o Instituto Fernando Henrique Cardoso, eles teriam achado o gancho necessário.
No entanto, as novas mensagens explicitam novamente as estratégias da Lava Jato para incriminar o ex-presidente Lula. A situação abriria precedente para o Instituto Lula alegar, também, um crime tributário, e não a acusação de corrupção pela qual estava sendo acusado. Esse ponto fez com que os procuradores voltassem atrás.