Amigos de Pelotas

‘Para ar bloqueio do MEC, teríamos de demitir 300 terceirizados da UFPel. Isso não vamos fazer’ 5g4l6d

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Pedro Hallal

O jornal conversou ontem com Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas, a UFPel.

Setembro se aproxima e Hallal já avisou… Se o contingenciamento de verbas da UFPel (e demais universidades e institutos federais), determinado pelo MEC, não for revertido, a Universidade vai parar, por falta de dinheiro, em setembro.

Amigos – O MEC tem uma tradição de reverter bloqueios de verba quando a situação nas instituições se agrava. Qual sua expectativa em relação a isso?

Pedro Hallal – Muita gente acredita, e me pergunta, se o MEC não vai resolver o problema na última hora.

É difícil responder a isso, porque no primeiro ano de atual gestão, 2017, o governo contingenciou uma parte dos nossos recursos e, na ocasião, eu disse na imprensa o que estou repetindo agora: “Olha, só tenho como pagar as contas até tal mês, que foi outubro. E Temer (Michel) desbloqueou as verbas.

Desta vez, porém, é mais violento que na época do Temer.

No governo Temer, foi um bloqueio de um quinto do total; desta vez, é de um terço.

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Com isso, a gente, literalmente, não tem como pagar as contas a partir de setembro.

Não teremos como pagar a conta de luz, a vigilância, nada do chamado custeio.

Já a paralisação dos investimentos levará ao sucateamento.

Sinceramente, acredito que o governo vai reverter o bloqueio, inclusive porque o Congresso Nacional está do nosso lado.

Se eles não desbloquearem, a UFPel chega em setembro e começa a entrar num colapso que nunca entrou.

Eu poderia ter uma atitude diferente. Nós poderíamos, como gestão, já estar escolhendo que conta pagar e não pagar agora, para chegar em setembro e ter alguma gordura. Mas a gente não está fazendo isso. Estamos pagando todas as contas, mantendo a programação orçamentária do ano.

Nós definimos uma programação orçamentária para caber dentro de um orçamento que já é deficitário, mas que ia caber.

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O que cortaram agora, no atual governo, eles que arquem com as consequências.

Nós não vamos sair demitindo pessoal. Para ar o bloqueio, nós teríamos de demitir pessoas. Seguramente, dos 593 terceirizados, teríamos de dispensar no mínimo uns 300 funcionários, pessoal da limpeza, da portaria, gente que sustenta a família com seus salários.

Isso nós não vamos fazer.

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